Últimas Notícias

6/recent/ticker-posts

A estrela Joana Fomm


Conhecida por seu trabalho no cinema, televisão e teatro, Joana Fomm tem uma vasta carreira que já tem mais de 60 anos, e coleciona diversos prêmios importantes. Versátil, a atriz ficou conhecida a partir da década de 1970 por interpretar diversas vilãs icônicas.







Joana Maria Fom nasceu em Belo Horizonte, em 14 de setembro de 1939. A infância de Joana Fomm foi marcada por muita pobreza e algumas tragédias. Quando ela tinha quatro anos de idade, sua mãe e sua avó morreram em uma enchente, e seu pai, José Honório de Almeida ficou sem condições de criar a menina, entregando-a para um casal de tios distantes, que a adotaram.

Aos treze anos de idade ela descobriu que era adotada. Seus pais adotivos já estavam separados, e na época ela era criada por uma madrasta. Nesta época ela desenvolveu uma enorme depressão, que a acompanhou durante toda a sua vida. Joana conheceu seu pai biológico aos vinte anos de idade, e ficou muito próxima dele, as este reencontro durou pouco, pois ele faleceu meses depois.

O teatro entrou em sua vida quando ela tinha quinze anos de idade. Seu namorado na época a convidou para acompanhá-lo em um teste em um grupo de teatro, mas não passou. Porém, Joana foi convidada a ingressar na companhia, mas o namorado, por ciúmes, tentou impedi-la de começar a atuar. Ela então terminou com o relacionamento, e o Brasil ganhou uma grande atriz.

Em 1959 ela ingressou na televisão. Joana Fom ainda não era uma atriz profissional, mas decidiu ir até a TV Rio pedir emprego. Ela tinha no currículo apenas a sua formação na Escola de Teatro Martins Pena, mas acabou contratada pela emissora. Na época, ela usava o nome artístico de Jô Ana.

Pouco tempo depois, Joana Fom migrou para a TV Continental, onde além de fazer pequenos papéis também foi garota propaganda.

Sua carreira começou a deslanchar quando Joana começou a fazer diversas peças no Teatro Santa Rosa, atuando em produções como A Compadecida (1962), Toda Donzela Tem Um Pai Que É Uma Fera (1962) e O Bem-Amado (1963), muitas delas ao lado do ator e apresentador Gláucio Gil, com quem namorou na época.


Joana Fomm e Gláucio Gil em O Bem-Amado


Em 1962 ela estreou no cinema, atuando em O 5º Poder (1962), e no ano seguinte fez Um Morto ao Telefone (1963), dirigido pelo veterano Watson Macedo. O filme era estrelado por Eliana, e Joana fazia par romântico com Oswaldo Loureiro.


Joana Fomm e Oswaldo Loureiro em Um Morto ao Telefone


Em 1962 ela havia retornado a TV Rio, onde fez alguns teleteatros. Dois anos depois, fez sua primeira novela, O Desconhecido (1964), na TV Record.


Adriano Reys e Joana Fomm em um teleteatro da TV Rio


Na segunda metade da década de 1960 Joana atuou em diversos filmes, fazendo parte do elenco de Crime de Amor (1965), Três Histórias de Amor (1966), Todas as Mulheres do Mundo (1967), O ABC do Amor (El ABC do Amor, 1967), A Vida Provisória (1968), O Homem Nu (1968), Bebel, Garota de Propaganda (1968), Edu, Coração de Ouro (1968), A Noite do Meu Bem (1968), Macunaíma (1969), As Armas (1969) e Um Sonho de Vampiros (1969).  


Joana Fomm em A Noite do Meu Bem


Joanna Fomm, Paulo José e Grande Otelo em Macunaíma


Em 1967 Joana atuou em O Homem Proibido, também conhecida como Demian, o Justiceiro (1967-1968), uma das primeiras novelas da Rede Globo. Na emissora ainda atuaria em A Gata de Vison (1968) e A Última Valsa (1969). Depois, foi para a TV Tupi, onde atuou em diversas novelas.

Na Tupi trabalhou em Nenhum Homem é Deus (1969), João Juca Jr. (1969), As Bruxas (1970), A Fábrica (1971), Bel-Ami (1972), Ídolo de Pano (1974), Ovelha Negra (1975), A Viagem (1975) e Papai Coração (1976). Também atuou em Vendaval (1973), durante uma breve passagem pela TV Record.



Irene Ravache e Joana Fomm em A Viagem


Joana Fomm e Adriano Reys em Ídolo de Pano


Maria Izabel de Lizandra, Debora Duarte e Joana Fomm em As Bruxas


Joana Fomm e Jonas Mello em Vendaval


Na década de 1970 a atriz também atuou ativamente no cinema, participando de O Palácio dos Anjos (1970), As Gatinhas (1970), Gamal, o Delírio do Sexo (1970), Elas (1970), Fora das Grades (1971), As Noites de Iemanjá (1971), Vozes do Medo (1972), Os Desclassificados (1972), Um Brasileiro Chamado Rosaflor (1976), Marília e Marina (1976) e Contos Eróticos (1977).



Joana Fomm em Noites de Iemanjá


Em 1977 a atriz retornou à Globo, atuando em Sem Lenço, Sem Documento (1977) e no ano seguinte fez um enorme sucesso no papel da vilã Yolanda de Souza Matos Pratini na novela Dancin' Days (1978). Inicialmente este papel seria feito por Norma Benguell, que chegou a aparecer nas chamadas da novela, e Joana seria a governanta na casa de Celina (papel de Beatriz Segall).

Mas o diretor Daniel Filho demitiu Benguell devido aos seus constantes atrasos, e Joana foi chamada as pressas para regravar as cenas de Benguell, tendo apenas 72 horas para refazer todo o material da novela. Mas a personagem tornou-se uma das vilãs mais famosas da teledramaturgia, e rendeu a Joana Fomm um Prêmio APCA de Melhor Atriz em televisão.


Joana Fomm e Sônia Braga em Dancin' Days


A atriz praticamente emendou trabalhos na Rede Globo por quase uma década, atuando em Os Gigantes (1978), Coração Alado (1980), Baila Comigo (1981), Brilhante (1981), Elas Por Elas (1982), Louco Amor (1983), Eu Prometo (1983), Corpo a Corpo (1984), Cambalacho (1986), Roda de Fogo (1986) e Bambolê (1987).


Joana Fomm e Jardel Filho em Brilhante


Joana Fomm e Stênio Garcia em Corpo a Corpo


Joana Fomm, Rubens de Falco e Myrian Rios em Bambolê



Em 1989 a atriz teve uma atuação magistral e inesquecível como a vilã Perpétua Esteves Batista na novela Tieta (1989). Perpétua se tornou uma das personagens mais famosas da história da televisão brasileira, e rendeu a Joana Fomm o Troféu Imprensa de Melhor Atriz.



Joana Fomm como Perpétua, em Tieta


Betty Faria e Joana Fomm em Tieta

Na década de 1980, devido a seu intenso trabalho na TV, a atriz diminuiu suas aparições no cinema, mas mesmo assim atuou em Beijo na Boca (1982), O Cavalinho Azul (1984), Espelho de Carne (1985) e Tempo de Ensaio (1986).


Joana Fomm e Milton Moraes em Beijo na Boca


Em 1991 ela interpretou a Carmen Maura na novela Vamp (1991), outro grande sucesso da televisão. Depois ainda atuaria em Fera Ferida (1993), antes de deixar a Globo.

No SBT fez As Pupilas do Senhor Reitor (1994) e Razão de Viver (1996), e na Bandeirantes atuou em Serras Azuis (1998).



Reginaldo Faria, Joana Fomm e Oswaldo Louzada em Vamp


Joana Fom em As Pupilas do Senhor Reitor


Na Globo a atriz fez participações especiais em Explode Coração (1995), e depois atuou em Esplendor (2000), Porto dos Milagres (2001), O Clone (2002), Agora É Que São Elas (2003). Também fez uma participação em Kubanacan (2004). Na Record, atuou na malfadada Metamorphoses (2004). 

Joana Fomm ainda esteve no elenco de Bang Bang (2005).


Joana Fomm em O Clone

Joana Fomm e Tarcísio Meira em Bang Bang


Depois os papéis diminuíram, e a atriz passou a aparecer como convidada em algumas séries de TV. Em 2014 ela retornou à TV em Boogie Oogie (2014) e em 2015 a atriz apareceu na mídia tentando vender seu apartamento, e dizendo que precisava trabalhar pois estava em dificuldade financeiras.

Ela também usou suas redes sociais para pedir emprego.




Joana Fomm conseguiu um papel em Malhação: Pro Dia Nascer Feliz (2016) na Globo, e depois fez Apocalipse (2017), na TV Record.


Joana Fomm e Felipe Roque em Malhação


Joana ainda fez duas participações na série Sob Pressão (2019) e trabalhou no sitcom República do Peru (2019), produzido pela TV Brasil.


Joana Fomm em Sob Pressão


Lady Francisco, Joana Fomm e Monique Lafond em República do Peru


No cinema ainda fez Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia (1990), Vai Trabalhar Vagabundo II (1991), Quem Matou Pixote? (1996), Copacabana (2001), Quanto Vale ou É Por Quilo? (2005), O Gerente (2011), Nova Amsterdam (2016) e Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola (2017).


Joana Fomm e Danilo Gentilli em Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola


Joana Fomm foi casada com o ator Francisco Milani, sua única união oficializada. Mas também viveu com Nelson Xavier, com o escritor Astolfo Araújo, e com o escritor Ricardo Gouveia, pai de seu único filho, o músico Gabriel Fomm Gouveia.


Chacrinha, Joana Fomm (na época em que assinava Jo Ana) e Francisco Milani, na TV Continental



Em 2007 a atriz travou uma longa batalha contra um câncer de mama, e no mesmo ano recebeu o diagnóstico de uma doença neurológica incurável, a disautonomia, que afeta o sistema nervoso autônomo, fazendo perder o controle de alguns órgãos e também dos próprios movimentos.



Joana Fomm atualmente








Postar um comentário

1 Comentários