Últimas Notícias

6/recent/ticker-posts

Lídia Brondi, a estrela reclusa, completa 62 anos de idade


Na história do entretenimento, seja no cinema, teatro ou televisão, muitas estrelas abandonaram a carreira no auge da fama, afastando-se dos holofotes e deixando os fãs com saudades. Lídia Brondi é um destes casos, e talvez seja uma das atrizes afastadas mais queridas no Brasil.


Lídia Brondi Resende Mendes nasceu em Campinas, em 29 de outubro de 1960, mas aos dois anos de idade mudou-se com a família para Ribeirão Preto, e aos nove foi para o Rio de Janeiro, após seu pai conseguir uma emprego na capital carioca.

Jonas Neves Rezende, o pai de Lídia, era um pastor da Igreja Presbiteriana de Ipanema, e ainda criança a menina começou a atuar em produções amadoras da igreja. Paralelamente seu pai também era funcionário da TV Educativa (TVE), e ele levou a filha para fazer testes para o seriado educacional Márcia e Seus Problemas (1975), que a emissora estava produzindo. A série pedagógica era apresentada pelo psicólogo Vilena de Moraes, e Lídia, aos 15 anos de idade ficou com o papel.

Após atuar três meses na produção, a jovem chamou a atenção do diretor Walter Avancini, que mandou chamá-la para um teste para a novela O Grito (1975), na Rede Globo. Lígia agradou ao diretor, e ficou com o papel da jovem Estela.

Lídia Brondi e Guto Franco em O Grito

Em seguida ela atuou em duas novelas da faixa das 18 horas, O Feijão e o Sonho (1976) e À Sombra dos Laranjais (1977). Mas ganha notoriedade como a adolescente rebelde Beatriz, em Espelho Mágico (1977), papel que lhe rendeu o prêmio APCA de atriz revelação.

Tarcísio Meira, Lídia Brondi e Glória Menezes em Espelho Mágico

A sua consagração como atriz veio com a novela Dancin' Days (1978-1979), de Gilberto Braga, uma das mais bem sucedidas telenovelas brasileiras. Lídia interpretava a órfã Vera Lúcia, par romântico de Lauro Corona, outra jovem promessa da emissora.

Lauro Corona e Lídia Brondi em Dancin' Days

Após o sucesso na novela, Lídia Brondi estreou no cinema, atuando em Perdoa-me Por Me Traíres (1980), baseado na obra de Nelson Rodrigues. Contudo, seu filme mais famoso é O Beijo no Asfalto (1981), também baseado na obra do polêmico dramaturgo. O Beijo no Asfalto fez um grande sucesso de bilheteria, levando quase um milhão de espectadores as salas de projeção.

No cinema a atriz atuaria somente em mais uma ocasião, quando estrelou Rádio Pirata (1987), de Lael Rodrigues.



Conciliando cinema e televisão, a atriz também estreou nos palcos, atuando na peça Passageiros da Estrela (1980), e por seu segundo trabalho no teatro, a peça Calúnia (1981), recebeu o Prêmio Mambembe de Atriz Revelação. Calúnia, baseada no texto de Lilian Hellman, era dirigida por Bibi Ferreira. Lídia Brondi interpretava uma das alunas de um internato, acusada de ter um romance homossexual com uma colega da escola.

Na televisão, brilhou nas novelas Baila Comigo (1981), O Homem Proibido (1982), Final Feliz (1982-1983) e Transas e Caretas (1984). Também retornou aos palcos em diversas ocasiões, na década de 1980.

Calúnia, 1981

Na segunda metade dos anos 1980 Lídia se consolidou com uma das atrizes mais bem sucedidas de sua geração. Ela atuou em três das mais bem sucedidas novelas da época, Roque Santeiro (1985-1986), Vale Tudo (1988) e Tieta (1989-1990).

Lídia Brondi e Lima Duarte em Roque Santeiro

Lídia Brondi e Glória Pires em Vale Tudo

Entre 1990 e 1991 atuou em sua última novela, Meu Bem, Meu Mal, na qual contracenava com o ator Cássio Gabus Mendes, com quem já tinha feito par romântico em Vale Tudo. Eles passaram a viver juntos em 1991, mas só oficializaram relação em 2013, numa cerimônia realizada pelo pai da atriz.

Anteriormente, ela havia sido casada com o direto Ricardo Waddington (entre 1982 e 1988). Ele é pai de sua única filha, Isadora, nascida em 1985.




Ao lado de Cássio Gabus Mendes ela ainda atuou na peça Parsifal (1992), seu último trabalho como atriz. Sofrendo de síndrome do pânico, Lídia Brondi abandonou a carreira, para tristeza de seus fãs.

Durante o tratamento, descobriu o amor pela psicologia, e acabou formando-se na área, e possui seu próprio consultório em São Paulo. Lídia Brondi não cogita voltar a atuar, embora sempre receba convites de Gilberto Braga, autor de alguns de seus maiores sucessos na televisão.

Lídia Brondi em Parsifal

Lídia Brondi e Cássio Gabus Mendes atualmente



Lídia Brondi Antes e Depois

Isadora Waddington, a filha de Lídia Brondi






Veja Também: O Triste Fim de Aron Hassan,
de De Corpo e Alma (1992)


Postar um comentário

0 Comentários