Ricardo Blat ganhou o carinho do público ao interpretar o jovem rebelde João na novela Estúpido Cupido (1976-1977), e desde então não parou mais. Ao longo dos anos, o ator construiu uma sólida carreira no cinema, teatro e televisão.
João Carlos Barroso, Françoise Furton, Ricardo Blat, Heloisa Raso, Djenane Machado e Ney Latoraca em Estúpido Cupido
Ricardo Barbosa Blat nasceu em Ferraz de Vasconcelos, região da Grande São Paulo, em 16 de novembro de 1950, mas dos 10 aos 17 anos de idade estudou em um colégio de Mogi das Cruzes, onde começou fazer teatro, até ser descoberto por um grupo de teatro amador da cidade. Já no Teatro Experimental Mogiano (TEM), apaixonou-se pelos palcos. Em 1970 recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante com a a peça Sem Eu, de Benê Rodrigues, encenada pelo TEM.
Em 1971 atuou na montagem de Peer Gynt, sob a direção de Antunes Filho. Depois, substituiu Ewerton de Castro na peça Eqqus, ao lado de Paulo Autran. Este trabalho lhe valeu um convite para fazer sua primeira novela, A Viagem (1975), na TV Tupi.
Ele não era um novato em frente as câmeras, pois já havia atuado no ano anterior no filme O Trote dos Sádicos (1974).
Betina Viany e Ricardo Blat em Eqqus
Da Tupi o ator foi para a Globo, para ser um dos protagonistas do mega sucesso Estúpido Cupido (1976-1977), onde interpretava João Arantes Guimarães. Escrita por Mário Prata, a novela obteve uma das maiores audiências entre as telenovelas da década de 1970.
Estúpido Cupido
O sucesso da novela lhe garantiu novos trabalhos de destaque na emissora, em novelas como Sem Lenço, Sem Documento (1977), Te Contei? (1978), Marrom Glacê (1979) e Memórias de Amor (1979).
Ricardo Blat e João Carlos Barroso em Marrom Glacê
Ricardo deixou a Globo em 1982, indo para o SBT, onde fez Destino (1982) e Sombras do Passado (1983). Na TV Bandeirantes, atuou em Os Imigrantes - Terceira Geração (1982) e Maçã do Amor (1983). E na Manchete, atuou na minissérie Amazônia (1991).
Um pouco afastado da televisão, voltou-se para o teatro. Em 1990 ganhou o Prêmio Shell de Melhor Ator por Uma Estória de Borboletas, em 1995 ganhou o Prêmio Mambembe por O Patinho Feio e levou outro Mambembe no ano seguinte, por Na Solidão dos Campos de Algodão.
No cinema, atuou ainda em Trem Fantasma (1976), Os Paspalhões em Pinóquio 2000 (1980), Anjos do Arrabalde (1987) e Tanga (Deu no New York Times?) (1987).
Em 1993 o ator voltou a Globo, interpretando o pescador "Marujo", na novela Mulheres de Areia (1993). A partir de então, seus papéis na emissora passaram a ter menor destaque na emissora, e assim como seu colega João Carlos Barroso, que teve muito sucesso na década de 1970, passou a fazer papéis secundários e pouco relevantes em novelas e minisséries.
Ricardo Blat esteve no elenco de O Fim do Mundo (1995), Hilda Furacão (1998), Hoje é Dia de Maria (2005), Fina Estampa (2011) e Deus Salve o Rei (2018), entre outros trabalhos na emissora.
Ricardo Blat em Fina Estampa
Com poucos trabalhos na televisão, atuou muito no cinema nos últimos anos. Ricardo Blat esteve no elenco de Sem Canhão Não Se Fala aos Céus (1996), Xuxa Requebra (1999), Madame Satã (2002), O Príncipe (2002), Carandiru (2003), Capital Circulante (2004), Achados e Perdidos (2005), Vinicius (2005), Última Parada 174 (2008) e O Casamento de Gorete (2016).
Ricardo Blat em Carandiru
Entre 2016 e 2018, interpretou o Padre Ribeiro na série Magnífica 70, da HBO. O ator também atualmente está no elenco da novela Gênesis (2020-2021), da TV Record.
Ricardo Blat em Gênesis
O ator é irmão do autor Rogério Blat e é primo do também ator Caio Blat.
Ricardo e Caio Blat
Ricardo Blat atualmente
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3 Comentários
Ricardo Blat já faleceu.
ResponderExcluirEu também
Excluirmorreu não está vivíssimo
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