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Relembrando a atriz Raquel Welch



Nas décadas de 60 e 70 Raquel Welch alcançou o status de símbolo sexual, sendo considerada uma das mulheres mais bonitas do cinema da época. A revista Empire a incluiu na lista das 100 estrelas mais sexys da história do cinema, e a Playboy a classificou no terceiro lugar na lista das 100 estrelas mais sexys do século XX.


Raquel Welch é o nome artístico de Jo Raquel Tejada, e ela nasceu em Chicago, em 05 de setembro de 1940. Seu pai era engenheiro aeronáutico e sua família morava na Bolívia, antes de Raquel nascer. Raquel é prima da política Lidia Gueiler Tejada, que foi a primeira mulher a ocupar a presidência boliviana.

Aos dois anos de idade, ela mudou-se com a família para San Diego. Dos sete aos dezessete anos de idade, ela estudou balé clássico, e quando adolescente, venceu diversos concursos de beleza locais. Em 1958 ela terminou o ensino médio, e ganhou uma bolsa de estudos para estudar interpretação. No ano seguinte, casou-se com seu primeiro marido, James Welch, que ela havia conhecido na escola. Ela passou então a usar o sobrenome do marido, inclusive artisticamente.

Após atuar em diversas produções teatrais, conseguiu um emprego como garota do tempo em uma emissora de televisão em San Diego. Ela teve dois filhos com James Welch, e devido aos compromissos com a televisão, e precisando cuidar dos filhos pequenos, ela abandonou a escola de atuação.

Raquel Welch, como a garota do tempo

Em 1963 ela se separou do marido, e mudou-se para Dallas com os filhos, onde passou a trabalhar como modelo e garçonete, para complementar a renda. Depois, mudou-se para Los Angeles, em busca de trabalhos como atriz.

Na terra do cinema, ela conheceu o antigo ator mirim Patrick Curtis, que interpretou o bebê de Ashley e Melanie Wilkes em ...E o Vento Levou (...Gone With the Wind, 1939), e era sobrinho do diretor Billy Wilder. Curtis agora trabalhava como produtor, e decidiu promover Raquel ao estrelato. Posteriormente, ele seria o seu segundo marido.

Ela começou a fazer testes para o cinema, e chegou a se candidatar ao papel de Mary Ann na série A Ilha dos Birutas (Gilligan's Island). Raquel Welch estreou no cinema em um pequeno papel no filme Uma Certa Casa Suspeita (A House is Not a Home, 1964). Após fazer algumas participações em séries de televisão, ela fez pequenos papéis em filmes como Carrossel de Emoções (Roustabout, 1964) e Favor Não Incomodar (Do Not Disturb, 1965).

Raquel Welch e Elvis Presley em Carrossel de Emoções

Depois conseguiu um papel um pouco mais significativo em A Swingin' Summer (1965), um dos menos conhecidos filmes da "turma da praia". Por seu trabalho, Raquel ganhou elogios da famosa revista Life, que dizia que ela era uma das mais promissoras atrizes da nova geração.

Raquel Welch em A Swingin' Summer

Em 1966 a 20th Century Fox lhe deu sua primeira grande chance no cinema, a escalando para a aventura de ficção científica Viagem Fantástica (Fantastic Voyage, 1966). Raquel fez muito sucesso no filme, e agradou o estúdio, que lhe ofereceu um contrato longo.

Raquel Welch e Stephen Boyd em Viagem Fantástica

Mas apesar do contrato, a Fox não aproveitou muito sua nova contratada. Ela foi emprestada para atuar em Um Sonho, Uma Realidade (Spara Forte, Più Forte... Non Capisco!, 1966), filme feito na Itália, no qual ela contracenou com o ator Marcello Mastroianni. Ainda na Europa, foi emprestada para o estúdio inglês Hammer, onde fez um papel pequeno, com apenas três linhas de fala, em Mil Séculos Antes de Cristo (One Million Years B.C., 1966).

Mas apesar de seu papel ser pequeno, a imagem de Raquel usando um biquini de pele de corsa estampou o poster do filme, e fez dela um símbolo sexual internacional. Até hoje, esta é uma das imagens mais icônicas da história do cinema.

Poster de Mil Séculos Antes de Cristo

Ainda na Inglaterra, mas desta vez trabalhando para a Fox, interpretou a detetive em A Espiã que Veio do Céu (Fathom, 1967). Ainda no país, rodou O Diabo é Meu Sócio (Bedazzled, 1967), ao lado de Dudley Moore. Ainda trabalhando na Inglaterra, lhe foi oferecido um papel em O Vale das Bonecas (Valley of the Dolls, 1967), mas ela recusou, e Sharon Tate acabou sendo escalada em seu lugar.

Raquel Wlech em O Diabo é Meu Sócio

Trabalhando para a MGM, atuou em Cinco Milhões de Erros (The Biggest Bundle of Them All, 1968), rodado na Itália. De volta aos Estados Unidos, atuou no western O Preço de Um Covarde (Bandolero!, 1968), ao lado de James Stewart e Dean Martin, e em A Mulher de Pedra (Lady in Cement, 1968), contracenando com Frank Sinatra.

Depois, estrelou 100 Rifles (Idem, 1969). O filme fez muito sucesso, mas causou polêmica ao mostrar Raquel formando um casal inter-racial com o ator Jim Brown, algo que ainda era um grande tabu em Hollywood.

Jim Brown e Raquel Welch em 100 Rifles

O filme também apresentava uma cena com a atriz tomando banho. Mas apesar da insistência do diretor, Raquel recusou-se aparecer nua em cena. Apesar de ser considerada um símbolo sexual, ela sempre recusou cenas e ensaios fotográficos nua.

Ainda em 1969, contracenou com Ringo Starr em Um Beatle no Paraíso (The Magic Christian, 1969). No ano seguinte, tentou emplacar uma carreira como atriz séria, atuando em Homem e Mulher Até Certo Ponto (Myra Breckinridge, 1970).

Baseado em um livro de Gore Vidal, o filme apresentava Raquel como uma transexual. Mas a produção foi um grande fracasso, e durante as filmagens ela e a veterana Mae West brigavam constantemente.

Mae West e Raquel Welch em Homem e Mulher Até Certo Ponto

Na década de 70 ela era uma grande estrela de fama internacional, mas continuava sem ter feito um grande papel nas telas. Também foi muito presente na televisão, e apresentou a cerimônia do Oscar por diversas vezes. E embora nunca tenha sido indicada a um Oscar, em 1970 recebeu o prêmio da amiga Goldie Hawn, que não pode estar presente na premiação.

Raquel Welch e o Oscar de Goldie Hawn

Em 1974 ela recebeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia ou Musical por seu desempenho em Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers, 1973). Ela repetiria o papel em A Vingança de Milady (The Four Musketeers, 1974).

Raquel Welch e Geraldine Chaplin em Os Três Mosqueteiros

Em 1975, no auge da fama, a atriz  veio ao Brasil, onde se apresentou em um show na boate O Beco, dirigida pelo lendário Abelardo Figueiredo. Na época, ao lado do comunicador Silvio Santos, ela estampo a capa da revista Amiga.


Em 1979 ela recusou o papel principal no filme Norma Rae (Idem, 1979), que deu o primeiro Oscar a atriz Sally Field. Neste mesmo ano, posou para a revista Playboy, embora não tenha feito fotos com nudez total.

Em 1980 ela estreou na Broadway, na peça Woman of the Year, papel que foi originalmente da atriz Lauren Bacall, que elogiou a versão com Welch. Em 1981, foi cotada para o papel de Alexis Carrington, em Dinastia (Dynasty), mas este acabou sendo interpretado por Joan Collins.

A década de 80 não foi muito produtiva para a atriz, que fez apenas alguns filmes para a televisão no período. Ela começou a filmar Esquecendo o Passado (Cannery Row, 1982), mas foi demitida após algumas semanas após o começo dos trabalhos, sendo substituída por Debra Winger. Raquel processou a MGM, e o estúdio foi condenado a pagar uma multa de 10 milhões de dólares a atriz por quebra de contrato, mas isto abalou sua carreira. Posteriormente, ela declarou em uma entrevista que se arrependeu do processo, pois depois disto os convites cessaram.

Ela só retornaria a uma grande produção fazendo uma participação especial, como ela mesma, na comédia Corra que a Polícia Vem Aí! 33 1/3: O Insulto Final (Naked Gun 33 1/3: The Final Insult, 1994).

Leslie Nielsen e Raquel Welch em  Corra que a Polícia Vem Aí! 33 1/3: O Insulto Final 

Nos anos seguintes, trabalhou mais como atriz convidada em séries de televisão como Seinfeld, Lois & Clark - As Novas Aventuras do Superman (Lois & Clark: The New Adventures of Superman), Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira (Sabrina, the Teenage Witch) e CSI: Miami.

Raquel Welch em Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira

Raquel só retornaria ao cinema em papéis coadjuvantes, em filmes como Sabores da Vida (Tortilla Soup, 2001) e Legalmente Loira (Legally Blonde, 2001).

Raquel Wlech em Legalmente Loira

Seu último filme foi o mexicano Como Se Tornar um Conquistador (How to Be a Latin Lover, 2017), e seu último trabalho como atriz foi em alguns episódios da série Date With My Dad (2017).

Sua filha Tahnee Welch também é atriz.

Raquel Welch morreu em 15 de fevereiro de 2023, aos 82 anos de idade.

Steve Guttenberg e Tahnee Welch em Cocoon (1985)

Raquel Welch



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5 Comentários

  1. Em 1975 Rachel estrelou um Maravilhoso show em São Paulo na Boate O Beco, dirigida por Abelardo Figueiredo e foi capa da revista amiga ao lado de Silvio Santos.

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  2. Reportagem Maravilhosa 💌👏😊😊😊👏 bravo bravíssimo

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  3. Excelente reportagem 👏👏👏👏👏

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  4. Michael Carvalho Silva26 de novembro de 2021 às 18:00

    Aqui mesmo no Brasil durante a década de setenta do século vinte duas celebridades e sex symbols brasileiras daquele período que imitavam completamente a própria Raquel Welch em estilo e aparência física em relação aos seus longos e ondulados cabelos castanhos claros soltos e esvoaçantes repartidos do lado esquerdo da cabeça, olhos escuros enormes e expressivos, pele de pêssego bronzeada lisa e saudável ao extremo além de um rosto perfeito e um rosto perfeito e um corpo escultural por inteiro foram a belíssima e estonteante atriz e produtora de cinema e modelo de passarela araraquarense Zilda Mayo e o falecido travesti Jaqueline Welch que era muito famoso naquela época enquanto que nos dias de hoje a mundialmente famosa atriz de cinema e modelo fotográfica americana morena de olhos azuis e cabelos longos e escuros Megan Fox é a escolha ideal para interpretar a própria Raquel Welch em uma cinebiografia produzida por Hollywood.

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  5. Michael Carvalho Silva24 de abril de 2022 às 04:31

    Raquel Welch foi mesmo maravilhosa, mas na verdade Anita Strindberg, Barbara Steele, Carla Gravina, Angelo Tiffe, Richard Gere e Donovan Scott são os seis maiores símbolos sexuais do cinema mundial em todos os tempos.

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