O cinema brasileiro teve muitas musas, e uma delas é a americana Kate Lyra, que chegou ao Brasil acompanhada do marido Carlinhos Lyra. Kate brilhou em muitos filmes e também fez sucesso na televisão, em especial nos programas de humor, com seu bordão "brasileiro é tão bonzinho".
Katherine Lee Riedel nasceu em Ray, Arizona, em 03 de julho de 1949. Atriz, dançarina, roteirista, escritora, cantora, produtora e acadêmica, Kate Lyra começou a estudar sapateado aos 5 anos de idade, e começou sua carreira artística como cantora, ainda nos Estados Unidos.
Ela morou no México, onde estudou direito, e também foi crooner do conjunto Nueva Version, onde chegou a se apresentar com o ator Bob Hope. Nos Estados Unidos, também fez diversos comerciais para a televisão.
Em 1969 Kate se casou com o músico brasileiro Carlos Lyra, e com ele mudou-se para o Brasil. Logo ela começou a trabalhar como modelo por aqui, desfilando para Clodovil Hernandez.
Também gravou alguns discos com o marido.
I See Me Passing By, com Carlos e Kate Lyra
Em 1972 Kate estreou como atriz na peça Pobre Menina Rica (1972), onde interpretava a menina rica do título. No ano seguinte, ela estreou no cinema Um Edifício Chamado 200 (1973), atuando em seguida em Banana Mecânica (1974), O Signo do Escorpião (1974), A Extorsão (1975), O Prisioneiro do Sexo (1978), Nos Tempos da Vaselina (1979) e Uma Fêmea do Outro Mundo (1979).
Ela também participaria de diversos outros programas de humor, como Viva o Gordo, Os Trapalhões, Estúdio A... Gildo!, Chico Anysio Show e Balança Mas Não Cai.
Em 1981 ela fez sua primeira novela, Jogo da Vida (1981), na Globo. No ano seguinte, atuou também em Ninho de Serpente (1982), na Bandeirantes, mas fez poucas novelas, priorizando sua carreira no cinema.
Em 1980 Walter Hugo Khouri a convidou para atuar em Convite ao Prazer (1980), que era uma produção mais séria que seus filmes anteriores, e o diretor soube explorar o talento de Lyra, que provou ser mais que uma atriz bonita em frente as câmeras. Com o diretor, ela também faria Eros, o Deus do Amor (1981).
No cinema, ainda atuaria em Mulher Objeto (1981), de Silvio de Abreu. No auge da fama, e considerada uma das mulheres mais sensuais do Brasil, Kate Lyra começou a se afastar da mídia, interessando-se por outros projetos.
Em 1985 ela escreveu seu primeiro livro, o infantil Estou de Férias, e Daí? e passou a ser também uma ativista feminista, sendo uma das fundadoras do Coletivo de Mulheres de Cinema e Vídeo, criado em 1984. Ela também integrou o CEDIM, Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres do Rio de Janeiro.
Também escreveu o roteiro e dirigiu o curta-metragem O Círculo (1988), que foi destaque no Festival de Cinema de Gramado.
E em 1992 ela voltou ao cinema, atuando no filme americano Kickboxer 3: A Arte da Guerra (Kickboxer 3: The Art of War, 1992), que foi rodado no Brasil. Dois anos depois, ela ganhou um Troféu APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) como roteirista do filme A Causa Secreta (1994), de Sérgio Bianchi.
Eventualmente, Kate Lyra atuou na televisão, geralmente como convidada especial em programas como Brava Gente, A Diarista, Minha Nada Mole Vida e Faça a Sua História. E voltou a ter um pape fixo em uma novela em Amor e Intrigas (2007), na TV Record. Depois, foi a secretária Myrna em Passione (2010).
Kate Lyra está casada com Steve Solot desde 2010.
Leia também: Adriana Prieto, a breve "Greta Garbo Brasileira"
Leia também: Por Onde Anda? A atriz Dorinha
Leia também: Myriam Pérsia Completa 86 Anos de Idade
Leia também: A elegante Beatriz Lyra
Veja também: A História de Emil Rached - O "Gigante" dos Trapalhões
Veja também: Sandra Annenberg já foi atriz
2 Comentários
Na foto de Kickboxer, é Monique Lafond, não Kate Lyra
ResponderExcluirExatamente!
Excluir