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Relembrando a grande Glauce Rocha


A atriz Glauce Rocha era intensa, talentosa e marcou época durante sua breve passagem pela terra. Glauce fez da atuação sua razão de viver, mas morreu jovem, tornando-se um mito da dramaturgia brasileira.


Glauce Rocha nasceu em Campo Grande, em 16 de agosto de 1930. Quando ela tinha apenas cinco anos de idade, seu pai foi assassinado em uma festa, e sua mãe a mandou para um colégio interno em Minas Gerais. Mais tarde mudou-se para Porto Alegre, para terminar os estudos no colégio Júlio de Castilhos, onde foi colega de classe de Walmor Chagas.

Glauce depois mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a estudar no Conservatório Nacional de Teatro, onde teve aulas com as veteranas Esther Leão, Maria Clara Machado e Luísa Barreto Leite. Logo ela estava estreando nos palcos, fazendo teatro infantil.

Sua estréia profissional se deu a convite de Alda Garrido, na peça Madame Sans Gene (1952). E foi ao lado de Alda Garrido que também estreou na televisão, atuando no teleteatro Se o Guilherme Fosse Vivo (1952), na TV Tupi.

Antes disto porém, ela já havia atuado no cinema, participando da chanchada Aviso aos Navegantes (1950). Completa, Glauce transitava pelo teatro, cinema e televisão, com grande facilidade.

Na década de 50 atuou em diversos filmes, demonstrando uma versatilidade como atriz, atuando com desenvoltura em dramas e comédias. Nesta época fez os filmes Aventura no Rio (1952), Com o Diabo no Corpo (1952), Rua Sem Sol (1954), Rio, 40 Graus (1955), O Noivo da Girafa (1957), Traficantes do Crime (1958), Helena (inacabado) e É um Caso de Polícia (1959), que só viria a ser lançado muitos anos depois, em 1956. Rio, 40 Graus teve problemas com a censura, por seu teor político, e Glauce chegou a desafiar o censor que proibiu a exibição da obra.

Dóris Monteiro e Glauce Rocha em Rua Sem Sol

Apesar de já ter feito alguns teleteatros na TV Tupi, Glauce começou a brilhar na televisão na TV Rio, no final da década de 50. Lá protagonizou diversos teleteatros, mas em 1958 migrou retornou a Tupi, para atuar na série O Jovem Doutor Ricardo (1958).

Glauce Rocha na TV Rio

Consagrada, na década de 60 brilhou no cinema, teatro e televisão. Nos palcos, destacou-se em obras como Doce Pássaro da Juventude (1960), Electra (1965), Perto do Coração Selvagem (1965), e Um Uísque Para o Rei Saul (1968), que lhe deu um Prêmio Moliére de Melhor Atriz.

Glauce Rocha e Clarice Linspector, em foto de divulgação da peça Perto do Coração Selvagem

Na TV, atuou nas novelas Cabocla (1959), Adeus às Armas (1961), Casa de Bonecas (1964), A Noiva do Passado (1966), Passo dos Ventos (1968), A Última Valsa (1969), Rosa Rebelde (1969), Véu de Noiva (1969) e Irmãos Coragem (1970).

Glória Menezes e Glauce Rocha em Irmãos Coragem

No cinema brilhou ainda em Mulheres e Milhões (1961), Cinco Vezes Favela (1962), Os Cafajestes (1972), Quatro Mulheres Para Um Herói (1962), Sol Sobre a Lama (1962), O Beijo (1964), Engraçadinha Depois dos Trinta (1966), Terra em Transe (1967), Jardim de Guerra (1968), Na Mira do Assassino (1968), Tempo de Violência (1969), Incrível, Fantástico, Extraordinário (1969), A Navalha na Carne (1970), Roberto Carlos e o Diamante Cor-de Rosa (1970), O Dia Marcado (1970), Um Homem Sem Importância (1971) e Cassy Jones, o Magnífico Sedutor (1972).

Glauce Rocha, Mário Benvenutti e Myrian Ronny


Em 1970 a mãe de Glauce Rocha faleceu vítima de um enfarte do miocárdio. Glauce tornou-se obcecada pela doença, colecionando recortes, livros e tudo mais que falasse sobre a doença.  Ela estava interpretando a personagem Helena na novela Hospital (1971) na Tupi, quando também faleceu com a mesma doença, em 12 de outubro de 1971, aos 41 anos de idade. 

Os jornais da época afirmaram que seu coração não resistiu ao excesso de trabalho.





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