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A inesquecível Tônia Carrero





Tônia Carrero foi uma das mais belas e talentosas estrelas da dramaturgia brasileira. Estrela dos palcos, cinema e televisão. Reconhecida internacionalmente, seus belos olhos azuis encantaram gerações de fãs por todo o mundo.




Nascida Maria Antonietta Portocarrero Thedim, em 23 de agosto de 1922, a carioca Tônia é filha de general do exército e descendente do Barão de Forte Coimbra.

De família nobre, a menina fez seus estudos em Paris, e formou-se em educação física. Antes de mudar-se para a França com o marido, o artista plástico Carlos Arthur Tiré, foi convidada para atuar no cinema, estreando em Querida Susana (1947), na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde ela se tornaria uma das maiores estrelas do estúdio.

Tônia Carrero e Nicete Bruno em Querida Susana (1947).

Quando estreou no cinema, Tonia já tinha um filho, o ator Cecil Thiré, nascido em 1943. Sua estreia no teatro foi no teatro foi na peça Um Deus Dormiu Lá em Casa (1949), onde ela conheceu duas pessoas importantes em sua vida, o grande amigo Paulo Autran e o diretor e ator italiano Adolfo Celi, com quem se casou.

Tônia e Paulo Autran em Um Deus Dormiu Lá e Casa

Celi era um nome consagrado do cinema e teatro internacional, e hoje é mais lembrado como o vilão Largo em 007 Contra a Chantagem Atômica (Thunderball, 1965).

Adolfo Celi em 007 Contra a Chantagem Atômica

Tônia tornou-se uma das grandes estrelas brasileiras.

Em 1949 retornaria ao cinema, atuando em Caminhos do Sul (1949). Tônia se tornaria uma das maiores estrelas do cinema brasileiro, protagonizando clássicos como Tico Tico No Fubá (1952), Apassionata (1952) e É Proibido Beijar (1954). Este último uma coprodução Brasil e Argentina, estrelado pelo astro mexicano Arturo de Córdova.

Anselmo Duarte e Tônia Carrero em Tico Tico no Fubá



A atriz recebeu convite para atuar em Hollywood após este filme, mas, quando soube que era para fazer o papel de um índia latina, declinou o convite, alegando que não deixaria sua carreira brasileira para uma aventura sem garantias. Não queria trocar o lugar de estrela por pequenos papéis secundários de latinas estereotipadas. Mas ela atuaria em outras produções internacionais, como no folme argentino Alias Gardelito (1961), o italiano Copacabana Palace (1962) e o norte-americano Sócio de Alcova (Carnival of Crime, 1962), rodado no Brasil e estrelado pelo astro francês Jean-Pierre Aumont.

Tônia Carrero e
Arturo de Córdova em Mãos Sangrentas

Ao todo, ela fez 19 filmes.

Na televisão, estreou ainda nos tempos do Grande Teatro Tupi. Sua primeira novela foi A Mulher Que Amou Demais (1966), na TV Rio. Ela faria inúmeras novelas, sendo seus maiores sucessos Sangue do Meu Sangue (1969), Uma Rosa com Amor (1972), Água Viva (1980) e Louco Amor (1983), Sassaricando (1987) e Kananga do Japão (1989).

Tônia Carrero com Milton Rodrigues na novela A Mulher Que Amou Demais

Tônia Carrrero e Raul Cortez em Água Viva

Também teve um papel importante em Esplendor (2000), já mais madura. Seu último trabalho na televisão foi em uma participação especial na novela Senhora do Destino (2004). 

Em 2007, despediu-se da vida artística no belo no filme Chega de Saudade.

Tônia Carrero e Leonardo Villar em Chega de Saudade

Premiada diversas vezes, inclusive em festivais internacionais, Tônia tinha uma predileção por uma das homenagens que recebeu, quando na década de cinquenta estampou as figurinhas das balas Furnas, que exibiam astros do cinema e que ela colecionava na infância. Seu rosto também estampou a à efígie da República, nas moedas do Cruzeiro na década de 70. (leia mais sobre isto, aqui).

Tônia Carrero e Eva Wilma recebendo o Troféu Saci em 1956.


Mãe do ator Cecil Thiré e avó dos atores Luísa, Miguel e Carlos Thiré, Tônia passou os últimos anos de vida reclusa, devido ao seu frágil estado de saúde. Ela sofria de hidrocefalia oculta, que lhe limitava a comunicação e locomoção.

Tônia e o jovem Cecil Thiré

A atriz Maria Zilda visitando Tônia Carrero em 2016


Tônia Carrero faleceu durante um procedimento cirúrgico em 3 de março de 2018, aos 95 anos.





Veja também: Raul Gil já foi ator




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2 Comentários

  1. Michael Carvalho Silva28 de outubro de 2024 às 12:45

    Tônia Carrero junto com Regina Duarte, Mila Moreira e Maria Augusta Nielsen foram a primeira geração de modelos brasileiras a estourarem dentro e fora do Brasil muito antes de Gisele Bundchen ter conquistado o mundo inteiro antes de cair em desgraça também.

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  2. Michael Carvalho Silva28 de outubro de 2024 às 12:48

    Fernanda Tavares caiu em desgraça depois de velha e decadente jamais tendo sido um exemplo de absolutamente nada para mais ninguém também.

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