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A inesquecível Cacilda Lanuza



Cacilda Lanuza Godoy Silveira nasceu em Capina Grande, em 01 de setembro de 1930. Nascida na Paraíba, Cacilda foi educada em Juiz de Fora, Minas Gerais, e adolescente mudou-se para Recife. Seu amor pela cidade era tanto, que se considerava "pernambucana de coração".

Em Recife cursou aulas de frevo, e começou a chamar a atenção nas festas da cidade. Ingressou no Rádio na Rádio Jornal do Recife, sob tutela de Teófilo de Barros. Lá apresentou programas como Fantasia e Jóias da Literatura, e também atuou em rádio novelas. 

Em 1952 o cineasta brasileiro Alberto Cavalcanti, com longa carreira internacional, a contratou para atuar em O Canto do Mar (1952). Foi sua grande chance na carreira artística. 

Cacilda em O Canto do Mar

Neste mesmo ano foi indicada ao concurso de Rainha do Rádio, ficando em segundo lugar. O Concurso abriu-lhe as portas para atuar no eixo Rio - São Paulo. 

Com Mary Gonçalves, no concurso da Rainha do Rádio

Contratada pela TV Paulista, passou a apresentar o programa Esse Mundo é das Mulheres, dirigido por Walter Forster. Junto com Hebe Camargo, Wilma Bentivigna, Lourdes Rocha e Eloísa Mafalda, Cacilda apresentou primeiro programa feminino da televisão brasileira. Também apresentou o programa Mappin Movietone na emissora.

Em 1964 fez sua primeira novela, ainda na paulista, chamada O Pintor e A Florista. Atuou ainda em novelas como Olhos que Amei (1965), Os Miseráveis (1967) e A Menina do Veleiro Azul (1969). No final da década de 60 passou a dedicar-se ao teatro, afastando-se da televisão. Ocasionalmente retornou as telinhas atuando em Meu Pedacinho de Chão (1971), Morte e Vida Severina (1981) e Joana (1984), seu último trabalho na TV.

Apesar de uma curta carreira no cinema, atuou em filmes brasileiros importantes, como Chão Bruto (1958), O Caso dos Irmãos Naves (1967) e Trilogia do Terror (1968), atuando no episódio A Procissão dos Mortos, dirigido por Luiz Sérgio Person.

Lima Duarte; Cacilda Lanuza; Francisco Negrão em Chão Bruto

Juca de Oliveira; Raul Cortez; Lélia Abramo; Cacilda Lanuza; Júlia Miranda; Anselmo Duarte
em O Caso dos Irmãos Naves

Afastada da vida pública, Cacilda dedicava-se atualmente a causa da proteção animal. Sua morte, em 17 de junho de 2018, foi divulgada por seus amigos nas redes sociais. Ela tinha 87 anos de idade.

Cacilda Lanuza na década de 1990



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6 Comentários

  1. Cacilda Lanuza foi minha vizinha em Juiz de Fora! Depois de ficar famosa mamãe e eu fomos visitá-la no estúdio da tv onde tinha um programa ao vivo! Ela saiu do programa para nos receber quando soube que era a D.Alice tão querida! Saudade!

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  2. Não conheci pessoalmente Cacilda Lanuza, mas, desde os meus tempos de adolescente, quando ela se deslocava semanalmente para apresentar um show, aos sábados, na TV Jornal do Comércio do Recife -, desde esses tempos, sabia dos nossos laços de parentesco: sua avó Joanna Francisca de Andrade Gonçalves de Mello, era irmã da minha avó, Maria Margarida, mãe do meu pai.
    Há cerca de três anos, tentei localizá-la, por via da INTERNET, para fazer chegar-lhe o trabalho, sempre inconcluso, da genealogia da nossa família comum, os Gonçalves de Mello e Arruda Câmara, da Paraíba. Não tive sucesso.
    Vejo agora, quase dois anos após seu falecimento, a notícia de que ela não mais está entre nós. Sinto como se tivéssemos sido primos muito próximos e apelo aos descendentes e amigos a que, em podendo, façam contato: jcbdemelo29@gmail.com
    Meu abraço solidário a todos.
    João Carlos Bezerra de Melo

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  3. Importante esta lembrança da grande Lanuza. Parabéns pelo registro e homenagem.🙏🙏🙏🙏🙏✍️✍️🏅🏅🏅🎖️🎖️

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  4. Uma atriz expressiva, versátil. Séria e estudiosa, carregava de integridade todos os papeis que representava. E principalmente, aquele que foi o seu maior papel na vida: o de Cacilda Lanuza.

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