Maria Isabel de Lizandra, apesar de ter atuado no teatro e cinema, foi uma atriz marcada por seus trabalhos na televisão, tornando-se uma das grandes estrelas das telenovelas da década de 1970, onde brilhou, pincipalmente, como uma das atrizes do primeiro time da TV Tupi.
Nascida Maria Isabel Antunes Maciel, em São Paulo, em 05 de junho de 1946. Ela era irmã da atriz Cecília Maciel, que foi casada com o ator Umberto Magnani.
Maria Isabel de Lizandra destacou-se no teatro atuando na peça As Fúrias (1964), e logo recebeu um convite para ingressar na televisão, fazendo a sua estreia na novela Se O Mar Contasse (1964), na TV Tupi. No ano seguinte, fez seu primeiro filme, o clássico Veredas da Salvação (1965), dirigido por Anselmo Duarte.
Mas seria na televisão que a atriz ficaria famosa, especialmente depois que assinou contrato com a TV Excelsior, atuando em novelas clássicas da emissora. No canal, ela apareceu em Anjo Marcado (1966), As Minas de Prata (1966), O Tempo e o Vento (1967), O Terceiro Pecado (1968), A Muralha (1968), Os Tigres (1968), A Menina do Veleiro Azul (1969) e Dez Vidas (1969).
Nesta época, também atuou na primeira telenovela da TV Bandeirantes, Os Miseráveis (1967).
Stênio Garcia, Ivan Mesquita e Maria Izabel de Lizandra em As Minas de Prata
Maria Isabel de Lizandra, Mauro Mendonça e Fernanda Montenegro em A Muralha
Em 1970 a atriz retornou a Tupi, onde havia estreado, atuando em As Bruxas (1970). Na emissora, atuou também em Hospital (1971) e na TV Record fez parte do elenco de Sol Amarelo (1971). De volta a Tupi, atuou em Na Idade do Lobo (1972), Camomila e Bem-Me-Quer (1972) e Mulheres de Areia (1973), um grande sucesso da história da teledramaturgia brasileira.
Mas seu maior sucesso foi no papel de Catarina Batista, a teimosa e destemida esposa de Petruchio (vivido por Antônio Fagundes), na novela O Machão (1975). A novela era baseada na obra A Megera Domada, de Shakespeare, e ganhou um remake em no ano 2000, chamada O Cravo e a Rosa.
Maria Isabel de Lizandra e Antônio Fagundes em O Machão
Em 1974 ela retornou ao cinema, atuando em As Mulheres Sempre Querem Mais (1974). Nas telonas, ainda faria A Noite das Fêmeas (1976) e Belas e Corrompidas (1977).
Elizabeth Hartman e Maria Isabel de Lizandra em A Noite das Fêmeas
Na Tupi ainda atuaria em Vila do Arco (1975) e Xeque-Mate (1976), onde fazia par romântico com o ator Ênio Gonçalves, com quem se casou. Em 1977 ela foi a Isabel, a filha de Dona Lola (Nicete Bruno) no grande sucesso Éramos Seis (1977).
Maria Isabel de Lizandra ainda atuaria em Salário Mínimo (1978), antes da falência da TV Tupi.
Maria Isabel de Lizandra e Ênio Gonçalves em Xeque-Mate
Carlos Augusto Strazzer, Carlos Alberto Riccelli, Maria Isabel de Lizandra, Ewerton de Castro, Nicete Bruno e Gianfrancesco Guarnieri em Éramos Seis
Na TV Bandeirantes, atuou em Cara a Cara (1979) e depois fez diversos trabalhos na TV Cultura, atuando em O Vento do Mar Aberto (1981), Partidas Dobradas (1981), Nem Rebeldes, Nem Fiéis (1982) e O Tronco do Ipê (1982).
Em 1983 Maria Isabel de Lizandra estreou na Globo, atuando na minissérie Moinhos de Vento (1983). No canal, atuou ainda em Champagne (1983), Tenda dos Milagres (1985) e Um Sonho a Mais (1985).
Isabel Ribeiro, Carlos Augusto Strazzer e Maria Isabel de Lizandra em Champagne
Em 1986 ela atuou em Dona Beija, na TV Manchete, mas depois começou a desacelerar os seus trabalhos artísticos. Maria Isabel tinha duas filhas pequenas, e preferiu ficar em casa, acompanhando o crescimento das meninas.
Maria Isabel de Lizandra e Jayme Periard em Dona Beija
Ela ainda faria participações nas novelas Vale Tudo (1988), Tieta (1989) e teve um papel de destaque em Pacto de Sangue (1989), todas na Globo.
Na Manchete, ainda esteve em Fronteiras do Desconhecido (1990), Filhos do Sol (1991) e Incrível, Fantástico, Extraordinário (1994).
Jayme Periard, Maria Isabel de Lizandra e Sandra Annenberg em Pacto de Sangue
Como atriz, ainda participaria de alguns episódios do programa Você Decide, e da novela Por Amor e Ódio (1997), na TV Record. Seus últimos trabalhos na televisão foram nas séries Labirinto (1998) e Mulher (1998), na Globo.
Maria Isabel de Lizandra morreu vítima de pneumonia em 14 de março de 2019, aos 72 anos de idade.
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8 Comentários
Que Deus ilumine com muita paz e muitas luzes o seu retorno à pátria espiritual, e conforte seus familiares e amigos! Valeu, Maria Izabel de Lizandra! Uma grande atriz que deixa um legado marcado de incomensurável talento! Siga em paz!
ResponderExcluirAssisti várias novelas com ela. Deus ilumine sua alma.
ResponderExcluirFez parte da minha juventude.Obrigada pelos bons momentos.Que descanse em paz.
ResponderExcluirNão entendo essa vida levando toda minha geração a te a considerava muito boa atriz muito linda ...pena não deveria existir morte
ResponderExcluira morte nao existe
ExcluirTrabalhei com o sr.Regino Guimarães Maciel,foi meu parceiro de corretagem na emp,Kabana Imóveis em 1974
ResponderExcluirA melhor novela dela foi Xeque Mate com Aldo Gomes, não foi citada.
ResponderExcluirA morena e belíssima Maria Izabel de Lizandra foi realmente uma estrela deslumbrante e inesquecível assim como o estonteantemente suculento e sensualíssimo galã e símbolo sexual masculino e brasileiro Carlo Mossy foi o macho famoso mais apetitoso e excitante do cinema nacional durante as décadas de setenta e oitenta do século vinte.
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