Nas décadas de 1970 e 1980 Mário Cardoso era o galã romântico de diversas novelas, além de estrelado diversos filmes, muitos deles protagonizados pela trupe de humoristas Os Trapalhões.
Mário Manoel Cardoso de Araújo nasceu em Lisboa, Portugal, em 24 de janeiro de 1950. Ele mudou-se cedo para o Brasil, e começou a carreira como modelo e garoto propaganda, em 1967.
Em 1972 ele estreou como ator no filme O Tempo das Cegonhas, que nunca chegou a ser finalizado. Dois anos depois, o veterano cineasta J.B. Tanko o chamou para viver Robin Hood em Robin Hood, o Trapalhão da Floresta (1974), um filme que tinha Renato Aragão e Dedé Santana, mas não conta com a presença de Mussum e Zacarias.
Mário Cardoso em Robin Hood, o Trapalhão da Floresta
Em 1975 ele estreou na televisão, fazendo uma participação na novela Cuca Legal (1975) e no mesmo ano atuou em Escalada (1975), chamando a atenção de milhares de fãs. Mas a sua consagração na TV veio com o Augusto no grande sucesso A Moreninha (1975).
Em 1975 ele voltou a trabalhar como Didi e Dedé em O Trapalhão na Ilha do Tesouro (1975).
Kátia d'Angelo e Mário Cardoso em Escalada
Mário Cardoso e Nívea Maria em A Moreninha
Mário logo se tornou um dos mais requisitados galãs da época. Idolatrado pelas fãs, tornou-se um dos príncipes mais cobiçados nos bailes de debutantes, e recebia milhares de cartas das fãs. Na década de 1970 atuou em diversas novelas, como O Feijão e o Sonho (1976), Escrava Isaura (1976), Nina (1977) e A Sucessora (1978-1979).
Norma Blum e Mário Cardoso em Escrava Isaura
No cinema, se fez presente em E as Pílulas Falharam (1976), Desejo Violento (1978), Como Matar Uma Sogra (1978), Os Foragidos da Violência (1978) e O Rei e os Trapalhões (1978).
Lady Francisco e Mário Cardoso em Os Foragidos da Violência
Mário Cardoso em O Rei e os Trapalhões
Mário Cardoso e as cartas das fãs
Mário seguiu atuando em diversas produções da Rede Globo na década seguinte. Além de fazer diversas participações no programa Os Trapalhões (até 1983), o ator atuou nas novelas Olhai os Lírios do Campo (1980), Coração Alado (1980-1981), Paraíso (1982-1983) e Amor Com Amor Se Paga (1984). O ator também fez a mini série Terras dos Sem-Fim (1981-1982), e atuou em em diversos programas como Caso verdade e fez participações no Sítio do Pica Pau Amarelo.
Walmor Chagas e Mário Cardoso em Coração Alado
Em 1981 ele também foi o mocinho no grande sucesso cinematográfico Os Saltimbancos Trapalhões (1981) e ainda fez Profissão: Mulher (1983), onde contracenava com Simone Carvalho e a veterana cantora Marlene.
No teatro, viveu Vadinho em Dona Flor e Seus Dois Maridos (Angelina Muniz era a Dona Flor).
Marlene, Mário Cardoso e Simone Carvalho em Profissão: Mulher
Em 1983 ele deixou a Globo, e fez Razão de Viver (1983), na recém inaugurada TVS (mais tarde, SBT). Lá também atuou em Vida Roubada (1983-1984) e Uma Esperança no Ar (1985-1986). Na emissora, também gravou Adultério à Brasileira (1987), que nunca chegou a ser exibida.
Em 1986 fez o grande sucesso Dona Beija (186), na TV Manchete. Nesta emissora, ainda atuou em Tudo Ou Nada (1987-1988), Carmen (1987-1988), e O Fantasma da Ópera (1991).
Mário Cardoso e Maira Magri em Dona Beija
Em 1992 voltou a Globo, onde atuou na mini série Anos Rebeldes. No mesmo ano, começou a trabalhar com dublagem no Estúdio Geminni, do Rio de Janeiro, iniciando uma bem sucedida carreira na dublagem.
Na década de 1990, foi na dublagem que Mário Cardoso mais atuou, embora tenha feito alguns programas Você Decide e uma participação na novela Vira Lata (1996). Entre 1996 e 1997 ele também atuou na novela Xica da Silva, na Manchete, onde viveu o Capitão-Mor Sebastião Albuquerque.
E em 1999, após alguns anos afastado, retornou ao cinema com o filme O Negócio (1999).
Mário Cardoso em Xica da Silva
Nos anos seguintes, o ator não fez muitos trabalhos na TV, aparecendo em participações especiais em novelas como As Filhas da Mãe (2001-2002), Chocolate Com Pimenta (2003-2004), A Lua Me Disse (2005), América (2005), Alma Gêmea (2005-2006) e Páginas da Vida (2006-2007).
Em 2007 foi contratado pela Record, onde fez um papel fixo na novela Caminhos do Coração (2007-2008). Depois, ainda participou de alguns capítulos de novelas da Globo, e no humorístico Turma do Didi, onde se reencontrou com Renato Aragão. Também atuou na mini série Tudo Novo de Novo, em 2009.
Entre 2011 e 2012 Mário atuou na novela Amor e Revolução, no SBT, depois fez Milagres de Jesus (2015), na Record, que até então seu último trabalho em televisão. Em 2016 ele também fez o curta-metragem O Estado a que Chegamos (2016).
Mário Cardoso em Amor e Revolução
Ainda trabalhando como dublador (e diretor de dublagens), Mário Cardoso emprestou sua voz para diversos personagens. É dele a voz do professor Utônio em As Meninas Super Poderosas, e de Walter Nichols o pai da série Drake & Josh. Ele também dublou Carl Carlson, em Os Simpsons, entre diversos outros personagens em filmes, séries, novelas estrangeiras e animações.
Mário Cardoso, atualmente, como dublador
Recentemente o nome de Mário Cardoso voltou a mídia por uma coincidência. A atriz Fernanda Torres escreveu um romance de nome A Glória e Seu Cortejo de Horrores, cujo protagonista chama-se Mário Cardoso. Muitos leitores pensaram ser trechos biográficos de sua vida, mas foi apenas uma confusão entre homônimos.
Desde 2018 Mário Cardoso é diretor do estúdio de dublagem Delart, no Rio de Janeiro. Casado, o ator é pai de dois filhos, Alice e Daniel.
Apesar do mesmo sobrenome, Mário Cardoso não é irmão do ator David Cardoso, que também interpretou o Augusto na versão cinematográfica de A Moreninha (1970).
Mário Cardoso com sua mãe e seus filhos
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5 Comentários
Grande ator 👏👏👏👏
ResponderExcluirSempre gostei de suas atuações...
ResponderExcluirLembro dele no filme dos trapalhões, " O trapalhão na ilha do tesouro". Ficou com uma gata no filme. Eu tinha 11anos...
ResponderExcluir"Senhor Koema, Senhor Koema"
ResponderExcluirMário Cardoso é maravilhoso ao contrário do Marcos Winter que sempre foi escroto e babaca e depois de velho e falido, terminou sendo chutado feito cachorro por todo mundo sem exceção.
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