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Morre Alfonso Mejía, astro de Os Esquecidos (Los Olvidados, 1950), de Luís Buñel



Morreu no dia 29 de dezembro o ator Alfonso Mejía, que interpretou o jovem Pedro, o protagonista de Os Esquecidos (Los Olvidados, 1950), clássico do cinema mexicano que rendeu o primeiro prêmio no Festival de Cannes para o diretor Luís Buñel. O ator tinha 87 anos de idade, e morreu de causas naturais, conforme informou a rede Televisa de televisão.



Alfonso Mejía tinha 15 anos quando protagonizou o filme que mostra a dura vida das crianças pobres da periferia mexicana, e não tinha nenhuma experiência em atuação quando foi escolhido entre centenas de adolescentes pelo diretor Luís Buñel. Ele foi incentivado por amigos a fazer o teste para o filme.

Mejía interpretou o jovem Pedro, acusado injustamente de cometer um crime e é mandando para o reformatório por causa disto. Sua atuação marcante lhe valeu um prêmio especial no Festival de Cannes de Melhor Ator Infantil do ano. Em 2003 Os Esquecidos (Los Olvidados, 1950), foi inscrito no Registro da Memória do Mundo pela UNESCO em reconhecimento ao seu significado histórico.




Após o sucesso mundial do filme, Alfonso Mejía tornou-se um astro do cinema mexicano, atuando em diversos filmes nas décadas seguintes, e recebendo diversos prêmios Ariel de Ouro, o mais importante do cinema de seu país.

Em 1951 ele atuou em La Bieamada (1951), dirigido por Emílio "El Índio" Fernandez, outro lendário diretor do cinema mexicano.  No ano seguinte esteve no elenco de O Mártir do Calvário (El Mártir del Calvario, 1952) e contracenou com Arthuro de Córdova e Marga López em Minha Esposa e a Outra (Mi Esposa y La Otra, 1952).


Marga López, Angélica Maria, Arthuro de Cordóva, Alma de La Fuentes e Alfonso Mejía em Minha Esposa e a Outra 


Entre seus filmes destacam-se Juventud Desenfrenada (1956), La Edad de la Tentación (1959) e Quinceañera (1960), Manãna Serán Hombres (1961), Juventud sin Dios (1962), Rio Hondo (1965) e Pistoleiro Improvisado (Por Mis Pistolas, 1968), onde contracenou com o astro Cantinflas.



Em 1969 ele atuou na novela La Frontera de Cristal (1969) mas abandonou a carreira de ator no ano seguinte, após atuar no filme Rubí (1970). Alfonso Mejía preferiu dedicar-se a sua família, formada a partir do casamento com Carmelita, uma fã com quem ele trocou fotos e cartas por muitos anos antes de conhecer pessoalmente. Ela começou se corresponder para o ator logo após ele filmar Os Esquecidos.

Mejía mudou-se com a família para a cidade Chihuahua, onde passou a trabalhar como produtor de um canal de televisão local, e também foi professor no centro de treinamento de televisão.





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