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Lee Radziwiłł, princesa, atriz e irmã de Jaqueline Kennedy


Lee Radziwiłł era irmã mais nova de Jaqueline Kennedy Onassis. Ela foi uma socialite, relações públicas, decoradora e atriz, e em 1959, assim como Grace Kelly, se tornou uma princesa da vida real.


 Jaqueline Kennedy e Lee Radziwill

Caroline Lee Bouvier nasceu em 03 de março de 1933, em Nova York. Filha de uma família da alta sociedade, era irmã de Jaqueline Kennedy, que viria a ser primeira dama dos Estados Unidos, esposa de John F. Kennedy.

Em 1959 ela se casou casou com o príncipe polaco Stanisław Albrecht Radziwiłł (seu então segundo marido), e passou a adotar o sobrenome do marido. Eles se separaram em 1974, mas ela não perdeu o título de nobreza, continuando a ser princesa.

Membro do Jet Set Internacional, era grande amiga de Andy Warholl e do escritor Truman Capote. Foi Capote quem convenceu Lee a iniciar a carreira de atriz. Em 1967, por influência do escritor, a princesa Lee protagonizou na Broadway The Philadelhia Story (1967), fazendo o papel que havia sido de Katharine Hepburn em Núpcias de Um Escândalo (The Philadelhia Story, 1940).



Em 1968 o produtor David Susskind contratou Capote para transformar um livro em um roteiro, e Capote o convenceu a fazer uma nova versão de Laura (Idem, 1944), que já havia sido levado as telas com Gene Tierney. O escritor também sugeriu Lee Radziwill para o papel.

David havia visto sua atuação, e achou que ela não era boa atriz, mas aceitou dar-lhe o papel pensando que podia ser uma boa publicidade. Ao lado de Robert Stack e George Sanders, ela então protagonizou o remake, feito para a televisão, de um dos maiores filmes de suspense de todos os tempos. Robert Stack já havia interpretado o detetive Mark MacPerson em outra versão televisiva, em 1955 (com a atriz Dana Wynter como Laura).

Lee Radziwill em Laura

Robert Stack, George Sanders e Lee Radziwill em Laura

O telefilme ainda tinha no elenco Farley Granger e Arlene Francis. A produção da BBC recebeu duras críticas, em especial devido ao desempenho de Lee. O jornal Chicago Tribune escreveu que "era o pior drama", O The Washington Post disse que o filme "desapontou todo mundo" e o The New York Times classificou como "Trabalhoso e tedioso". As péssimas críticas encerram de vez a carreira artística de Lee Radziwill, que continuou uma celebridade nas altas rodas sociais.

Em 1988 ela se casou pela terceira vez, com o diretor Herbert Ross, de A Garota do Adeus (The Goodbye Girl, 2001). O casal se divorciou em 2001, poucos tempo antes da morte de Ross, em 09 de outubro de 2001.


Herbert Ross e Lee Radziwill

Seu filho Anthony Radziwill foi um produtor da rede de televisão ABC. Ele faleceu de câncer em 1999, poucos dias depois da morte do primo John Kennedy Jr., em um acidente aéreo. Anthony tinha 40 anos.

Em 2013 Lee foi entrevistada pela cineasta Sophia Coppola para uma matéria na The New York Magazine. Ela também conversou com Sophia sobre a perda da privacidade e a alta sociedade, que inspirou a diretora a fazer o filme Bling Ring: A Gangue de Hollywood (The Bling Ring, 2013). Na ocasião, ela citou o seu amigo Luís Buñel, dizendo "sem história, não temos nada."

Em 2017 ela apareceu no documentário Den Sommer (2017), sobre a vida de sua prima Edith Bouvier Beale e sua mãe Edith "little Edie" Bouvier Beale. Edith, a prima, havia sido uma famosa modelo  e chegou a ser contratada pela MGM em 1952 (embora nunca tenha feito um filme). Na sociedade de Nova York, Edith foi uma das mais comentadas debutantes, ao lado de Grace Kelly, Candice Bergen e Liza Minelli.

 Edith Beale na década de 40

Falidas, e com problemas mentais, mãe e filha se recolheram em uma antiga mansão degradada na luxuosa região de East Hampton, onde viviam em meio a muitos animais e lixo, devido a compulsão por acumulação de ambas. Edith ainda sofria de alopecia, doença que lhe causou uma calvíce total. A familía desfuncional foi mostrada anteriormente no documentário Grey Gardens (1975), que era o nome da propriedade onde viviam. A vida delas foi contada em um filme em 2008, com Jessica Lange e Drew Barrymore.


Edith Beale com a mãe, em Grey Gardens

Nos últimos anos, ela era embaixatriz da griffe Giorgio Armani nos Estados Unidos. Lee Radzwill faleceu em 15 de fevereiro de 2019, aos 85 de idade.

Lee Radziwill
 


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