Neusinha Brizola era filha do político Leonel Brizola, e ficou famosa na década de 1980 após se lançar como cantora. Porém, a imprensa dedicava mais tempo a sua vida pessoal (repleta de escândalos que faziam a festa das colunas de fofocas) do que a sua carreira artística.
Neusa Maria Goulart Brizola nasceu em Porto Alegre, em 20 de novembro de 1954. Ela era filha do político Leonel Brizola, e sobrinha do ex-presidente João Goulart.
Seu nome era uma homenagem a sua mãe, que também chamava-se Neusa, e por isso, desde criança, foi chamada de Neusinha pela família. Neusinha cresceu no meio político, e até os dez anos de idade tinha uma vida como de uma princesa, já que durante sua infância seu pai foi prefeito de Porto Alegre e posteriormente governador do estado do Rio Grande do Sul. Além disto, seu tio era o presidente da república na época.
Porém, com o golpe militar de 1964, seu pai perdeu o mandato de deputado federal e seu tio foi deposto, e Neusinha se viu obrigada a ir para o exílio no Uruguai, aos 10 anos de idade. De aluna exemplar, com uma vida repleta de conforto, ela se viu em um país estrangeiro, com uma nova língua, e sem recursos financeiros.
As constantes mudanças do pai, fizeram ela repetir no colégio, e aos poucos a menina começou a se tornar uma adolescente problemática.
Com a anistia, Brizola e sua família retornaram ao Brasil, em 1979, passando a morar na cidade do Rio de Janeiro.
Morando no Rio, Neusinha começou a frequentar a vida noturna da cidade. Ela gostava de cantar, e era também compositora, e começou a fazer pequenos shows nas casas noturnas cariocas.
Porém, em 1983 seu pai foi eleito governador do estado do Rio de Janeiro. Subitamente, a mídia se interessou por Neusinha Brizola, a artista, dando-lhe então um espaço nunca antes reservado. A gravadora Som Livre a contratou, e Neusinha gravou um disco, estourando nas paradas de sucesso com o hit Mintchura, com direito inclusive a vídeo clipe no Fantástico.
Neusinha também posou nua para a revista Playboy, em 1983, mas seu pai negociou com a revista para que as fotos nunca fossem publicadas. Brizola precisava fazer malabarismo para esconder as polêmicas da filha, que era dependente química, e frequentava festas regadas a grandes bebedeiras.
Sua vida amorosa também rendia manchetes. Ela namorou com o jornalista Tarso de Castro, com os jogadores de futebol Leandro e Gilmar, e com o ator Marcelo Ibrahim. Também namorou com José Carlos dos Reis Encina, conhecido como Escadinha, um traficante carioca. Além disto, Neusinha foi presa algumas vezes por porte de maconha.
Outro namorado da cantora foi Fábio Tenório Cavalcanti, neto de Tenório Cavalcanti, o lendário "homem da capa preta".
Em sua carreira, participou também do especial infantil Pluct Plact Zum II, em 1984, e emplacou uma música na trilha da novela Transas e Caretas (1984). Mas nunca mais uma música sua fez sucesso como Mintchura, fazendo de Neusinha Brizola uma one hit wonder (um artista de um único sucesso).
Neusinha também havia recebido um convite do diretor Antônio Calmon para atuar em uma continuação do sucesso Menino do Rio, porém o projeto do filme nunca foi realizado. Porém, ela atuou no filme As Sete Vampira, de 1986.
Porém, quando o mandato de seu pai chegou ao fim, em 1987, Neusinha percebeu que os meios de comunicação não tinham mais interesse em sua carreira artística, afinal, ela não era mais a filha do governador.
Neusinha já tinha dois filhos, frutos de dois casamentos fracassados, e resolveu mudar-se para a Holanda, para ficar longe dos holofotes brasileiros. Ela morou em Amsterdã até 1991.
Em 27 de abril de 2011 Neusinha Brizola faleceu devido a problemas pulmonares, aos 56 anos de idade. Sua vida foi contada em uma biografia, lançada em 2014.
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