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Relembrando Mauro Celso, o cantor de Farofa-fá e Bilu-Tetéia


No final da década de 1970 o cantor Mauro Celso fez um enorme sucesso com suas músicas irreverentes (e por vezes de duplo sentido), tornando-se um artista obrigatório nos bailes, festas infantis e até nos carnavais. Infelizmente, sua carreira foi interrompida abruptamente com a sua morte, com apenas 38 anos de idade.

Mauro Celso Semenzzatto nasceu em São José do Rio Pardo, em 10 de novembro de 1951. Ele trabalhava como vendedor do Carnê do Baú da Felicidade quando despontou para a fama, após se inscrever no Festival Abertura, na TV Globo, em 1975.

Celso cantou uma composição sua, Farofa-Fá, que não foi para as finais. Os jurados preferiram Carlinhos Vergueiro com a canção Como Um Ladrão e Walter Franco com Muito Tudo, mas o público foi ao delírio com o refrão despretensioso e contagiante de Farofa-Fá.

A música logo passou a ser cantada em todo o Brasil.



Mauro Celso logo foi contratado pela RCA, que lançou Farofa-Fá em seu primeiro disco, que ainda incluia as músicas Coceira, no lado B. Farofa-Fá ficou entre as 10 músicas mais tocadas no Brasil naquele ano, e caiu inclusive no gosto das crianças, fazendo um enorme sucesso nas festinhas de aniversário infantis.

O cantor deu muito lucro para a gravadora, que no mesmo ano ainda lançou um LP do cantor, Mauro Celso Para Crianças de Até 80 Anos, que continha outro grande sucesso do cantor, Bilu-Tetéia, que foi a música mais cantada do carnaval de 1975.







Os dois Hits do cantor mais tarde foram gravados por Sérgio Mallandro.

E 1977 a cantora Rita Lee lançou a música Arrombou a Festa (composta em parceria com Paulo Coelho), onde dava uma leve "zoada" em muitos artistas que faziam sucesso na época. Nomes como Caetano, Gil, Roberto Carlos, Martinho da Vila, Celly Campello e muitos outros eram citados, mas Mauro Celso ficou ofendido porque um trecho da música incluía um verso que dizia "bilu-bilu-fafá, faró-faró-tetéia".



O cantor comprou briga com a cantora, e fez um contra-ataque pesado contra a cantora. Ele a atacava na imprensa, e gravou a música Macacos Coloridos, onde criticava Rita Lee, de uma forma meio desproporcional.

A música tinha versos que diziam "você tá ficando uma velha coroca, está apelando porque na verdade ficou a perigo, você imita tudo que é feito nos Estados Unidos, você americana, metida a bacana".






Macacos Voadores, gravada em ritmo de discoteca, não fez tanto sucesso. Aliás, Mauro Celso nunca mais conseguiu repetir o sucesso das músicas Farofa-Fá e Bilu-Tetéia, mas continuou com um ritmo acelerado de apresentações e shows por todo o Brasil.

Em 15 de abril de 1989 ele retornava para a sua casa em Iguapé, litoral de São Paulo, voltando de um desses shows, quando perdeu o controle do seu carro, que acabou capotando várias vezes. Mauro Celso estava na estrada velha de Iguapé, e já estava próximo de seu destino, mas acabou falecendo no acidente, com apenas 38 anos de idade.

Ele deixou esposa e um filho, e um repertório que animou e divertiu os brasileiros.




Veja também: A História de Antônio Marcos





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