As artes brasileiras contaram com a presença de inúmeros artistas português. Amália Rodrigues veio diversas vezes ao Brasil, onde fez cinema e até novelas. Nomes como Beatriz Costa, Esther de Abreu, Gilda Valença e Dina Tereza também brilharam por aqui.
Virginia de Noronha foi outra portuguesa que cá veio se apresentar, e por aqui ficou. Inicialmente fadista, ela fez seu nome nos palcos brasileiros como artista de teatro de revista.
Virginia Sicliani de Noronha nasceu em Coimbra, Portugal, em 01 de agosto de 1919.
Desde criança ela já demonstrava inclinações artísticas, cantando em reuniões de família e em festas locais de sua cidade. O talento da menina prodígio foi visto pelo ator João Villaret, que a levou ao teatro, aos 7 anos de idade.
Virginia logo conquistaria o coração dos portugueses, passando a se apresentar no teatros do país, além de ter sido contratada pela Emissora Nacional, a principal rádio portuguesa.
Em 1943 ela ingressou no cinema, atuando no filme português em O Costa do Castelo (1943). No ano seguinte, Virginia veio pela primeira vez ao Brasil, contratada como cantora por uma boate carioca.
Porém, de regresso a Portugal, ela se casou com um engenheiro, que enciumado, a proibiu de cantar. Virginia de Noronha então deixou os palcos, mas sentido saudades de sua carreira, deixou o marido e retomou sua carreira artística.
Em 1948 Virginia retornou ao Brasil, como integrante da Companhia Portuguesa de Revistas, e durante esta viagem se encantou com o país. Seduzida pelos aplausos, pela praia de Copacabana e pelo carnaval carioca, ela resolveu ficar por aqui.
No Brasil ela cantou na Rádio Nacional, atuou no teatro de revista, e cantou fados em diversas boates. Ela também passou a apresentar o programa Ritmos da Televisão, um programa dedicado à música portuguesa, que era produzido por Jacy Campos para a TV Tupi do Rio de Janeiro.
A artista também teve sua própria boate, Le Carroussel,
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2 Comentários
Faz lembrar a triste história da caryll
ResponderExcluirEla não casou na Igreja, só no civil.
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