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Por Onde Anda? Guy Loup (Isabel Cristina), a estrela de O Direito de Nascer

Guy Loup e Amilton Fernandes em O Direito de Nascer

A atriz francesa Guy Loup (pronuncia-se Gui Lu) se tornou uma das estrelas mais queridas do Brasil após protagonizar a novela O Direito de Nascer (1964), um dos maiores sucessos de audiência na história da televisão do país. A repercussão da novela foi tanta, que ela passou a usar o nome artístico de Isabel Cristina, que era o nome de sua personagem na obra.




Guylène Magdalêne Anne Marie France Vercellino nasceu em Nice, na França, em 11 de fevereiro de 1948. Sua família migrou para o Brasil quando ela era criança, e como foi a primeira a aprender a falar português, fazia o papel de tradutora para os seus pais, que não falavam o idioma.

Com oito anos de idade, ela foi descoberta por Júlio Gouveia, que que estava montando O Sítio do Pica Pau Amarelo para o teatro, e Guy Loup subiu as palcos na pele de Narizinho, papel que interpretou durante quatro anos.

Foi também Gouveia que a levou para a televisão Tupi, onde começou a fazer pequenas participações em teleteatros. Seu primeiro destaque na televisão ocorreu em 1962, quando o veterano Raul Roulien (que havia feito sucesso em Hollywood na década de 1930) a escalou para o programa Manchetes Phillips.

A jovem, então com 14 anos de idade, passou a chamar a atenção do público, e começou a ganhar melhores papéis na Tupi, tanto que ainda em 1962 concorreu ao título de Rainha dos Radialistas.


Guy Loup em 1962

Em 1963 sua fama aumentou ainda mais quando Mazzaropi a convidou para atuar em Casinha Pequenina (1963), onde a jovem fez par romântico com o galã Tarcísio Meira. O filme marcou a estreia da atriz no cinema.


Guy Loup e Tarcísio Meira em Casinha Pequenina

No mesmo ano, ela atuou em sua primeira novela, Moulin Rouge - A Vida de Toulose-Lautrec (1963). Em seguida, fez Quando o Amor é Mais Forte (1964) e na sequência fez sua primeira protagonista, a Isabel Cristina de O Direito de Nascer (1964).

A novela até hoje detém o recorde de audiência no Brasil, que praticamente parou para ver as desnventuras do sofrido Dr. Albertinho Limonta, o amor de Isabel Cristina, vivida por Guy Loup.

A repercussão era tanta, que o final da novela foi exibido em um estádio de futebol, lotado, com o seu elenco no campo, sendo aplaudido pelos fãs.


Guy Loup, Amilton Fernandes e Nathalia Timberg em O Direito de Nascer


Guy Loup, Isaura Bruno e Amilton Fernandes em o Direito de Nascer


O sucesso da novela fez com que o público achasse que ela realmente havia se casado com Amilton Fernandes. O mesmo público passou a chamar a atriz de Isabel Cristina, nome de sua personagem, e o diretor Cassiano Gabus a aconselhou a adotar o nome artisticamente.

Creditada como Isabel Cristina, ela atuou em A Outra (1965), Ana Maria, Meu Amor (1966), Somos Todos Irmãos (1966), Éramos Seis (1967), Os Rebeldes (1967), Antônio Maria (1968) e Nino, o Italianinho (1969).


Ademir Rocha, Ana Rosa, Tony Ramos, Annamaria Dias, Guy Loup e Jean Carlo em Os Rebeldes

No cinema, Guy Loup voltou a contracenar com Amilton Fernandes em Quatro Brasileiros em Paris (1965). E na década de 1960 ainda atuaria em A Desforra (1967), onde recebeu criticas elogiosas por seu papel de uma jovem violentada.


Sérgio Galvão, Elias Gleizer e Guy Loup em Quatro Brasileiros em Paris


Guy Loup e Reginaldo Farias em A Desforra

Nesta época também fez os filmes O Pequeno Mundo de Marcos (1968), Papai Trapalão (1968), Quelé do Pajeú (1969), O Cangaceiro Sanguinário (1969) e O Cangaceiro Sem Deus (1969).

Na Tupi, ainda atuaria em A Fábrica (1971) e Como Salvar Meu Casamento (1979), a última e inacabada novela da emissora. 

Na década de 1970 Guy foi se afastando da carreira de atriz, dedicando-se cada vez mais a pintura e ao exoterismo. Ela passou a trabalhar com astrologia e leitura de tarô, e também ao candomblé, adotando o nome de Mãe Guy.

Durante este período, teve um programa na Rádio Capital, onde fazia leitura de tarô para os ouvintes.


Guy Loup em 1972

Ainda atuando, fez os filmes Os Maridos Traem... e as Mulheres Subtraem (1970), Quando Elas Querem... e Eles Não (1975), Por Um Corpo de Mulher (1979) e O Escandâlo na Sociedade (1983).

A atriz também participou das primeiras novelas produzidas pela TVS (hoje SBT), fazendo parte do elenco de Destino (1982), A Leoa (1982), Sombras do Passado (1983), Anjo Maldito (1983) e Jerônimo (1984). Depois, afastou-se definitivamente da atuação.

Em 1969 Guy havia se casado com o ator Luís Américo, com quem teve um filho. Mas o casamento era conturbado, e terminou em divórcio no começo da década de 1980. O filho do casal se afastou da mãe, preferindo morar com o pai.

Guy Loup entrou em depressão, e acabou adotando um casal de crianças.



Guy Loup, na época Mãe Guy, e seus filhos, em 1989


Afastada da mídia, Guy Loup voltou a morar na França, onde reside atualmente. Aposentada, ela dedica seu tempo a pintura.


Guy Loup na França, em 2013


Guy Loup e Ana Rosa, em 2022





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