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Por Onde Anda? A Atriz Isabelle Adjani


Uma das mais belas atrizes francesas da história do cinema, a atriz e cantora Isabelle Adjani tem uma carreira bem sucedida e premiada. Ela é a única artista do cinema francês a ganhar cinco prêmios César, e recebeu duas indicações ao Oscar.



Isabelle Yasmine Adjani nasceu em Paris, em 27 de junho de 1955. Filha de pai argelino e mãe alemã, ela sempre foi incentivada pelos pais a consumir cultura. Aos 12 anos ganhou um concurso de declamação escolar, e passou a fazer aulas de teatro e a atuar em produções amadoras.

Aos 14 anos Adjani atuou em seu primeiro filme, Le Petit Bougnat (1970).


Isabelle Adjani em Le Petit Bougnat

Isabelle foi aceita pela Comédie-Française, sendo a pessoa mais nova a ingressar na famosa companhia teatral. Nesta época, ela dividia apartamento com as também iniciantes Isabelle Huppert e Christine Pascal.

Ela teve um papel coadjuvante em Uma Lágrima... Um Amor... (Faustine et le bel été, 1972), e fez alguns trabalhos na televisão. Depois, fez sucesso com o filme Le Gifle (1974) e estrelou Ariane (1974), que projetou seu nome como atriz.

François Truffaut então a convidou para protagonizar A História de Adèle H (L'Historie d'Adèle H., 1974), onde interpretava a filha do escritor Victor Hugo.


Isabelle Adjani em A História de Adèle H 

O filme fez um enorme sucesso internacional, e valeu a Isabelle uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Na época, ela tinha 19 anos de idade, e foi a mais jovem artista a ser indicada ao prêmio (recorde superado quase três décadas depois).

Isabelle começou a receber convites para atuar em Hollywood, mas preferiu continuar atuando nas produções europeias. Ela então estrelou O Inquilino (Le Locataire, 1976), de Roman Polanski, atuando em seguida em Barroco (1976) e  Ensina-me a Roubar (Violette & François, 1977).


Isabelle Adjani e Roman Polanski em O Inquilino

Em 1978 ela se rendeu a Hollywood e atuou no filme de ação Caçador de Morte (The Driver, 1978), de Walter Hill. Na produção ela contracenava com Bruce Dern e Ryan O'Neal.

Ainda em 1978 Isabelle perdeu um papel importante, quando foi considerada muito velha para estrelar Menina Bonita (Pretty Baby, 1978), que acabou fazendo a fama de Brooke Shields. Isabelle havia sido a primeira escolha do diretor Lois Malle, mas a demora na produção fez com que ela não se adequasse mais a personagem.


Ryan O'Neal e Isabelle Adjani em Caçador de Morte

De volta à Europa, atuou no remake alemão de Nosferato: O Vampiro da Noite (Phantom der Nacht, 1979), de Werner Herzog e foi uma das irmãs Brontë no francês As Irmãs Bronte (Les Soeurs Brontë, 1979). Também atuou no inglês Quarteto de Paixão (Quartet, 1981), de James Ivory.


Klaus Kinski e Isabelle Adjani em Nosferato: O Vampiro da Noite

Ainda em 1981 a atriz estrelou Possessão (Possession, 1981), onde interpretou uma mulher frustrada que enlouquecia aos poucos. Muitos críticos consideram este o melhor desempenho da atriz, que recebeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes. Na mesma edição, ela também foi premiada com o prêmio por Quarteto da Paixão.

Possessão também lhe rendeu o seu primeiro César.

Isabelle Adjani em Possessão

O filme também marcou os próximos papéis da atriz, que ficou reconhecida pela intensidade dramática e por sua facilidade em retratar mulheres neuróticas, frágeis, misteriosas, e mentalmente instáveis.

Seus filmes seguintes não foram tão bem  sucedidos fora do circuito francês, mas a atriz atuou em Que Figura, Meu Pai (Tout Feu tou Flamme, 1982), O Último Filme de Horror (The Last Horror Film, 1982), Antonieta (1982), Ronda Mortal (Mortelle Randonnée, 1983) e Verão Assassino (L'été meurtrier, 1983), que lhe rendeu seu segundo César.

Nesta época ela também se lançou como cantora, e teve um videoclipe dirigido por Luc Besson. Seu disco, com canções compostas por Serge Gainsburg, vendeu mais de um milhão de cópias.




Em 1985 Isabelle estrelou Subway (Idem, 1985), ao lado de Christopher Lambert. O filme foi dirigido por Luc Besson. No ano seguinte, voltou a Hollywood para atuar na mega produção Ishtar (Idem, 1986), um dos filmes mais caros já feitos até então.

Ao lado de estrelas como Warren Beatty e Dustin Hoffman, o filme foi um grande fracasso de bilheterias.


Dustin Hoffman, Warren Beatty e Isabelle Adjani em Ishtar

Mas seu filme seguinte, Camille Claudel (1988), foi aclamado pela critica. Isabelle também foi a produtora, e interpretava a artista plástica Camile Claudel, ao lado de Gerard Depardieu, que interpretava Auguste Rodin.


Isabelle Adjani em Camille Claudel

Sua elogiada atuação foi premiada com um Urso de Prata no Festival de Berlin, um terceiro César e lhe rendeu uma segunda indicação ao Oscar, fazendo de Isabelle a primeira artista francesa duas vezes indicadas nesta premiação. O filme também foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

No mesmo ano, foi eleita pela revista People como uma das "50 mulheres mais bonitas do mundo".


Adjani então protagonizou outro grande sucesso de sua carreira, o filme de época A Rainha Margot (La Reine Margot, 1994), que lhe rendeu seu quarto César.


Isabelle Adjani em  A Rainha Margot



No ano seguinte ela fez outra produção norte-americana, Diabolique (Idem, 1995), no qual contracenava com a estrela Sharon Stone. O filme era um remake de um clássico da década de 1950, que tinha Simone Signoret e a brasileira Vera Clouzot no elenco.



Sharon Stone e Isabelle Adjani em Diabolique



Nos anos seguintes, seus filmes passaram a não ter tanta repercussão além do circuito europeu, embora a atriz tenha atuado com bastante frequência. Isabelle esteve no elenco de Paparazzi (1998), Viagem do Coração (Bon Voyage, 2003), Uma Amizade Sem Fronteiras (Monsieur Ibrahim et les Fleurs du Coran, 2003), Mamute (Mammuth, 2010), e ganhou um quinto César por La Journée de La Jupe (2010).






Adjani também atuou em O Que As Mulheres Querem (Sous les Jupes des Filles, 2014), O Mundo é Seu (Le Monde Est à Toi, 2018), Soeurs (2020), Peter Von Kant (2022) e Masquerade (2022).



Isabelle Adjani em Peter Von Kant


Isabelle Adjani tem dois filhos, Barnabé, do seu casamento com o diretor Bruno Nuytten, e Gabriel-Kane, de sua relação com o ator Daniel Day-Lewis. Ela também foi noiva do compositor Jean Michael Jarre, mas não chegou a se casar.



Isabelle Adjani no Festival de Cannes de 2022


Isabelle Adjani atualmente








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