Protagonista de Week-End à Francesa, de Jean-Luc Godard, Mirreile foi musa de musa do diretor Georges Lautner e companheira de Alain Delon por muitos anos.
Mireille Aigroz nasceu em Toulon, na França, em 15 de maio de 1938.
Filha de um caso extraconjugal que sua mãe tivera, seu pai de criação
passou a vida a chamando de "bastarda". Durante a Segunda Guerra
Mundial, seus pais a mandaram para Suíça para morar com uns tios, para
protegerem a menina dos bombardeios. Ao 15 anos, ela deixou a escola
para dedicar-se à dança, ingressando no conservatório de Toulon. Após se
formar com honras, adotou o sobrenome "Darc" em referência a Joanna Darc.
Em 1959, ela mudou-se para Paris, e para bancar suas aulas de teatro
trabalhou como cuidadora de cãs, babá, modelo e posando para pintores
Estreou no cinema em Braços Vazios (Les Distractions, 1960),
com Jean-Paul Belmondo. Após atuar em muitos papéis inexpressivos, sua
primeira grande chance veio na comédia Pouic-Pouic (1963), na qual interpretou a filha de Louis de Funès.
Mireille Darc em Pouic-Pouic
O diretor Georges Lautner deu seu primeiro papel principal em Os Super Secretas
(Les Barbouzes, 1964), tornando-a uma estrela. Ele a dirigiria em mais
12 dos 50 filmes de sua carreira. Com Lautner seu maior sucesso foi Galia: Eu e Meus Amantes (Galia, 1966).
Em 1968, durante as filmagens de Jeff, O Homem Marcado (Jeff, 1969) conheceu Alain Delon, com quem passou a viver um longo romance. Eles passaram a morar juntos e fizeram diversos filmes, como Borsalino (1970), O Homem Insaciável (L'homme pressé, 1970), Um Homem e Duas Mulheres (Madly, 1970), Borsalino and Co. (1970), A Morte de Um Corrupto (Mort d'un pourri , 1977) e Na Pele de um Tira (Pour la Peau d'un Flic, 1981), este último dirigido pelo próprio Delon.
Devemos ainda destacar entre seus trabalhos o filme Week-End à Francesa (Week End, 1967) de Godard e Cassino Royale (1967), a única produção norte-americana em que atuou. Cantora, também gravou alguns discos.
Mireille Darc e Jean Yanne em Week-End à Francesa
Em 1980, deixou a carreira após passar uma cirurgia no coração,
conduzida por Christian Cabrol, o médico que realizou o primeiro
transplante de coração da história. Em 1983, ficou gravemente ferida em
um acidente de carro, onde fraturou a espinha, ficando internada por
três meses em um hospital em Genebra. Enquanto estava em tratamento no
hospital, Alain Delon a deixou para ficar com a atriz Anne Parrillaud,
com quem ele já tinha um relacionamento paralelo. Delon a teria deixado
ao descobrir que por causa de seu problema cardíaco a atriz não poderia
ter filhos.
A saúde debilitada obrigou Mireille a abandonar a carreira. Anos mais
tarde, em 1992, ela voltou a atuar, trabalhando para a televisão, onde
fez trabalhos até o ano de 2011. Em 2015, ela dirigiu o documentário Elle en tens de mille sans homé (2015), feito para a TV.
Mirelle e Delon voltaram a trabalhar juntos quando se reencontraram no teatro na peça Sur la route de Madison (2007).
Mireille Darc e Alain Delon em Sur la route de Madison
Em 2014, precisou fazer outra cirurgia no coração, e em 2016 sofreu um AVC, que debilitaram ainda mais sua frágil saúde. Mirreille Darc faleceu em 28 de agosto de 2017, aos 78 anos.
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2 Comentários
Pouco conhecida no Brasil, esteve em São Paulo em 1981', deixando Alain Delon brilhar sozinho.
ResponderExcluirBravo bravíssimo pela matéria.
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