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Alain Delon morre aos 88 anos de idade






O ator Alain Delon morreu no dia 18 de outubro, aos 88 anos de idade. De acordo com seu filho, o ator morreu pacificamente em sua residênci, sem dar maiores detalhes sobre a sua morte.




Alain Fabien Maurice Marcel Delon nasceu em Sceaux, Hauts-de-Seine, França, em 08 de novembro de 1935. Delon teve uma infância conturbada, aos 04 anos de idade seus pais se separaram, e sua mãe, sem condições de criar o menino, deu ele para a adoção. Mas pouco tempo depois o casal que o criava foi assassinado, e ele voltou a morar com sua mãe.

Delon não se acostumou com seu padrasto, e nem com os meios irmãos que nasceram durante o período em que viveu com outra família. Tornou-se uma criança rebelde, e foi expulso de diversas escolas. O jovem sonhava em ser açogueiro, como seu pai, mas as 14 anos anos atuou em um curta-metragem amador feito por um amigo de sua família.

Aos 15 anos deixou o colégio, e aos 17 anos alistou-se na marinha, para sair de casa. Logo foi convocado para servir na Guerra da Indochina, onde permaneceu por 04 anos, e onde ficou em uma prisão de durante 11 meses.


Alain Delon, ao centro, na Indochina

Em 1956, de volta à França, foi morar em Paris, e sem dinheiro, exerceu diversas profissões. Foi porteiro, garçon e vendedor. Nesta época Alain Delon tornou-se vizinho da futura cantora Dalida, que viria a ser sua grande amiga, e com quem teve um relacionamento romântico.

Em 1957 ele acompanhou seu amigo Jean-Claude Brialy, ainda em começo de carreira, no Festival de Cannes. O belo rapaz chamava a atenção por onde passava. O produtor norte-americano David O. Selznick lhe ofereceu um contrato para atuar em Hollywood, com a condição de que ele aprendesse inglês antes. Imediatamente ele retornou à Paris para tomar lições do idioma, mas acabou conhecendo o diretor Yves Allégret, que o convenceu a iniciar sua carreira na França, estreando em um pequeno papel em Uma Tal Condessa (Qund la femme s'en mele, 1957).

Alain Delon e Sophie Daumier em Uma tal Condessa

Em seguida fez mais um filme com Allégret, A Bela e os Gangsters (Sois belle et tais-toi, 1958), ainda em um pequeno papel. Seu primeiro papel principal foi em Cristina (Christine, 1958), onde contracenou com Romy Schnneider. O casal de protagonistas passaram a viver um romance também fora das telas, e foram morar juntos. O relacionamento durou cinco anos.


Seu primeiro grande papel foi como o aproveitador Tom Ripley em O Sol Por Testemunha (Plein soleil, 1960), de René Clement. Em 1960 ele atou em Rocco e Seus Irmãos (Rocco e i suoi fratelli, 1960), de Luchino Visconti. Com o direitor ainda faria outro clássico do cinema, O Leopardo (Il gattopardo, 1963), que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Por este trabalho, Alain Delon recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de ator Revelação.

Alain Delon e Claudia Cardinale em O Leopardo

Após uma carreira bem sucedida na França, o ator finalmente chegou a Hollywood. Contratado pela MGM, foi escalado para dois filmes de Sam Peckinpah, mas ambos os projetos foram cancelados. Emprestado para um estúdio menor, atuou em Homícidio em São Francisco (Once a Thief, 1965), ao lado de Ann-Margret.

Ann-Margret e Alain Delon em Homícidio em São Francisco

 Delon rompeu o contrato com a MGM, sem nunca atuar no estúdio. Ainda fez duas produções norte americanas, Os Centuriões (Lost Command, 1966), que foi rodado na Espanha, e Dois Contra o Texas (Texas Across the River, 1966), ao lado de Dean Martin.

Depois o ator retornou à França, onde deu continuidade a sua carreira, destacando-se em Borsalino & Co. (Borsalino and Co., 1974). Em 1975, a pedido de seu filho Anthony Delon, aceitou interpretar o mascarado Zorro, em Zorro (Idem, 1975). Na Europa, atuou sob a direção de cineastas importantes como Michelanglo Antonioni, Jean-Pierre Melville, Valerio Zurlini e Joseph Losey.



Em 1973 recusou o papel no controverso O Último Tango em Paris (The Last Tango in Paris, 1973), que acabou ficando com Marlon Brando. Mas retornou a Hollywood para filmar Scorpio (Idem, 1973). Ele ainda atuaria em outra produção Hollywoodiana, Aeroporto 80 (Concorde … Airport ’79, 1979), um filme catástrofe com um elenco que incluía George Kennedy, Sylvia Kristel, Bibi Andersson, Robert Wagner, Martha Raye e Mercedes McCambridge.


Na década de 70 também trabalho como cantor, inclusive gravando o dueto de Paroles, Paroles, com sua velha amiga Dalida, que fez um grande sucesso.

A vida amorosa do ator foi bastante conturbada. Após o relacionamento com Romy Schnneider, ele se casou com a atriz Nathalie Delon em 1964. Eles se separaram em 1969. Nathalie é mãe de seu filho Anthony Delon, também ator.

Em 1968, porém, Delon iniciou um romance com a atriz e cantora Mireille Darc, com quem atuou em Jeff, O Homem Marcado (Jeff, 1969). Eles passaram a morar juntos e fizeram diversos filmes, como Borsalino (1970), O Homem Insaciável (L'homme pressé, 1970), Um Homem e Duas Mulheres (Madly, 1970), Borsalino and Co. (1970), A Morte de Um Corrupto (Mort d'un pourri , 1977) e Na Pele de um Tira (Pour la Peau d'un Flic, 1981), este último dirigido pelo próprio Delon.

 Alain Delon e Mireille Darc

Mirreile tinha problemas de saúde, e não podia ter filhos. Este foi o motivo alegado pelo ator para deixá-la. Em seguida ele foi viver com a atriz Anne Parrilaud. Em 1987 ele conheceu a modelo holandesa Rosalie Van Bremmen, com quem se casou. A modelo era 32 anos mais nova que ele, e é mãe de seus filhos Alain-Fabien e Anouchka Delon.

Delon também teve um filho com a cantora Nico, chamado Christian Päffgen (nascido em 1962), mas nunca reconhecido pelo ator.

Em 1997 ele anunciou sua aposentadoria, mas nunca deixou de atuar realmente, mas ficou um periodo atuando principalmente na televisão francesa. Em 2001 ele se separou de Rosalie, entrando em profunda depressão. O ator chegou a tentar cometer suicídio nesta época.

Ele retornou as telas de cinema como o imperador Julius Cesar em Astérix nos Jogos Olímpicos (Astérix aux jeux olympiques, 2008).

 Alain Delon em Astérix nos Jogos Olímpicos
 
Mas foi diminuindo suas participações como ator. Em 2012 interpretou a si mesmo no filme russo S Novym godom, mamy! (2012). No mesmo ano sofreu um AVC, que limitou sua fala e movimentos, fazendo com que ele finalmente se afastasse das telas. Embora em 2019, tenha feito uma participação especial, como ele mesmo, no filme Toute Ressemblance (2019).






Seu último trabalho no cinema foi em 2019.

Em abril de 2022 o ator anunciou que havia optado pelo suicídio assistido (assim como fez sua ex-esposa Nathalie Delon), e chegou a publicar um post de despedida, porém, não chegou a fazer o procedimento.

 
 




Veja também: Tributo a Rita Moreno




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5 Comentários

  1. Um homem lindo e uma mulher belíssima,Romy Schnneider. Torci muito por esse casal.

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    Respostas
    1. Seguramente foram os mais bonitos de sua época!

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  2. Delon e Romy, casal mais bonito que o cinema nos presenteou. Mesmo idoso envelheceu bem.São poucos os atores que envelhecem bem, Alan e Sean Conery foram um dos poucos.

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  3. Realmente Delon foi um colírio para a mulherada da década de 60. Além disso, provou que tinha talento e fez um belo par com Romy Schenneider. Hoje está aí com 86 anos bem vividos. Parabéns à esse grande astro do cinema!

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  4. Michael Carvalho Silva9 de janeiro de 2022 às 03:48

    Alain Delon foi um verdadeiro galã e um gentleman em todos os sentidos tendo sido infinitamente melhor do que essas merdas brasileiras escrotas e sem classe desses Humbertos Martins e Alexandres Frota retardados e promíscuos da vida por quem a piranhada brasileira em geral não cansam de suspirar e se masturbar também como se trastes inúteis e imorais como esses e como o restante dos homens brasileiros pudessem realmente ser considerados homens de verdade ao invés de viados pervertidos e enrustidos que preferem comer travestis e prostitutas brasileiros e mestiços vulgares e bombados ao invés de mulheres brancas e elegantes bonitas e femininas de verdade como as atrizes e modelos americanas e européias por exemplo.

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