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Morreu o Ryan O'Neal, de Love Story



O ator Ryan o'Neal morreu no dia 08 de dezembro, sós 82 anos de udade, após perder a batalha para a leucemia.

Ryan O'Neal ficou eternizado com o personagem Oliver, no clássico Love Story - Uma História de Amor (Love Story, 1970), um dos maiores sucessos de bilheteria da década de 70.


Charles Samuel Eldridge Patrick Ryan O'Neal III nasceu em Los Angeles, Califórnia, em 20 de abril de 1941. Filho da atriz Patricia O'Neal e do roteirista Charles O'Neal, Ryan também é irmão do ator Kevin O'Neal.

Ryan iniciou sua carreira como lutador de boxe, disputando alguns campeonatos profissionais. Na adolescência, ele mudou-se com a família para à Alemanha, onde seu pai conseguiu um emprego numa rádio. Ryan cursou o ensino médio por lá.

Seu primeiro trabalho como ator foi uma participação na série alemã Os Vikings (Tales of the Vikings), em 1959.

De volta aos Estados Unidos, em 1960 fez seu primeiro trabalho em Hollywood atuando na série adolescente The Many Loves of Dobie Gillis, estrelada por Tuesday Weld. No episódio em que Ryan atuou, também participou a atriz Marlo Thomas, em seu primeiro papel como atriz.

A série também marcou a estreia do ator Warren Beatty.

Bob Denver, Ryan O'Neal e Tuesday Weld em The Many Loves of Dobie Gillis 

O jovem ator continuou participando de diversas séries de televisão, como Os Intocáveis (The Untouchables), Caravana (Wagon Train),  O Homem de Virgínia (The Virginian) e Perry Mason.

Mas o belo ator só começou mesmo a ser notado quando passou a interpretar Rodney Harrigton na série A Caldeira do Diabo (Peyton Place, 1964-1969).

Dorothy Malone, Christopher Connelly, Ryan O'Neal, Barbara Parkins e Mia Farrow
em A Caldeira do Diabo

Após uma bem sucedida carreira na televisão, ele estreou no cinema no filme Cartada para o Inferno (The Big Bounce, 1969), no qual atuou com sua esposa, a atriz Leigh Taylor-Young. Eles haviam se casado em 1967, e ficaram juntos até 1974. Leigh é mãe de um de seus filhos, o também ator Patrick O'Neal (que recebeu o nome do tio).

Leigh Taylor-Young e Ryan O'Neal em Cartada para o Inferno


Antes de se casar com Leigh, ele havia sido casado com a atriz Joanna Moore (1963-1967), com quem teve dois filhos, os também atores Griffin e Tatum O'Neal. O casal havia se separado devido o vício da atriz em drogas, e Ryan ficou com a guarda das crianças.

Joanna Moore, Ryan O'Neal e seus filhos

Em 1970 Ryan atou no filme Os Jogos (The Games, 1970) e no mesmo ano estrelou o seu filme mais famoso, o melodrama Love Story - Uma História de Amor (Love Story, 1970), ao lado da atriz Ali MacGraw.

Dirigido por Arthur Hiller, o filme é considerado um dos mais tristes da história do cinema, fez um enorme sucesso de bilheteria, e transformou o casal de protagonistas em astros, embora ambos não tenham conseguido aproveitar a fama em projetos futuros. Por seu desempenho como Oliver, Ryan foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro de Melhor ator, mas não venceu nenhum.

 Ryan O'Neal e Ali MacGraw em Love Story


Após o sucesso do filme, foi escalado pelo diretor Blake Edwards para protagonizar Os Dois Indomáveis (Wild Rovers, 1971). Em seguida atuou na comédia Essa Pequena é uma Parada (What's Up, Doc?, 1972), de Peter Bogdanovich. No filme, ele fazia par romântico com Barbra Streissand.


Barbra Streissand e Ryan O'Neal em Essa Pequena é uma Parada

Após atuar com Jaqueline Bisset em O Ladrão que Veio Jantar (The Thief Who Came to Dinner, 1973), Ryan estrelou Lua de Papel (Paper Moon, 1973), novamente sob direção de Bogdanovich.
Ryan interpretava um trambiqueiro que viajava pelos Estados Unidos aplicando pequenos golpes com sua filha, durante o período da Grande Depressão. Sua filha no filme era interpretada por sua filha na vida real, Tatum O'Neal, que por seu desempenho ganhou um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, com apenas 10 anos de idade. Até hoje, Tatum é a mais jovem artista a receber um Oscar na história da premiação. (leia mais sobre isto aqui). 

Ryan e Tatun O'Neal em Lua de Papel

Para atuar ao lado da filha, o ator recusou o papel de Michael Corleone em O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972).

Seu filme seguinte foi como o protagonista no clássico Barry Lyndon (Idem, 1975), do consagrado cineasta Stanley Kubrick

Ryan O'Neal e Marisa Bereson em Barry Lyndon

Ele voltou a trabalhar com Peter Bogdanovich em No Mundo do Cinema (Nickelodeon, 1976), e seguiu atuando em filmes importantes como Uma Ponte Longe Demais (A Bridge Too Far, 1977) e Caçador de Morte (The Driver, 1978).

Em 1978 ele retornou ao seu papel mais famoso, Oliver Barrett IV em A História de Oliver (Oliver's Story, 1978), a continuação de Love Story, tendo agora Candice Bergen como par romântico. Mas ao contrário do filme original, a sequência foi um fracasso de bilheteria.

Ryan O'Neal e Candice Bergen em A História de Oliver
No ano seguinte, ele voltou aos ringues de boxe no filme Meu Lutador Favorito (The Main Event, 1979), novamente contracenando com Barbra Streissand. Mas o filme também não agradou.
Ryan havia sido a primeira opção para interpretar o protagonista de Rocky: Um Lutador (Rocky, 1976), mas Sylvester Stallone, o roteirista do filme, bateu o pé para estrelar sua obra.
 Ryan O'Neal e Barbra Streissand em Meu Lutador Favorito


Em 1979 o ator protagonizou um grande escândalo. Ele era o melhor amigo de Lee Majors, da série O Homem de Seis Milhões de Dólares (The Six Million Dollar Man), que era casado com a pantera Farrah Fawcett

Mas Farrah deixou Majors para ir viver com Ryan O'Neal. E embora nunca tenham se casados, os dois moraram juntos até 1997, e tiveram um filho, Redmond. Em 1991 ele e Farrah estrelaram uma série de televisão chamada Good Sports, mas ela foi cancelada após 15 episódios.

Farrah Fawcett e Ryan O'Neal em Good Sports

O escândalo abalou sua carreira, que foi prejudicada ainda mais devido ao vício de drogas do ator. Aos 16 anos de idade, a jovem Tatum O'Neal cortou relações com o pai. Na época, a imprensa afirmou que a jovem atriz não havia aceitado o relacionamento do pai com Farrah, mas anos mais tarde, quando publicou sua biografia Tatum revelou a verdade.

Ryan era abusivo e violento, e ela havia sido abusada sexualmente diversas vezes na infância, geralmente por homens para quem Ryan devia o dinheiro das drogas.

Em 1980 o diretor Arthur Hiller iria produzir uma versão em filme do romance Os Pássaro Feridos (The Torn Birds), e queria O'Neal, astro de seu filme Love Story no papel do Padre Ralph de Bricassard. Mas o escândalo fez o projeto ser suspenso, e quando foi retomado em 1983, foi transformado em uma série de televisão, Richard Chamberlain assumiu o papel.

Ryan só retornou ao cinema no filme Inferno Verde (Green Ice, 1983), uma super produção feita na Inglaterra. Mas as filmagens foram um grande problema, e o diretor original se demitiu antes de terminar o filme. Inferno Verde, apesar do grande orçamento, foi outro grande fracasso de bilheteria em sua carreira.

 Omar Sharif e Ryan O'Neal em Inferno Verde

A carreira do ator estava em baixa, e foi ainda mais prejudicada quando no começo da década de 80 ele descobriu estar com leucêmia. Para piorar, seu nome foi envolvido em outro escândalo em 1986, quando seu filho Giffin matou acidentalmente o produtor Gian-Carlo Coppola, filho do cineasta Francis Ford Coppola, em um acidente náutico.

Griffin O'Neal estava trabalhando como ator em Jardins de Pedra (Gardens of Stone, 1987), dirigido por Coppola. Num intervalo de filmagem, ele pilotava sua lancha em um lago, quando atropelou o filho do diretor, que praticava esqui aquático. Gian-Carlo, que tinha apenas 23 anos, morreu na hora.

Griffin foi julgado e condenado por homícidio sem intenção de matar, ficando em liberdade condicional por 18 meses. Ele pediu demissão do filme em que trabalhava e foi substítuido.

Ryan O'Neal fez alguns filmes menores nos anos seguintes, até conseguir um bom papel de apoio em O Céu se Enganou (Chances Are, 1989), estrelado por Cybill Sheperd e Robert Downey Jr.

Nos seguintes, com excessão de Fiel, mas nem Tanto (Faithful, 1996), uma comédia estrelada por Cher, o ator teve apenas papéis em produções insignificantes. Ele voltou a trabalhar com Arthur Hiller em Hollywood - Muito Além das Câmeras (An Alan Smithee Film: Burn Hollywood Burn, 1997). Mas o filme ficou tão ruim que o diretor se recusou a assinar a obra, que foi creditada a Alan Smithee (Alan Smithee é um diretor fictício, um nome inventado por Hollywood para assinar obras cujos seus diretores originais tenham vergonha de colocar seus nomes no crédito).

Cher, Chazz Paminteri e Ryan O'Neal em Fiel, mas nem Tanto

Nos anos seguintes, sua carreira parecia já estar total decadência e o ator voltou a lutar contra a leucêmia. Ryan atuava cada vez menos nos cinema, em filmes inespressivos como Seqüestro em Malibu (Malibu's Most Wanted, 2003). Mas em 2006 ele foi convidado para interpretar Max Keenan no seriado Bones (Idem, 2006-2017), no papel do pai da médica forense Dra. Brennan (papel de Emily Deschanel).

Não era um personagem fixo, mas ele fez participações regulares em diversos episódios durante 11 anos, até a série ser cancelada, em 2017.

 Emily Deschanel e Ryan O'Neal em Bones


A vida pessoal do ator também foi bem conturbada na década de 2000. Em 2007 ele foi preso por atirar contra  filho Giffin O'Neal. Ryan havia chegado em casa e encontrou o filho mais novo, Redmond, amarrado na escada. Griffin havia amarrado o irmão, após este ter um surto depois de abusar das drogas.

Ryan se enfureceu e atirou contra Griffin, obrigando-o a dessamarar o irmão.Ele foi preso, cumprindo alguns dias de prisão. O ator já havia sido preso por 21 dias em 1960, por assaltar pessoas em Nova York, durante o reveillon.

No ano seguinte, ele foi preso novamente, junto com o filho Redmond, por posse de drogas, e foi sentenciado a 18 meses em uma clínica de reabilitação. E Redmond foi para a cadeia, devido a outras acusações pendentes, pegando três anos de prisão.

Ryan O'Neal não precisou cumprir os 18 meses, e foi posto em liberade devido a sua condição de saúde e bom comportamento. Ele foi diagnosticado curado da leucêmia em 2009, mesmo ano em que Farrah Fawcett faleceu de câncer, aos 62 anos de idade.

Redmond, o filho do casal, compareceu ao funeral da mãe algemado, escoltado por políciais. Mais tarde, Tatum O'Neal, que não via o pai desde 1979, revelou que Ryan não só não a reconheceu no funeral da madrasta, como também deu em cima dela durante o enterro.

Em 2011, Ryan O'Neal voltou a ser preso, desta vez por cometer um acidente de carro, após dirigir sob efeito das drogas. Em 2012, o ator finalmente conseguiu se livrar do vício, mas no mesmo ano descobriu ter câncer de próstata, doença que sofre até hoje. No mesmo ano, ele e Tatum O'Neal se reconciliaram, após mais de 30 anos sem se falarem.


Ryan e Tatum O'Neal

Redmond O'Neal, foi solto após cumprir um ano dos três que havia sido condenado, mas em maio de 2018 ele voltou a ser preso, após assaltar uma loja de conveniências armado com uma faca.

Em 2016, já curado do vício, Ryan O'Neal estrelou a peça Love Letters, ao lado de Ali MacGraw, sua colega de elenco de Love Story.
 

 Ali MacGraw e Ryan O'Neal, em 2016

  

 Ryan O'Neal, atualmente




Veja também: Marlon Brando - Evolução do Tempo





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7 Comentários

  1. Adorei essas noticias que nao sabia achei muito util p meu conhecimento

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  2. Não sabia que tinha essa página gostei

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  3. Muito interessante saber como estão atores de filmes antigos

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  4. Achei lamentável saber que um ator, que emocionou o mundo em Love Story, passando a imagem de um homem maravilho e apaixonado, seja essa figura triste, fracassada e ridícula.... vendeu a filha e ela ainda o perdoou. Hj a vi tendo uma sessão com a Medium Tereza, onde sua mãe e sua madrastra Farah Fawcett falaram com ela lhe dando conforto sobre tudo que passou na vida...

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  5. Existe m comenário dele ter gritado com Farrah, já agonizante, para esta revelar o segredo de m cofre...

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  6. Michael Carvalho Silva22 de outubro de 2024 às 08:44

    Era um safado e um bastardo vagabundo e canalha nojento e drogado de merda que se fudeu depois de morto e sobretudo um 171 e proxeneta qualquer da pior espécie feito o Senhor Mirtes Carvalho da Rua 47 no Jardim Atlântico e o cineasta neozelandês Peter Jackson juntos de uma só vez e dentro e fora da cama e que agora está chupando o pau do Diabo e sendo enrabado por ele próprio no inferno como irá acontecer logo em breve com os próprios Mirtes e Peter depois de mortos também.

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