Ator e diretor, Fábio Junqueira destacou-se no teatro, no final da década de 1970. Com cabelos precocemente grisalhos, ele destacou-se na televisão no papel de homens maduros e elegantes. Infelizmente, Fábio nos deixou com apenas 52 anos de idade.
Fábio César Nogueira Junqueira nasceu em São Paulo, em 30 de março de 1956. Ele começou a atuar ainda criança, mas despontou na cena teatral na década de 1970, quando fez parte do lendário grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone.
Em 1979 também fez um enorme sucesso na montagem de O Despertar da Primavera. o Grupo teatral de jovens atores passou a ser chamado de O Pessoal do Despertar.
O destaque nos palcos fez com que o ator recebesse alguns convites para atuar na televisão, aparecendo em alguns programas da Rede Globo, como Aplauso e Malu Mulher.
No começo da década de 1980, ele foi contratado pela emissora, ingressando no time de novas apostas do canal.
Fábio atuou em novelas como Marina (1980), Ciranda de Pedra (1981), Terras do Sem-Fim (1981) e O Homem Proibido (1982). Depois, foi para a TV Manchete, onde atuou em Marquesa de Santos (1984).
Ao mesmo tempo, continuou atuando com grande atividade no teatro, além de fazer diversos comerciais publicitários. Também estreou no cinema, atuando em O Bom Burguês (1983), Bar Esperança (1983) e Nunca Fomos Tão felizes (1984).
De volta a Globo, atuou no grande sucesso Vale Tudo (1988), e teve um papel de destaque na novela Pacto de Sangue (1989).
Fábio voltaria a atuar na Manchete, na série Fronteiras do Desconhecido (1990), mas na década de 1990 faria diversos trabalhos na Rede Globo, atuando em Meu Bem, Meu Mal (1990), Riacho Doce (1990), Salomé (1991), Deus Nos Acuda (1992), As Noivas de Copacabana (1992), Sex Appeal (1993), Olho no Olho (1993), História de Amor (1995), Malhação (1995), Quatro Por Quatro (1995), Quem É Você (1996), Torre de Babel (1998), Por Amor (1998), Vila Madalena (1999) e Chiquinha Gonzaga (1999).
Ainda na década de 1990 Fábio iniciou uma nova carreira na televisão, trabalhando como diretor. Ele foi assistente de direção de novelas como História de Amor (1995) e Quem é Você? (1995), e exerceria essa função em obras como Anjo de Mim (1996), Corpo Dourado (1998), Roda da Vida (2001), Escrava Isaura (2004), Essas Mulheres (2005), Cidadão Brasileiro (2006) e Luz do Sol (2007), muitas delas feitas pela TV Record.
Fábio ainda atuaria na Globo no começo dos anos 2000, participando de O Clone (2001), O Quinto dos Infernos (2002) e Mulheres Apaixonadas (2003). Depois, assinou com a TV Record, onde trabalhou principalmente como diretor.
Na TV, ele ainda atuaria em A Escrava Isaura (2004), interpretando o Doutor Paulo. Ele também era diretor da novela, que tinha no elenco o seu filho, Caio Junqueira.
No cinema, o ator ainda atuou em Jorge, Um Brasileiro (1998), Kickboxer 3: The Art of War (1992), O Judeu (1996), Policarpo Quaresma - Herói do Brasil (1998) e Separações (2002). Fábio também foi diretor do núcleo de TV, Rádio e Cinema na Multirio, vinculada à Secretaria Municipal de Educação na Prefeitura do Rio de Janeiro.
Diagnosticado com um tumor cerebral, o ator foi internado com um edema em julho de 2008, e acabou falecendo meses depois, em 20 de novembro, com apenas 52 anos de idade.
Fábio Junqueira, ao contrário do que muitos pensam, não era irmão do ator Kito Junqueira, mas era irmão da atriz Bia Junqueira (falecida em 2018). Casado desde 1975 com Maria Inês de Lima Martins Torres, ele era pai do ator Caio Junqueira, e padrasto do ator Jonas Torres, que criou como um filho.
Caio Junqueira morreu tragicamente em 2019, com apenas 42 anos de idade.
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1 Comentários
Chocada que ele era o pai do Caio Junqueira! Um grande talento!
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