Embora tenha atuado no teatro e cinema, Márcia Maria é uma daquelas atrizes eternizadas principalmente por seus trabalhos nas telenovelas, sendo uma das grandes estrelas da teledramaturgia da TV Tupi, e uma das atrizes favoritas do diretor Geraldo Vietri, com quem fez inúmeros trabalhos.
Márcia Maria Brisa nasceu em Vitória, Espírito Santo, em 05 de fevereiro de 1944. Filha de um engenheiro, ela se mudou para São Paulo aos 14 anos de idade, após o seu pai ser transferido pelo trabalho.
Um dia Márcia Maria foi assistir ao programa A Praça da Alegria, de Manoel de Nóbrega, irradiado pela Rádio Nacional paulista. Encantada com o que viu, perguntou ao diretor do programa se ele tinha algum emprego para ela.
O diretor perguntou o que ela sabia fazer e Márcia respondeu "nada, só sei falar". E ele então conseguiu para ela uma teste como locutora. A jovem Márcia Maria foi bem no teste, e foi chamada para cobrir as férias de uma locutora de publicidade, que estava saindo de férias.
Márcia agradou, e acabou contratada pela Nacional em 1962, permanecendo um ano na emissora. Depois, foi contratada pela Rádio Record, onde passou a fazer locuções de anúncios.
Sua bela voz lhe valeu um convite para ingressar na TV Record, onde entrou para o time de garotas propaganda. Nesta época, chegou a namorar com o cantor Roberto Carlos, astro do programa Jovem Guarda.
Em 1965 o diretor Gonzaga Blota a convidou para fazer um pequeno papel na novela Ceará Contra 007 (1965), uma novela humorística estrelada por Jô Soares, Ronald Golias e Consuelo Leandro.
Na Record, ela também foi apresentadora dos programas Eu e Você (1966), Gente Moça (1966), Jornal da Mulher (1966) e Alianças Para o Sucesso (1968). Depois retornou as novelas em A Última Testemunha (1968).
Depois, atuou em Algemas de Ouro (1969-1970). Inicialmente, seu papel era pequeno, mas aos poucos foi agradando ao público, e seu papel acabou crescendo. Na novela, ela contracenava com o ator Adriano Stuart, com quem acabou se casando.
No ano seguinte Márcia Maria foi uma das estrelas de As Pupilas do Senhor Reitor (1970), uma das novelas mais bem sucedidas da história da Record. Márcia dividia o papel principal com Georgia Gomide, que abandonou a novela no meio, insatisfeita com o salário que recebia. Sem ter como alterar a trama, Lauro César Muniz foi obrigado a colocar a atriz Maria Estela no papel deixando por Georgia.
Foi também em 1971 que Márcia Maria estreou no cinema, atuando em Uma Verdadeira História de Amor (1971), onde contracenava com o galã Francisco di Franco.
Em 1972 a atriz deixou a Record, assinando contrato com a TV Tupi, onde rapidamente tornou-se uma das estrelas do canal. Na Tupi, sua primeira novela foi Bel-Ami (1972), mas fez sucesso mesmo como a vilã Andréa Sampaio em Mulheres de Areia (1973).
Na Tupi ela ainda faria uma participação especial nos capítulos finais de A Viagem (1976) e ainda atuaria em Dinheiro Vivo (1979).
No cinema, ela ainda atuou em Gente Que Transa (1974), Que Estranha Forma de Amar (1978), As Intimidades de Analú e Fernanda (1980) e As Amantes de um Homem Proibido (1983).
Com o fechamento da Tupi, Márcia Maria atuou no remake de A Deusa Vencida (1980) e Campeão (1982), na TV Bandeirantes. No ano seguinte fez seu primeiro trabalho na Globo, atuando na minissérie Fernando da Gata (1983), uma produção de apenas dois capítulos. Na emissora só faria ainda uma participação especial na novela As Filhas da Mãe (2001).
Na década de 1980 ela retomou sua carreira como apresentadora, apresentando A Mulher Dá o Recado (1983-1987), na TV Record. Depois, apresentou, ao lado de Francisco Petrônio, o programa Festa Baile (1988-1997), na TV Cultura.
A atriz ainda atuaria em Brasileiras e Brasileiros (SBT, 1990), Por Amor e Ódio (Record, 1997), O Direito de Nascer (SBT, 2001), Amor e Ódio (SBT, 2002) e em um especial do programa Senta que Lá Vem Comédia (2005), na TV Cultura.
Márcia Maria morreu em São Paulo, em 08 de fevereiro de 2012, após sofrer um acidente vascular cerebral sozinha em sua casa. Ela acabou caindo e bateu a cabeça, falecendo com 68 anos de idade.
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