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Angie Dickinson, estrela de Police Woman, completa 92 anos de idade


Angie Dickinson foi uma popular atriz nas décadas de 1950 e 1960, mas recusou muitos papéis (que poderiam ter a elevado ao estrelato) por causa dos problemas de saúde de sua filha. Na década de 1970, porém, fez sucesso na televisão ao estrelar a série Police Woman.



Angelina Brown nasceu em Kulm, Dakota do Norte, em 30 de setembro de 1931. Seu pai era projecionista do único cinema de sua cidade, e desde criança apaixonou-se pelo cinema, desenvolvendo o sonho de ser atriz.

Ela mudou seu nome em 1952, quando se casou com o jogador de futebol americano Gene Dickinson (de quem se separou em 1960).

Angie Dickinson começou a ganhar projeção quando concorreu ao Miss América em 1953. Ela acabou chamando a atenção de um produtor de elenco, que a convidou para ser uma das dançarinas do programa The Jimmy Durante Show.


Susan Ames, Jimmy Durante, Angie Dickinson, Groucho Marx e Dawn Oney no The Jimmy Durante Show


No ano seguinte ela estreou no cinema, fazendo um pequeno papel em Com o Céu no Coração (Lucky Me, 1954), um filme estrelado por Doris Day. Dickinson fez muitas participações em programas de televisão, e teve papéis não creditados em filmes como A Audácia é a Minha Lei (Tennesssee's Partner, 1955), Assassino a Sangue Frio (The Return of Jack Slade, 1955) e Armado Até os Dentes (Man With the Gun, 1955).


Angie Dickinson e Barbara Lawrence em Armado Até os Dentes 



A primeira vez que ela foi creditada nas telas foi no western Atirar Para Matar (Gun the Man Down, 1956). No ano seguinte, atuou no cult No Umbral da China (China Gate, 1957), de Samuel Fuller.



Angie Dickinson em No Umbral da China


No começo de sua carreira os estúdios quiseram fazer dela uma atriz sex symbol, e queriam platinar seus cabelos de loiro, como os de Marilyn Monroe e Jayne Mansfield, mas ela recusou o rótulo de sensual, para não limitar seus papéis, mas aceitou clarear seus cabelos para um loiro mais escuro.

Após atuar em pequenos papéis e em filmes de baixo orçamento, ela teve seu primeiro grande destaque ao atuar em Onde Começa o Inferno (Rio Bravo, 1959), de Howard Hawks.



John Wayne e Angie Dickinson em Onde Começa o Inferno


O papel de destaque lhe rendeu um Globo de Ouro de Atriz Revelação em 1960, e na década de 1960 Angie Dickinson caminhava para ser uma grande estrela.

Ela assumiu o papel de protagonista em Espinhos da Carne (The Bramble Bush, 1960), e foi o destaque feminino Onze Homens e um Segredo (Ocean's 11, 1961), ao lado do seu então namorado Frank Sinatra.


O filme fez um enorme sucesso na época.
Cartaz de Onze Homens e um Segredo



Ela seguiu atuando em filmes como Escândalos Ocultos (A Fever in the Blood, 1961), Um Raio em Céu Sereno (The Sins of Rchel Cade, 1961) e estrelou a comédia A Greve do Sexo (Jessica, 1962), ao lado do veterano Maurice Chevalier.

Outro sucesso em sua carreira foi O Candelabro Italiano (Rome Adventure, 1962), onde coadjuvou Troy Donahue e Suzane Pleshette.






Angie Dickinson, Troy Donahue e Suzane Pleshette em O Candelabro Italiano


Dickinson atuaria em filmes populares como Pavilhão 7 (Captain Newman, M.D., 1963) e Os Assassinos (The Killers, 1964), último filme do ator Ronald Regan, que mais tarde tornaria-se presidente dos Estados Unidos.

O filme foi produzido para ser a primeira produção feita para a televisão, mas devido ao excesso de violência foi rejeitado pela TV, e acabou sendo lançado, com êxito, nas telas cinematográficas.


Ronald Regan e Angie Dickinson em Os Assassinos


Ela se juntou a um elenco estrelar, que incluía Jane Fonda, Marlon Brando, Robert Redford e Robert Duvall, em Caçada Humana (The Chase, 1966). Seus outros créditos do período são Artistas do Amor (The Art of Love, 1965), À Sombra do Gigante (Cast a Giant Shadow, 1966) e O Ópio Também é Uma Flor (Poppy, 1966).



Marlon Brando e Angie Dickinson em Caçada Humana


Mas seu maior sucesso na década de 1960 foi o filme À Queima Roupa (Point Blank, 1967), no qual contracenou com Lee Marvin.  



Angie Dickinson e Lee Marvin em À Queima Roupa 


Em 1969 ela contracenou com o jovem Burt Reynolds, no começo de sua carreira, no western Sam Whiskey, o Proscrito (Sam Whiskey, 1969). Na década de 1960 ainda esteve no elenco de O Pistoleiro do Rio Vermelho (The Last Challenge, 1967), O Pistoleiro Marcado (Young Billy Young, 1969) e Um Tipo Meio Louco (Some Kinf of a Nut, 1969).



Burt Reynolds e Angie Dickinson em Sam Whiskey, o Proscrito



Em 1965 a atriz se casou com o compositor Burt Bacharach, e no ano seguinte ela deu à luz a sua única filha Lea Nikki, conhecida como Nikki. A menina nasceu prematura, e precisou ficar três meses em uma incubadora para ganhar peso.

Nikki teve sérios problemas de saúde ao longo de sua vida. Ela era autista e tinha deficiência visual. No auge do sucesso, Angie Dickinson recusou diversos papéis para cuidar da filha.

Burt Bacharah compôs a música Nikki em homenagem a sua filha.


Burth Bacharach, Nikki e Angie Dickinson


Angie Dickinson e sua filha Nikki






Posteriormente o casal precisou internar a filha em uma instituição psiquiátrica, onde ela viveu por 9 anos. Em 04 de janeiro de 2007 Nikki cometeu suicídio, aos 40 anos de idade. Ela deixou um bilhete suicida, mas seus pais nunca o leram.

Por causa da filha, Dickinson fez poucos filmes na década de 1970, priorizando trabalhos na televisão, que exigiam menos tempo de gravações. Ela fez apenas quatro filmes na década, Garotas Lindas aos Montes (Pretty Maids All in a Row, 1971), Os Gangsters Não Esquecem (Un Homme Est Mort, 1974), A Mulher da Metralhadora (Big Bad Mama, 1974) e Busca Fatal (L'homme en Colère, 1979).


Angie Dickinson em A Mulher da Metralhadora


Com mais de 40 anos de idade, a atriz apareceu nua em A Mulher da Metralhadora, conquistando uma nova geração de fãs masculinos.

Aos 42 anos ela tornou-se a estrela da série Police Woman (1974-1978), que era um spin off da série Police Story. Dickison havia feito uma participação em Police Story, e foi convidada para dar continuidade a sua personagem, a Sargento Pepper Anderson, em Police Woman.

Interpretando uma policial durona que combatia o crime, Angie Dickinson tornou-se a primeira protagonista feminina de uma série policial. 








A série fez um enorme sucesso, e rendeu a atriz um Globo de Ouro, e quatro indicações seguidas ao prêmio, bem como três indicações consecutivas aos Emmy. Mas apesar do grande sucesso mundial (inclusive no Brasil, onde foi inicialmente exibida pela TV Tupi), em 2019 a atriz declarou que se arrependeu de ter feito o programa, pois seu salário era pequeno, e a demanda das gravações a impediu de aceitar outros projetos na época.

Police Woman também foi responsável por influenciar diversas mulheres a entrarem para academias militaires, para se tornarem policiais, e deu origem a diversas séries com mulheres protagonizando programas de ação (como As Panteras, Mulher Biônica e Cagney & Lacey).

Por seu trabalho na divulgação da força policial americana, em 1987 Angie Dickinson recebeu um Doutorado do Departamento de Polícia de Los Angeles.



Angie Dickinson em Police Woman


Em 1978, após Police Woman ser cancelada, ela repetiu o papel da Sargento Pepper no piloto da série Ringo (1978), a tentativa de criar uma série policial estrelada pelo Beatle Ringo Starr, porém o programa não foi aprovado, e apenas o piloto foi rodado.

George Harrison também fazia parte do elenco.

Em 1980 Angie Dickinson retornou ao cinema, estrelando o sucesso Vestida Para Matar (Dressed to Kill, 1980), dirigida por Brian de Palma.


Angie Dickinson em Vestida Para Matar


Em seguida, atuou em Charlie Chan e a Rainha Dragão (Charlie Chan and the Curse of the Dragon Queen, 1981), e ao lado de Lee Marvin e Charles Bronson atuou no policial Perseguição Mortal (Death Hunt, 1981).



Angie Dickison e Lee Marvin em Perseguição Mortal


A atriz também estrelou o remake de Disque M Para Matar (Dial 'M' for Murder, 1981) e protagonizou a série Cassie (1982), que não foi bem-sucedida e foi cancelada após a primeira temporada.

Angie Dickinson foi escalda para diversos filmes policiais, a maioria deles feitos para a televisão. Atuando cada vez menos, recusou o papel de Krystle Carrington na série Dinastia (Dynasty), para poder ficar mais tempo com sua filha, que havia saído da instituição mental. Linda Evans acabou interpretando a personagem, que fez muito sucesso.


Angie Dickinson e a filha Nikki

Ela gravou dois episódios do sitcom The Angie Dickinson Show em 1980, mas não permitiu a continuidade do projeto após assistir os episódios, e achar que não era engraçada para estrelar uma série de comédia.

Em 1987 ela retomou seu papel clássico de A Mulher da Metralhadora no filme Três Mulheres Fora da Lei (Big Bad Mama II, 1987), um raro papel no cinema nesta época.

Atuando cada vez mais na televisão, Angie Dickinson fez pouco cinema nos anos seguintes, atuando em Até as Vaqueiras Ficam Tristes (Even Cowgirls Get the Blues, 1993), No Limite da Loucura (The Maddening, 1995), Sabrina (Idem, 1995), Duets: Vem Cantar Comigo (Duets, 2000), A Corrente do Bem (Pay It Foward, 2000) e Big Bad Love (2001).



Angie Dickinson em Sabrina


Angie Dickinson em A Corrente do Bem


Em 2001 também foi convidada para fazer uma participação especial em no remake de Onze Homens e um Segredo (Ocean's Eleven, 2001). Do elenco original, apenas Angie Dickison e Henry Silva apareceram na obra.

Em 2004 ela atuou em Elvis Ainda Não Morreu (Elvis Has Left the Building, 2004), mesmo ano em que fez uma participação especial na série A Juíza (Judging Amy, 2004).

A atriz se aposentou após atuar em Mending Fences (2009).



Kimm Bassinger e Angie Dickinson em Elvis Ainda Não Morreu


Laura Leighton e Angie Dickinson em Mending Fences 



Angie Dickinson e Burt Bacharach se separaram em 1981, e a atriz nunca mais se casou. Atualmente ela vive sozinha em Los Angeles, e raramente aparece em público.




Angie Dickinson atualmente






Veja também: Atrizes que Interpretaram Marilyn Monroe



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