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Relembrando Suzanne Pleshette, de O Candelabro Italiano e Os Pássaros


Bela e talentosa, a atriz Suzanne Pleshette é mais lembrada por dois clássicos do cinema da década de 1960, o romance O Candelabro Italiano (Rome Adventure, 1962) e o suspense Os Pássaros (The Birds, 1963), de Alfred Hitchcok.

Suzanne foi casada, por pouco tempo, com Troy Donahue, seu colega de elenco de O Candelabro Italiano, filme romântico que marcou uma legião de fãs.


Suzanne Pleshette nasceu em Nova York, em 31 de janeiro de 1937. Seu pai, Gene Pleshette era diretor do teatro da Paramont, no bairro do Brooklyn, em Nova York, e sua mãe Geraldine Rivers, havia sido dançarina. Suzanne também era prima do ator John Pleshette.


Suzanne estreou na Broadway em 1957, mesmo ano em que começou a fazer seus primeiros trabalhos na televisão. Os produtores ficaram entre ela e Sandra Church para ser a estrela da primeira montagem de Gispy, mas Church era melhor cantora, e ficou com o papel.

Em 1958 ela estreou no cinema, na comédia O Rei dos Mágicos (The Geisha Boy, 1958), estrelado por Jerry Lewis.

Suzanne Pleshette e Jerry Lewis

Nos anos seguintes não recebeu muitos convites para voltar ao cinema. Na Broadway, substitui Anne Bancroft na peça O Milagre de Ann Sullivan (1962), e fez muitas participações em séries de televisão, tendo inclusive sido indicada ao Emmy por uma participação na série Dr. Kildare, em 1961.

Richard Chamberlain e Suzanne Pleshette em Dr. Kildare

Em 1962 Natalie Wood começou a filmar O Candelabro Italiano (Rome Adventure, 1962), mas abandonou o projeto. Suzanne foi chamada as pressas para o papel da mocinha Prudence Bell, que se apaixona por Troy Donahue, durante uma viagem à Itália.

Suzanne Pleshette e Troy Donahue em O Candelabro Italiano

O filme fez um enorme sucesso, e deu a Suzanne uma indicação ao Globo de Ouro de atriz revelação do ano (ela perdeu para Sue Lyon, de Lolita). Rapidamente, ela se tornou uma das estrelas mais promissoras da década.

Com Tony Curtis, estrelou 20 Quilos de Confusão (40 Pounds of Trouble, 1962) e no ano seguinte fez Suplícios do Destino (Wall of Noise, 1963), ao lado de Ty Hardin.

E em 1963 fez outro papel memorável em sua carreira, o da professora Annie Hayworth em Os Pássaros (The Birds, 1963), de Alfred Hitckcock. O diretor, mestre dos filmes de terror e suspense a queria em Marnie, Confissões de Uma Ladra (Marnie, 1964), que tinha Tippi Hedren, sua colega de Os Pássaros, como estrela, mas Suzanne recusou-se a trabalhar com ele novamente, e Diane Baker ficou com o papel.

Suzanne Pleshette em Os Pássaros

Em 1964 a Warner repetiu a dupla Suzanne Pleshette e Troy Donanue, no filme Um Clarim ao Longe (A Distant Trumpet, 1964). 

Troy Donahue e Suzanne Pleshette em Um Clarim Ao Longe

Em 04 de janeiro do mesmo ano Suzanne e Troy se casaram. A atriz estava apaixonada pelo galã, mas o casamento foi armado pela Warner, para promover o filme. Além disto, haviam rumores de que o estúdio tinha um novo galã loiro, que era homossexual, e o casamento foi realizado para afastar Donahue dos boatos. Na verdade, o galã noticiado nas revistas de fofocas era Tab Hunter.

A união durou apenas oito meses. Quatro anos depois, em 1968, Suzanne se casaria com o empresário Thomas J. Gallagher III, com quem ficou trinta e dois anos casada, até a morte dele, em 2000.

Casamento de Suzanne Pleshette e Troy Donahue

Suzanne estrelou outros filmes, mas que não repetiram o sucesso de suas produções anteriores, como O Destino é Caçador (Fate is The Hunter, 1964), O Preço da Ambição (Youngblood Hawke, 1964), Obsessão de Amar (A Rage to Live, 1965), A Mulher Sem Rosto (Mister Buddwing, 1966) e Um Amor de Companheiro (The Ugly Dachshund, 1966), este último, uma produção dos Estúdios Disney.

Dirigida por Henry Hathaway, contracenou com Steve McQueen em outro sucesso, Nevada Smith (Idem, 1966), que lhe valeu uma indicação ao Laurel Award.

Suzanne Pleshette e Steve McQueen em Nevada Smith

Ainda em 1966 ela foi escalada para viver a Mulher Gato na série de TV Batman e Robin (Batman, 1966-1968), mas na última hora seu agente disse que não seria bom para a sua carreira investir na televisão, e Pleshette recusou o papel, que foi para Julie Newmar (depois, Eartha Kitt).

Suzanne então voltou a atuar na Disney, onde fez Califórnia, Terra do Ouro (The Adventures of Bullwhip Griffin, 1967) e O Fantasma do Barba Negra (Blackbeard's Ghost, 1968).

Suzanne Pleshette, Peter Ustinov e Dean Jones em O Fantasma do Barba Negra

Mas após recusar ser a Mulher Gato, sua carreira cinematográfica começou a decair. Ela conseguiu papéis em filmes pouco expressivos, como Os Poderosos (The Power, 1968), Enquanto Viverem as Ilusões (If It's Tuesday, This Must Be Belgium, 1969), Target: Harry (1969) e Vamos Fazer a Guerra? (Suppose They Gave a War and Nobody Came, 1970).

Na década de 1970, foi justamente na televisão que Suzanne Pleshette conseguiu melhores trabalhos. Em 1971 ela ingressou no elenco do programa The Bob Newhart Show. Apesar de nunca exibido no Brasil, o programa fez um enorme sucesso nos Estados Unidos, e deu a atriz uma enorme popularidade no país. Ela foi indicada a dois prêmios Emmy por este trabalho.

Suzanne Pleshette em The Bob Newhart Show

Foram poucos os filmes que contaram com a presença da atriz na década de 1970. São eles Latigo, o Pistoleiro (Support Your Local Gunfighter, 1971), Felpudo, o Cachorro Promotor (The Shaggy D.A., 1976), e Os Três Super-Tiras (Hot Stuff, 1979). Ela também interpretou a roteirista e executiva June Mathis em A História de Rodolfo Valentino (The Legend of Valentino, 1975), feito para a televisão.

Ela chegou a ser cotada para estrelar a série Casal 20 (Hart to Hart), mas perdeu o papel para Natalie Wood. Natalie porém desistiu da produção, que acabou sendo estrelada por Stephanie Powers.

Suzanne Pleshette em  Felpudo, o Cachorro Promotor

Franco Nero e Suzanne Pleshette em A História de Rodolfo Valentino


Após contracenar com George Burns em A Menina que Viu Deus (Oh, God! Book II, 1980), Suzanne Pleshette nunca mais fez cinema, mas continuou atuando muito na televisão, fazendo parte do elenco de diversos telefilmes, e como atriz convidada em séries de televisão.

A Menina que Viu Deus

Ela até ganhou sua própria série de TV, Suzanne Pleshette is Maggie Briggs (1984), mas esta foi cancelada após seis episódios.


Em 1991 recebeu uma indicação ao Emmy e ao Globo de Ouro por seu trabalho no telefilme Leona Helmsley, a Rainha da Maldade (Leona Helmsley: The Queen of Mean, 1990).

Suzanne Pleshette e Lloyd Bridges em Leona Helmsley, a Rainha da Maldade

Em 1998 ela dublou a personagem Zira em O Rei Leão 2: O Reino de Simba (The Lion King II: Simba's Pride, 1998). Suzanne cantava a canção My Lullaby, um raro momento cantando em sua carreira no cinema.

A atriz também dublou a versão americana da animação A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no Kamikakushi, 2001).



Em 2000 a atriz ficou viúva, após mais de 30 anos de casada. Um aborto espontâneo sofrido na juventude a impediu de ser mãe. Após perder o marido, ela se casou novamente em 2001, com o ator Tom Poston.

Eles eram amigos desde 1959, quando atuaram juntos em The Golden Fleecing, na Broadway. Na época, eles tiveram um breve romance que não durou muito, mas continuaram bons amigos por toda a vida. Poston também foi um ator regular no The Bob Newhart Show.

Suzanne Pleshette e Tom Poston em 1959

Entre 2002 e 2003, foi uma das estrelas da série Good Morning, Miami, e depois interpretou a mãe de Katey Sagal em 8 Regrinhas Básicas (8 Simple Rules... for Dating My Teenage Daughter).

Suzanne Pleshette (ao centro, de branco) em Good Morning, Miami

Suzanne Pleshette em 8 Regrinhas Básicas

Seu último trabalho foi na série Will e Grace (Will & Grace), entre 2002 e 2004. Suzanne interpretava a mãe distante de Karen Walker (Megan Mullally). Veronica Cartwright, que havia interpretado a sua aluna em Os Pássaros, também apareceu na série, como a mãe de Jack (Sean Hayes).

Suzanne Pleshette e Megan Mullally em Will e Grace

Tom Poston morreu em abril de 2007. Lutando contra um câncer de pulmão desde 2006, Suzanne Pleshette faleceu em 19 de janeiro de 2008, com 70 anos de idade, após ser internada com um quadro de pneumonia.

Suzanne Pleshette e Tom Poston, em 2006

Poucos dias depois, foi inaugurada sua estrela na Calçada da Fama, que já estava agendada antes da morte da atriz. Sua amiga Nancy Sinatra recebeu as honras por Suzanne.






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1 Comentários

  1. Michael Carvalho Silva3 de agosto de 2022 às 14:03

    Descanse em paz e fique com Deus, querida Suzanne Pleshette. Sem sombra de dúvida, uma das atrizes mais lindas e ilustres que Hollywood e o mundo inteiro já tiveram até hoje além de ter sido uma mistura americana absolutamente perfeita e maravilhosa de Sylvia Kristel com Anne Parillaud no auge de sua própria e inesquecível beleza.

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