Últimas Notícias

6/recent/ticker-posts

A Irresistível Yvonne De Carlo, de Salomé a Lily Monstro




Uma das campeãs de bilheteria da Universal e rainha do Technicholor, Yvonne De Carlo brilhou em faroestes e filmes de aventura nas décadas de 1940 e 1950 e conquistou uma nova legião de fãs ao viver a vampira Lily Monstro, a matriarca da série de televisão Os Monstros (The Munsters, 1964-1966).




Margaret Yvonne Middleton nasceu em Vancouver, Canadá, em 01 de setembro de 1922. Seu pai se envolveu em diversas trapaças, e fugiu abandonando a família, e Yvonne ou sua mãe nunca mais souberam seu paradeiro.

A família de Yvonne De Carlo passou por grandes dificuldades financeiras, e ela e a mãe precisavam mudar de casa constantemente. Apesar disto, aos três anos de idade, De Carlo começou a tomar aulas de canto, dança e atuação, pois sua mãe queria fazer da filha uma estrela do entretenimento.

Em 1937 Yvonne e sua mãe se mudaram para Los Angeles, em busca de trabalhos para a jovem em Hollywood.  Mas após alguns meses sem encontrar nenhuma oportunidade, ambas voltaram para o Canadá. Elas repetiriam a viagem inúmeras vezes, até que em 1940 ela ficou em segundo lugar no concurso de beleza Miss Venice em quinto lugar no Miss Califórnia.

Yvonne então foi convidada para ser corista do empresário Earl Carroll, mas acabaram não chegando em um acordo. A aspirante ao estrelato então começou a trabalhar em uma boate popular em Hollywood, a Florentine Gardens.

Ela estreou no cinema em um sondie (curta metragem musical, precursor do vídeo clipe) e fez outros soundies, até ser deportada por questões de visto, ainda em 1941. O dono da Florentine Gardens interviu junto a imigração, dizendo que ofereceria um emprego estável para Yvonne De Carlo, e ela pode retornar aos Estados Unidos.

Sonhando em fazer cinema, ela pediu demissão da boate, e contratou um agente de talentos, que lhe conseguiu um papel não creditado em Harvard, Here I Come! (1941), na Columbia.


Yvonne De Carlo em Harvard, Here I Come!

A atriz fez outros 2 curta-metragens na Columbia, e voltou a dançar em boates, agora contratada por Earl Carroll, e passou a entreter os soldados norte-americanos após a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

Em 1942 Yvonne retornou ao cinema fazendo uma corista em Alma Torturada (This Gun For Hire, 1942), na Paramount. A atriz não havia pedido autorização para Carroll para trabalhar no cinema, e o empresário a demitiu.

Contratada pela Paramount, Yvonne foi escalada como figurante em diversas produções interpretando secretárias, empregadas, ou a garota bonita namorada de alguém. Ele figurou obras como A Sedução de Marrocos (Road to Marocco, 1942) e Por quem Os Sinos Dobram (For Whom the Bell Tolls, 1943).

Até 1945, a atriz atuou em dezenas de filmes sem ser creditada. A única exceção foi o filme The Deerslayer (1943), onde ela interpretou uma princesa indígena.


Yvonne De Carlo em The Deerslayer 

O diretor Cecil B. DeMille viu Yvonne em um filme, e a chamou para fazer um teste para o filme Pelo Vale das Sombras (The Story of Dr. Wassell, 1944), e lhe ofereceu um papel de destaque, porém DeMille acabou escalando Carol Thurston de última hora. Yvonne atuou no filme, mas fazendo figuração novamente. Cecil B. DeMille entretanto, prometeu se redimir com a atriz no futuro. Nesta altura, Yvonne De Carlo era chamada de "a rainha dos testes da Paramount".

Yvonne De Carlo também começou a fazer diversos papéis de garotas nativas, ao ponto do jornal New York Times apelidar a jovem atriz de "ameaça" para Dorothy Lamour". As duas chegaram a contracenar em A Favorita dos Deuses (Rainbow Island, 1944), tendo Dorothy Como estrela e Yvonne como sua dama de companhia, não creditada.

Esses pequenos papéis de nativas exóticas acabaram abrindo as portas para o estrelato da atriz. O produtor Walter Wanger estava procurando uma nova atriz nos moldes de Maria Montez e Acquanetta, estrelas de filmes de fantasia e aventura.

Wanger assistiu diversos testes de aspirantes ao papel, mas acabou se encantando com Yvonne De Carlo por acaso, quando viu a atriz passando as falas no teste do ator Milburn Stone. A Universal exigiu que ela fizesse uma bateria de testes, até que enfim ela foi escalada para estrelar a super produção A Irresistível Salomé (Salome, Where She Danced, 1947).



Yvonne De Carlo em A Irresistível Salomé

O filme não agradou a crítica, mas fez um enorme sucesso de bilheterias. O público se apaixonou por Yvonne De Carlo, e ela foi eleita a nona "estrela do amanhã".

Mas a Universal não lhe deu muitas chances de provar seu talento, escalando-a sempre como uma espécie de ornamento para enfeitar as cenas em diversos filmes feitos nos anos seguintes, muitos deles produções de baixo orçamento onde De Carlo aparecia trajando véus ou figurinos exuberantes.

Ela virou uma espécie de substituta de Maria Montez, e seu filme seguinte foi justamente uma produção recusada por Montez, o western Era Seu Destino (Frontier Gal, 1945). A atriz havia se tornado uma das "rainhas do Technicolor", e foi então escalada para fazer o musical Sedução (Song of Sheherazade, 1947), onde pode mostrar seu talento como cantora. O filme também fez um enorme sucesso de bilheteria.


Yvonne De Carlo em Sedução


De Carlo queria papéis mais desafiadores, e chegou a brigar por trabalhos de coadjuvantes em filmes sérios, que normalmente acabavam indo para Shelley Winters. Mas a Universal a queria em produções fantasiosas como Escrava Sedutora (Slave Girl, 1947).

O drama Brutalidade (Brute Force, 1947), foi seu primeiro filme em preto e branco, depois de ter estrelado diversas produções em Technicolor. Mas logo ela voltou para o colorido exagerado em Bandido Apaixonado (Black Bart, 1948).


Yvonne De Carlo em Bandido Apaixonado


Em sua biografia a atriz descreveu esses trabalhos como "fisicamente desgastantes, mas não criativamente inspiradores". E o jornal New York Times escreveu que seus filmes eram uma "série de aventuras de fantasia" com De Carlo "interpretando uma mulher durona mas bem humorada".

Em Casbah, o Reduto da Perdição (Casbah, 1948), ela foi rebaixada a coadjuvante de Märta Toren, uma atriz sueca que era a nova grande aposta da Universal. Mas o filme fracassou, assim como a carreira de Toren em Hollywood.


Märtha Toren, Peter Lorre e Yvonne De Carlo em  Casbah, o Reduto da Perdição


Como compensação pelo papel reduzido, Yvonne foi escalada para cantar a canção tema do filme, For Every Man There a Woman, que foi indicada ao Oscar de Melhor Canção, fazendo com que a atriz cantasse na cerimônia do Oscar daquele ano.




Ela finalmente conseguiu um papel mais desafiador em Baixeza (Criss Cross, 1949), onde interpretou uma femme fatalle, ao lado de Burt Lancaster. A atriz recebeu boas críticas pelo desempenho, e considerava o melhor filme de sua carreira.


Yvonne De Carlo e Burt Lancaster em Baixeza


Mas logo ela voltou aos filmes coloridos e exuberantes, e, e depois assumiu estrelando Escandalosa (Calamity Jane e Sam Bass, 1949), e depois assumiu um papel que havia sido escrito por Deanna Durbin em Rivais em Fúria (The Gal Who Took the West, 1949). 

Deanna Durbin era conhecida principalmente por cantar em seus filmes, e Yvonne se saiu muito bem como interprete. Ela possuía um grande alcance vocal, e havia sido cantora de sua igreja, quando criança.


Cartaz de Rivais em Fúria


A atriz começou a filmar Bagadad (Idem, 1949), mas sofreu um aborto espontâneo durante as filmagens, e acabou sendo substituída pela atriz Maureen O'Hara. O pai da criança era o ator Jock Mahoney, seu namorado na época. Yvonne terminou com ele após descobrir que Mahoney também estava saindo com a atriz Margaret Field (mãe de Sally Field), com quem ele se casou mais tarde.

O diretor Frederick De Cordova dirigiu Maurren em A Rainha dos Piratas (Buccaneer's Girl, 1950), um filme de piratas. O diretor mais tarde declarou que "Yvonne De Carlo era uma boneca subestimada como atriz. Ela era muito profissional, trabalhava muito e era boa em seu ofício, mas não era uma estrela de primeira grandeza". De Cordova completou ainda que "ela conhecia suas falas, dançava e cantava muito bem e queria ser uma estrela maior do que jamais se tornou".


Yvonne De Carlo em  A Rainha dos Piratas


De Cordova a dirigiu novamente em O Gavião do Deserto (The Desert Hawk, 1950), e depois a atriz atuou em Coração Selvagem (Tomahawk, 1951), um western que fez muito sucesso.

Yvonne De Carlo então foi convidada para entreter os soldados americanos na Europa, onde teve a oportunidade de cantar em programas de televisão. Ela acabou recebendo uma oferta para filmar a comédia Hotel Sahara (Idem, 1951), na Inglaterra.

A atriz pediu para que a Universal encerrasse seu contator, e foi atendida.


Yvonne De Carlo em Hotel Sahara


Na Inglaterra ela gravou dois discos, que fizeram relativo sucesso, e passou a dedicar-se também a sua carreira de cantora. 




A atriz chegou a cantar na televisão brasileira, em 1960, quando foi contratada para se apresentar nos palcos da TV Record. Foi a segunda visita de De Carlo ao país, pois ela já havia passado brevemente (apenas três horas) pelo Rio de Janeiro, durante uma escala de uma viagem rumo ao Festival de Cinema de Montevidéu.


Donna Reed e Yvonne De Carlo no Rio de Janeiro (1952)



Yvonne De Carlo no Brasil (1960)

Fotos da vinda da atriz ao Brasil originalmente postadas no site Brazilian Foreign Acts


De volta aos Estados Unidos, ela assinou um novo contrato com a Universal, de três anos. A atriz exigiu uma condição, fazer apenas um filme por ano.

Na Paramount em 1951, Prata Maldita (Silver City, 1951), e naquele ano também se apresentou como cantora durante uma temporada no Hollywood Bowl.

Na Fidelity Pictures ela estrelou Pecadores de San Francisco (The San Francisco Story, 1952). Depois, o estúdio anunciou que ela interpretaria a Imperatriz Leopoldina em Scarlet Flame, um filme sobre a Independência do Brasil, que nunca foi realizado.

Yvonne também começou a atuar na televisão neste período, e fez Anjo Escarlate (Scarlet Angel, 1952), seu primeiro trabalho sob o novo contrato com a Universal.



Rock Hudson e Yvonne De Carlo em Anjo Escarlate


Na Paramount ela fez outro filme, A Rebelião dos Piratas (Hurricane Smith, 1952), e depois montou a sua própria produtora, a Vancouver Productions, que acabou não indo para frente.

Na MGM atuou em México dos Meus Amores (Sombrero, 1953), rodado no México.


Yvonne De Carlo e Victorio Gassman em México dos Meus Amores


Depois trabalhou de forma independente, atuando em produções da RKO, United Artists, Allied Artists, Universal, Republic, e em outros estúdios menores. Ela também fez dois filmes ingleses e um italiano, além de aparecer com mais frequência na televisão.

Sua carreira parecia estar entrando em decadência quando o diretor Cecil B. DeMille finalmente se redimiu, e a escalou para viver Sephora, a esposa de Moisés (papel de Charlton Herston) no clássico Os Dez Mandamentos (The Ten Commandments, 1956). O filme fez um enorme sucesso, e foi indicado a sete Oscars.


Charlton Heston e Yvonne De Carlo em Os Dez Mandamentos


Durante as filmagens de Os Dez Mandamentos ela conheceu o dublê Bob Morgan, com quem se casou ainda em 1955, quando o filme era produzido. A atriz engravidou logo após o termino das gravações, e Bruce, seu filho, teve Cecil B. DeMille como padrinho.



Bob Morgan, Bruce e Yvonne De Carlo


Os Dez Mandamentos rendeu a atriz diversos elogios por parte da crítica, mas a gravidez fez com que a atriz tivesse que recusar alguns convites, e logo sua popularidade decaiu, assim como os trabalhos importantes.

Ela então trabalhou com George Sanders e Zsa Zsa Gabor em Destruí Minha Própria Vida (Death of a Scoundrel, 1956), mas a Warner ainda queria a atriz, e lhe ofereceu diversos roteiros para escolher.

Yvonne De Carlo escolheu o de Meu Pecado Foi Nascer (Band of Angels, 1957), porque iria trabalhar com Clark Gable, seu ator preferido.


Yvonne De Carlo e Clark Gable em Meu Pecado Foi Nascer


Meu Pecado Foi Nascer foi muito mal nas bilheterias, e enterrou as chances do retorno triunfal da atriz. Ela gravou um novo disco, passou a cantar em boates e na televisão, e tentou um papel na Broadway para atuar na peça Destry Rides Again, mas perdeu para Dolores Gray.

Com Victor Mature ela fez Timbuktu (1958), e depois interpretou Maria Madalena em um épico italiano em A Espada e a Cruz (La Spada e la Croce, 1958).


Yvonne De Carlo em A Espada e a Cruz


Os papéis no cinema então desapareceram, e ela só conseguiu papéis na televisão. Yvonne também viajou pela América do Sul (incluindo o Brasil, onde fez o show na TV Record), apresentando-se como cantora.



Yvonne De Carlo e Michael Landon em Bonanza



Em 1962 seu marido Bob Morgan ficou gravemente ferido durante as filmagens de A Conquista do Oeste (How the West Was Won, 1962), que era estrelado por John Wayne.

Durante a gravação de uma cena uma pilha de toras se soltou, esmagando o dublê. Ele teve de amputar uma perna, e ficou cinco anos em uma cama, sem capacidade de se locomover ou fazer movimentos básicos. A MGM se recusou a pagar qualquer despesa médica, e Yvonne gastou toda a sua fortuna no tratamento do marido.

Ela processou a MGM, mas perdeu a batalha judicial, e ainda passou a ser mal vista em Hollywood devido o processo. Tanto que John Wayne precisou brigar para que ela tivesse um papel (de coadjuvante) em Quando Um Homem é Homem (McLintock!, 1963), para ajudá-la nas despesas hospitalares.


John Wayne e Yvonne De Carlo em Quando Um Homem é Homem


De Carlo aceitava qualquer trabalho que lhe pagassem, cantando em boates pequenas e em peças de menor destaque. E Bob Hope a chamou para trabalhar em Um Assunto Internacional (A Global Affair, 1964), a primeira comédia de sua carreira.

Ela também fez O Juiz Enforcador (Law of the Lawless, 1964), mais um western em sua carreira.


Em 1964 a Universal, onde outrora ela foi uma estrela, a chamou para fazer um teste para um papel fixo na televisão. A atriz ficou relutante em assumir um compromisso grande com a TV, mas acabou cedendo diante de um salário fixo, que a ajudaria a equilibrar suas dívidas.

Outras nove atrizes foram chamadas para o teste, e tiveram que assinar uma cláusula que aceitariam o papel caso fossem chamadas. Mas inicialmente foi Joan Marshall quem passou no teste, mas os produtores não gostaram de seu desempenho no programa piloto.

Marshall foi então demitida, e sua personagem, que chamava-se Phoebe, foi rebatizada como Lily Monstro.


Joan Marshall como Phoebe Monstro, no piloto da série Os Monstros


Yvonne De Carlo então assumiu o papel de Lily Monstro na popular e bem sucedida série Os Monstros (The Munsters, 1964-1966). Yvonne era uma estrela de cinema, e aceitar o papel foi visto como algo decadente, mas o programa fez muito sucesso, e acabou apresentando a atriz para uma nova legião de fãs, que não conheciam seus filmes das décadas passadas.

A atriz recebia carta de crianças que diziam que ela era a única vampira da qual eles não tinham medo.


Yvonne De Carlo e o elenco de Os Monstros


Curiosamente Yvonne era um ano mais velha que Al Lewis, que interpretava seu pai, o Vovô Monstro.



Yvonne De Carlo e Al Lewis em Os Monstros


A série fazia sucesso, mas era produzida em preto e branco, e a televisão em cores estava no auge, fazendo com que o programa fosse cancelado.

Mas Lily Monstro, Herman e sua família reapareceriam, agora em cores, no filme Monstros, Não Amolem! (Munster, Go Home!, 1966). O filme era um projeto para fazer uma nova série, agora colorida, mas o público odiou a produção,  principalmente porque a Universal resolveu tirar Beverly Owen (a interprete da Marilyn Monstro) do elenco, e escalar Debbie Watson para o papel.

O estúdio queria promover Watson a estrela, o que de fato nunca aconteceu.



Monstros, Não Amolem!


Após a série ser cancelada, Yvonne De Carlo teve problemas para conseguir novos trabalhos no cinema, porque ninguém queria "contratar a Lily Monstro", e tornou-se uma atriz muito ativa na Broadway, além de se apresentar também em Las Vegas, Inglaterra e Austrália.

Seu principal papel no teatro foi como Carlotta Campion no musical Follies, de Stephen Sondheim, encenada entre 1971 e 1972. Ela interpretava uma estrela decadente, e emplacou o canção I'm Still Here (ainda estou aqui).

Os críticos diziam que o papel era quase biográfico.




A atriz também fez alguns westerns de baixo orçamento, como Gatilhos do Ódio (Hostle Guns, 1967) e Pistoleiro do Arizona (Arizona Bushwhackers, 1968), e na ficção científica Os Poderosos (The Power, 1968).



Yvonne De Carlo e George Hamilton em Os Poderosos

 
Na década de 1970 os filmes da atriz tornaram-se cada vez mais inexpressivos, e a atriz também fez muitos telefilmes, como A Marca do Zorro (The Mark of Zorro, 1974).

Em 1973 Yvonne se divorciou de Bob Morgan, mas ainda tinha contas para pagar. Ela aceitou qualquer papel que lhe ofereceram, aparecendo em obras constrangedoras, como o terror com pitadas de comédia erótica Discípulos de Satan (Satan's Cheerleaders, 1977).


Yvonne De Carlo em Discípulos de Satan


A atriz filmou no México, e fez até o filme argentino A Casa das Sombras (La Casa de las Sombras, 1976). Mas em 1976 atuou na divertida comédia Won Ton Ton, o Cachorro que Salvou Hollywood (Won Ton Ton: The Dog Who Saved Hollywood, 1976), que remetia aos tempos da era de ouro de Hollywood, e contava com a presença de diversos astros do passado.


Em 1980 ela foi vista no elenco de O Rosto de Humphrey Bogart (The Man With Bogart's Face, 1980). E no ano seguinte retomou o papel de Lily Monstro em A Vingança dos Monstros (The Munster's Revenge, 1981).



Yvonne de Carlo em  A Vingança dos Monstros


De Carlo teve uma sobrevida na carreira na década de 1980, atuando em filmes como A Noite dos Amantes (Liar's Moon, 1981), e principalmente em filmes de terror como Jogo da Morte (Play Dead, 1983), Vultures (1984), Os Anfitriões (American Gothic, 1987) e Reflexo do Demônio (Mirror Mirror, 1990).


Yvonne De Carlo em Os Anfitriões


Em 1991 ela teve um pequeno papel, mas que era uma espécie de homenagem na comédia Oscar, Milha Filha Quer Casar (Oscar, 1991), estrelada por Kirk Douglas e Sylvester Stallone.


Sylvester Stallone e Yvonne De Carlo em Oscar, Milha Filha Quer Casar


Ela ainda atuou em A Olho Nu (The Naked Truth, 1992) e fez uma pequena participação especial em Os Monstros Estão de Volta (Here Come the Munsters, 1995), ao lado de Al Lewis, Butch Patrick e Pat Priest, astros do elenco original de Os Monstros. Os atores interpretavam clientes em um restaurante, que era administrado por novos atores no remake da série clássica.


Yvonne De Carlo (de chapéu), Pat Priest (de costas), Butch Patrick e Al Lewis em Os Monstros Estão de Volta


A atriz também fez alguns trabalhos na TV, e despediu-se das telas em O Chimpanzé Manda-Chuva (The Barefoot Executive, 1995), onde vivia uma diva excêntrica e decadente chamada Norma, inspirada na personagem Norma Desmond, do clássico Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulvevard, 1950).


Yvonne de Carlo em O Chimpanzé Manda-Chuvas


Em 1998 Yvonne De Carlo sofreu um derrame, e passou a morar em uma casa de repouso destinadas a antigas estrelas do cinema e televisão, em Los Angeles. Butch Patrick, que havia interpretado seu filho na série Os Monstros, sempre a visitava. Patrick, que interpretou Eddie Monstro, tinha adoração pela atriz, e a considerava sua segunda mãe.

Ela morou lá até a sua morte, causada por uma insuficiência cardíaca, em 08 de janeiro de 2007. A atriz tinha 84 anos de idade.

Em 2007 seu filho Bruce revelou que a mãe havia atuado ainda em outros dois filmes independentes antes de ir para a casa de repouso, mas as produções nunca foram lançadas até hoje.











Veja também: Quem é A Garota da Tocha na Vinheta de Abertura da Columbia


Postar um comentário

0 Comentários