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Lorna Luft, a outra filha artista de Judy Garland

 
Judy Garland foi uma das maiores estrelas da Era de Ouro de Hollywood, e além de sua trajetória artística, nos deixou como herança também o talento de sua filha Liza Minnelli, que como a mãe, consagrou-se como cantora e atriz. Liza, inclusive, chegou a ganhar um Oscar por seu trabalho magistral em Cabaret (Idem, 1972). Porém, poucas pessoas conhecem o talento de Lorna Luft, filha mais nova de Judy, e também artista como a mãe e a irmã.

Judy Garland e Lorna Luft, em 1957

Lorna Luft é a filha mais nova de Judy, e nasceu em 21 de novembro de 1952, em Santa Monica, Califórnia. Filha do casamento da atriz e cantora com o produtor cinematográfico Sidney Luft.

Judy e Luft se casaram em 1952, um ano após a atriz se separar do cineasta Vincente Minnelli (o pai de Liza). Foi Sidney quem produziu Nasce Uma Estrela (A Star is Born, 1954), um dos maiores sucessos da carreira da atriz. O filme foi responsável por alavancar a carreira de Judy, que começava a entrar em decadência após muitos anos em frente as câmeras em Holywood.

O casal teve dois filhos, Joey (nascido em em 1955) e Lorna, que acabou seguindo os passos da mãe. Era comum Judy levar os filhos consigo durante suas turnês, deixando as crianças nos bastidores dos teatros em que se apresentava. Também era comum a artista chamar suas rebentas ao palco (Joey não se interessou pela carreira artística, ao contrário das irmãs talentosas).

Judy, Lorna, Sidney e Liza no Carnegie Hall

Tendo como padrinho de batismo o cantor Frank Sinatra, Lorna fez sua estreia oficial como artista em um especial de natal do programa The Judy Garland Show, em 1963. Sentada no colo do ator e cantor Jack Jones, Lorna cantou Santa Claus is Coming to Town, para sua mãe e irmãos, que ficaram encantados com sua performance.



No mesmo ano ela e Joey estreariam no cinema, fazendo uma pequena ponta no filme Na Glória, a Amargura (I Could Go on Singing, 1963), último filme estrelado por sua mãe. Os irmãos participaram de seu primeiro filme cinco anos antes de Liza Minnelli estrear no cinema.
Mas Lorna só daria continuidade a sua carreira após a morte da mãe. Em 1971 ela participou do musical Promises, Promises, na Broadway. O espetaculo era uma adaptação de Se Meu Apartamento Falasse (The Apartmen, 1960), clássico filme de Billy Wilder, estrelado por Jack Lemmon e Shirley MacLaine. 
Em 1981 ela fez uma turnê como cantora, e no ano seguinte retornou ao cinema interpretando Paulette Rebchuck, uma das "Pink Ladys" no filme Grease 2 - Os Tempos da Brilhantina Voltaram (Grease 2, 1982).
 Michelle Pffeifer e Lorna Luft em Grease 2 - Os Tempos da Brilhantina Voltaram

O filme era uma espécie de continuação do grande sucesso Grease, nos Tempos da Brilhantina (Grease, 1978), mas não mostrava o que teria acontecido com o casal de protagonistas vividos por Olivia Newton-John e John Travolta. Grease 2 contava a história de um novo casal, agora interpretados por Maxwell Caulfield e a novata Michelle Pfeiffer.

Retornavam ao filme alguns atores do clássico de 78, como Didi Conn, Eddie Deezen, Jeff Conaway e os veteranos Sid Caesar e Eve Arden. Outros veteranos também ingressaram no elenco da continuação, como Connie Stevens e Tab Hunter, vivendo um professor maduro por quem as alunas são apaixonadas. De certa forma, Tab voltava a ser o ídolo das adolescentes.

Christopher McDonald, Tab Hunter e Lorna Luft em Grease 2 - Os Tempos da Brilhantina Voltaram

Dois anos depois Lorna atuou em Em Busca do Prazer (Where the Boys Are, 1984) uma comédia da década de 80, mostrando um grupo de adolescentes na praia, em busca de "muita confusão", como diziam as propagandas da antiga Sessão da Tarde.

Lorna Luft em Em Busca do Prazer
Ao contrártio da irmã Liza, Lorna não teve grandes oportunidades no cinema, e acabou voltando-se para o teatro.

Ela interpretou a Paty Pimentinha em Snoopy!!! The Musical (1983), e contracenou com Farrah Fawcett em Extermities (1983).

Lorna Luft e Farrah Fawcett

Na década de 80 Lorna participou, como convidada, de diversas séries de televisão, atuando no remake de Além da Imaginação (THe Twillight Zone), Galeria do Terror (Tales from the Darkside) e Assassinato Por Escrito (Muder, She Wrote). Também teve um papel fixo, como a enfermeira Libby Kegler, na série Trapper John, M.D. (entre 1985-1986), estrelada por Pernell Roberts, o Adam Cartwright, de Bonanza.
Lorna Luft, a primeira a esqueda em Trapper John, M.D.
Pernell Roberts é o médico careca, ao centro
Na década de 90 retornou a televisão como a prima Susan, em um episódio de The Nanny. Também voltou ao cinema, atuando em Meu Gigante Preferido (My Giant, 1998) e numa participação especial em Studio 54 (Idem, 1998), filme sobre os bastidores da famosa casa noturna de Nova York, que ela costumava frequentar.
Andy Warhol, Lorna Luft, Debbie Harry e Jerry Hall no Studio 54
Nos palcos, atuou nas peças Guys and Dolls (1994), Follies (1996), Mama Rose (2002),  White Christmas (2002), Pack of Lies (2009), entre outras. Em 2008 participou da montagem de Wicked, versão teatral de O Mágico De Oz, um dos grande sucessos cinematográficos de sua mãe, nos palcos londrinos. Lorna interpretou a bruxa má do oeste, papel que havia sido de Margaret Hamilton no clássico de 1939.

Katie Scofield como Dorothy e Lorna Luft em Wicked

Em 2014, junto com os irmãs, compareceu a cerimônia do Oscar, onde foi feita uma homenagem pelo aniversário de 75 anos da estreia de O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939).

Lorna Luft, Joey Luft e Liza Minelli, no Oscar de 2014

Lorna continua cantando e se apresentando nos palcos. Gravou alguns cds e lançou um livro de memórias. Infelizmente, sua saúde está fragilizada. Em 2012 descobriu um câncer de mama, e precisou se submeter a uma cirurgia. Em 2015 a doença retornou, e ela precisou fazer uma nova intervenção cirúrgica. 

Em março de 2018 a atriz sofreu um colapso nos palcos e foi levada as pressas ao hospital, onde foi diagnosticada com um tumor cerebral. Porém, em em setembro do mesmo ano, aparentando estar recuperada, a atriz e cantora compareceu a premiére de Nasce Uma Estrela (A Star is Born, 2018), remake da obra estrelada por sua mãe, agora com a cantora Lady Gaga como protagonista.

Lorna Luft foi retrata na cinebiografia de sua mãe, Judy - Muito Além do Arco-Íris (Judy, 2019).

Lorna Luft e o cantor Barry Manillow na estreia de Nasce Uma Estrela, em 2018


Liza Minelli, Lorna Luft e Judy Garland

Lorna Luft, no camarim, com a mãe

Lorna Luft com seu padrinho Frank Sinatra e sua mãe

Liza Minnelli e Lorna Luft

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