Por Diego Nunes
Com mais de 60 créditos em sua carreira, Kirk Alyn entrou para a história do cinema em 1948 como o primeiro ator a interpretar o Super-Homem (Superman) em um live action.
John Feggo Jr. nasceu em Oxford, Nova Jersey, em 08 de outubro de 1910. Ele começou a atuar ainda criança, como cortista na broadway, e chegou a trabalhar como cantor de Vaudeville.
Ele estreou no cinema no filme de baixo orçamento Fast and Loose (1930), e por muitos anos fez pequenos papéis nas telas, muitas vezes sem nem ao menos receber créditos.
Por quase quinze anos o ator era praticamente um desconhecido em Hollywood, amargando uma carreira de figurante. Foi então que ele conseguiu uma chance no pequeno estúido Republic Pictures, onde estrelou o seréia A Filha de Don Q (Daughter of Don Q, 1946).
Foi também na Republic que o ator teve sua maior chance nas telas, quando o estúido marcou uma reunião com entre ele e representantes da editora DC Comics, famosa por publicar revistas em quadrinhos.
A Republic estava fazendo muito dinheiro com adaptações de quadrinhos para o cinema, e havia comprado os direitos autorais para adaptar Superman em um live action. Kirk Alyn já tinha 37 anos na época, mas possuia um corpo musculoso, e após fazer um teste sem camisa, foi aprovado para o papel.
Ele então gravou 15 episódios de um seriado para o cinema, ode vivia Superman e Clark Kent. Inicialmente, Alyn gravou cenas voando, dependurado por fios, mas o efeito ficou ruim, e quando Superman voava, era inserido uma animação. Coisas da tecnologia da época.
Seriados eram considerados subprodutos na época, e eram exibidos apenas em cinemas menores, porém Superman (1948) fez tanto sucesso, que foi tranformado em um longa metragem, e passou a ter sessões em cinemas maiores.
Ele voltaria a viver o famoso Kriptoniano em O Homem Atômico Contra o Super-Homem (Atom Man vs. Superman, 1950), o primeiro longa-metragem do personagem. Mas em 1951 recusou a viver o Superman novamente, na série de televisão, que acabou sendo estrelada por George Reeves.
Kirk Alyn queria novos papéis e desafios maiores, onde pudesse demonstrar seu talento dramático, construido em anos de atuação no teatro.
Porém, os planos de Alyn foram frustados. Ele ainda estrelaria outros seriados, como O Rei dos Espiões (Radar Patrol vs. Spy King, 1949) e O Falcão Negro (Blackhawk: Fearless Champion of Freedom, 1952), que também era baseado em um personagem dos quadrinhos da DC (hoje um tanto esquecido).
Alyn voltou a trabalhar como figurante, inclusive trabalhando em pequenos papéis na televisão. Mas suas atuações ficaram cada vez mais escassas, e em 1970 ele publicou sua biografia chamada A Job For a Superman (Um trabalho para o Superman).
Por ter sua carreira estagnada, muitos o colocam na lista da "maldição do Superman", uma teoria que fala que os protagonistar do personagem (e seus coadjuvantes) seriam amaldiçoados devido a uma série de tragédias ocorridas ao longo dos anos.
Em 1978 Kirk Alyn e Noel Neill (a primeira Lois Lane), fizeram uma participação especial em Superman: O Filme (Superman: The Movie, 1978), o de interpretaram os pais da jovem Lois Lane.
Ele também atuaria na paródia Superbman: The Other Movie (1981), e participou de muitas conveções dedicadas ao personagem.
Seu último trabalho como ator foi no filme de terror Scalps (1983).
Kirk Alyn foi casado com a atriz Virginia O'Brien, com quem teve três filhos. Ele morreu em 14 de março de 1999, aos 88 anos de idade.
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