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Crítica: A Pequena Sereia (2023)



A Disney vem apostando em remakes de suas animações clássicas, utilizando atores reais, como visto em Alladin, e desta vez foi A Pequena Sereia que ganhou a sua versão Live Action.

A cantora Halle Bailey foi escolhida para dar vida a Ariel, "A Pequena Sereia". A jovem novata em Hollywood recebeu muitas críticas por destoar da imagem eternizada na animação de 1989, tendo inclusive sofrido muitos ataques racistas por parte dos haters.

Em entrevista à Variety, Halle Bailey comentou sobre os ataques racistas que sofreu quando foi anunciada como a Ariel do live-action: “Quero que a garotinha em mim e as garotinhas como eu que estão assistindo saibam que são especiais e que devem ser princesas em todos os sentidos. Não há nenhuma razão pela qual não deveriam ser”, disse Halle revelando o apoio que recebeu de sua família durante todo este processo: “É importante ter uma forte rede de apoio ao seu redor. É difícil carregar o peso do mundo sozinho”.

Mas Halle é um dos elementos mais encantadores do filme. Sua qualidade vocal é indiscutível, e ela imprimiu graça e talento ao dar vida a Ariel, principalmente após a personagem perder sua voz, fazendo com que a atriz expresse com graça toda a emoção necessária apenas com sua postura corporal e expressões faciais.




Vale lembrar que na história original, em 1837, não faz nenhuma menção a características físicas a personagem, que no livro também não tem nome (Ariel foi uma invenção da Disney), e que a primeira atriz a viver A Pequena Sereia em um Live Action foi Shirley Temple, com cabelos loiríssimos, em 1962. (Veja mais sobre isto no vídeo abaixo).

Mas se Halle foi uma escolha acertada, Johah Hauer-King, o príncipe Erick, parece não ter sido a melhor escolha para o papel. O rapaz é bonito, mas falta carisma ao personagem, que ganhou mais tempo de tela do que apresentado na animação clássica da Disney. Falta "um pouco de sal ao príncipe" e as vezes não parece crível que Ariel ficaria tão encantada por um príncipe meio insosso,  ao ponto de abandonar seu reino e sua vida no fundo do mar para ficar com ele.


Johah Hauer-King e Halle Bailey

No elenco ainda, vale a pena destacar a atuação de Melissa McCarthy, que está ótima na pela da vilã Ursula. Melissa está perfeita na pela da icônica vilã da Disney, e emprestou um toque de humor, que lhe é tão característico a personagem. Javier Barden, no papel do Rei Tritão, também da conta do recado.




Sebastião, Linguado e Sabidão, os amigos de Ariel foram feitos através de Computação Gráfica, e receberam feições mais reais, sem traços humanizados, o que pode incomodar um pouco os fãs da animação. Mas não chega a causar a estranheza do live action de Rei Leão.

Os efeitos especiais são um detalhe a parte do filme, que tem um visual muito bonito. As imagens do fundo do mar tem momentos belíssimos, como alguns números musicais com tantas alegorias como os velhos musicais subaquáticos estrelados por Esther Williams.

As cenas em terra firme também tem uma fotografia caprichada, e muito colorida.

Assim como a animação de 1989, o filme tem alguns desfechos acelerados, mesmo com mais de duas horas de duração. Mas o filme encanta, apesar de algumas falhas já citadas.

Provavelmente não tem folego para se tornar um clássico como a versão animada, mas é um filme que agrada, se você conseguir superar as comparações e se permitir a dar uma chance a obra, sem pré-julgamentos.


Veja também: As Adaptações de A Pequena Sereia




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