Últimas Notícias

6/recent/ticker-posts

O sucesso cinematográfico de Roberto Carlos


O cantor e compositor Roberto Carlos é o artista brasileiro solo que mais vendeu álbuns na história da MPB. Com gravações em português, italiano, espanhol, inglês, italiano e francês, Roberto vendeu mais de 140 milhões de disco em sua longa carreira artística.

Mundialmente conhecido, o "Rei" também fez sucesso no cinema, além de emplacar programas na televisão, como seus especiais de final de ano e o lendário programa Jovem Guarda, na TV Record, na década de 1960.



Roberto Carlos Braga nasceu em Cachoeiro do Itapemirim em 19 de abril de 1941. Aos nove anos de idade, cantou pela primeira vez em um programa na Rádio Cachoeiro. Roberto cantou o boleto Amor Y Más Amor, e acabou vencendo a competição de calouros, ganhando balas como seu primeiro pagamento.


Na segunda metade da década de 1950 ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde teve contanto com o rock and roll, influenciado por Elvis Presley, Bill Halley, Little Richard e Chuck Berry. Em 1957, junto com Edson Trindade, José Roberto "China", Wellington Oliveira e Sebastião Maia (o Tim Maia) formou sua primeira banda, Os Sputiniks. No ano seguinte, conheceu Erasmo Carlos, que se tornaria seu grande amigo e parceiro musical. Erasmo era o único músico no Rio de Janeiro que tinha a letra da canção Hound Dog, de Elvis Presley, e foi isto que uniu os "amigos de fé, irmãos camaradas".

Os Sputinicks foram se apresentar no programa A Hora do Rock, na TV Tupi do Rio. O programa era apresentado por Carlos Imperial. E foi Imperial que levou Roberto Carlos para o cinema, antes mesmo de gravar seu primeiro disco (em 1959).

Imperial criou uma banda de rock fictícia, cujo vocalista era Cauby Peixoto, para fazer um número musical na comédia Minha Sogra é da Polícia (1958), que abordava o universo rocabilly. Cauby acabara de voltar de Hollywood, onde fez cinema e lançou-se como cantor de Rock (sendo chamado de O Elvis Brasileiro), e foi acompanhado pelos músicos Augusto César Vanucci, Carlos Imperial, Erasmo Carlos (no sax) e Roberto Carlos (na guitarra). 

Leia mais sobre Cauby Peixoto em Hollywood aqui.

Roberto Carlos em Minha Sogra é da Polícia


 

No mesmo ano Roberto Carlos apareceu em outro filme, Alegria de Viver (1958). Nesta comédia da Atlântida, estrelada por Eliana Macedo, o cantor faz uma pequena ponta de alguns segundos. Foi novamente por intermédio de Imperial (que compôs as canções de Augusto César Vanucci, que interpreta o rebelde sem causa Johnny Guitar no filme) que Roberto fez esta participação, em um raro momento cinematográfico do artista que não envolve música.

Roberto Carlos em Alegria de Viver



A trajetória artística de Roberto Carlos é riquíssima, com uma carreira com várias décadas e louros profissionais. Mas como aqui é um site dedicado ao cinema, vamos registrar a trajetória da artista nas telas.

Ele só retornaria ao cinema, agora como astro, em Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa (1968), onde contracenava com Erasmo Carlos e Wanderléa, os astros da Jovem Guarda.





Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa


No mesmo ano em que  Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa foi lançado, o cantor foi o grande vencedor do aclamado Festival de San Remo, na Itália. Ainda na Itália, Roberto Carlos participou do filme Chimera (1968), estrelado pelo cantor Gianni Morandi.

Roberto aparecia cantando Canzone Per Te, a mesma que cantou no Festival de San Remo

Roberto Carlos em Chimera

Ainda em 1968 estrelou também Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1968).



Em 1971 o cantor faria seu último trabalho no cinema, quando estrelou Roberto Carlos a 300 Quilômetros Por Hora (1971), novamente ao lado de Erasmo Carlos.





Depois Roberto Carlos dedicou-se somente a sua bem sucedida carreira de cantor. Mas ele foi interpretado no cinema por alguns artistas: George Sauma em Tim Maia (2014), Felipe Rocha em Hebe, A Estrela do Brasil (2018) e Gabriel Leone em Minha Fama de Mau (2019).



George Sauma, Felipe Rocha e Gabriel Leone





Veja também: A História de Antônio Marcos


Postar um comentário

2 Comentários

  1. Pelos filmes se nota que José Lewgoy foi o cara que mais lutou para que a carreira musical do Roberto Carlos não entrasse em decadência.

    ResponderExcluir
  2. Mas Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa não é de 1970? A ordem é Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1968), Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa (1970) e Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora (1971). Os três filmes foram dirigidos por Roberto Farias, irmão de Reginaldo Faria (que trabalha no primeiro e no terceiro filmes citados). Abraços.

    ResponderExcluir