Hebe Camargo é mais lembrada como uma das mais famosas apresentadoras da televisão brasileira, porém em sua longa carreira artística, ela também foi uma bem sucedida cantora e atriz eventualmente.
Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani nasceu em Taubaté, em 8 de março de 1929. Filha do maestro Fego Camargo, Hebe iniciou sua carreira como cantora, imitando a cantora Carmen Miranda.
Em 1944 ela ingressou no rádio, integrando o quarteto Do-Ré-Mi-Fá, onde também cantava sua irmã Stella Camargo. Quando o quarteto foi desfeito, Hebe e sua irmã montaram a dupla caipira Rosalinda e Florisbela.
Hebe Camargo e a irmã Stella (Rosalinda e Florisbela), a esquerda da foto
Stella Camargo (1924-2013) posteriormente integraria o trio As Três Meninas, junto com Norma Avian e Lourdinha Pereira (depois o conjunto teve outras formações). Com a prima Helena de Andrade Cardoso e Magda Pereira de Oliveira, Stella também integrou o Trio Itapoãn, mas abandonou a carreira artística após se casar, em 1957.
O Trio Itapoãn
Em carreira solo, Hebe se tornou uma das mais populares cantoras da paulicéia, cantando nas Rádios Tupi e Difusora, as Emissoras Associadas, de Assis Chateubriand.
Hebe Camargo, em 1947
Nas Associadas, Hebe Camargo também estreou no cinema, participando do média-metragem Chuva de Estrelas (1948) e no longa Quase No Céu (1949), ambos dirigidos por Oduvaldo Vianna e produzidos pro Chateubriand.
Quando a TV chegou aos Brasil, em 1950, Hebe foi uma das primeiras estrelas da recém inaugurada TV Tupi. Ela inclusive acompanhou Assis Chateubriand na busca dos equipamentos, no Porto de Santos.
Hebe e Assis Chateubriand, no Porto de Santos
Hebe iria participar do show inaugural da PRF-3 TV Tupi, em 18 de setembro de 1950, mas não apareceu no dia, e Lolita Rodrigues a substituiu no show inaugural, cantando o Hino da Televisão Brasileira. Mas logo ela também ingressaria o casting de estrelas da emissora. Cenas de Hebe cantando, feitas para Chuva de Estrelas, também eram usadas para preencher a programação da primeira emissora de televisão do Brasil.
Hebe Camargo e Ivon Curi em Chuva de Estrelas (1948)
Além de cantar, aos poucos Hebe foi também se tornando apresentadora. Anos mais tarde, seria coroada a "Rainha da Televisão Brasileira".
Em 1952 Hebe migrou para a TV Paulista, passando também a cantar na Rádio Nacional de São Paulo. E foi na TV Paulista que ela passou a se destacar também como apresentadora. Ao lado de Cacilda Lanuza, Maximira Figueiredo, Lourdes Rocha e Wilma Bentivegna apresentou o programa feminino O Mundo é das Mulheres, que estreou em 1955.
Já dedicando-se mais a carreira de apresentadora, passaram pelo seu sofá grandes nomes como Christian Barnard, Amália Rodrigues, Julio Iglesias e Edith Piaf. Ela também entrevistou Jonathan Harris, o Dr. Smith, de Perdidos no Espaço.
Embora consagrada como entrevistadora, ela ainda cantava. Em 1954 foi uma das estrelas dos festejos do Quarto Centenário de São Paulo, e a balada canção Lua Escura (versão brasileira de Dark Moon) foi considerada uma das primeiras gravações de rock do Brasil.
Em 1964 Hebe Camargo se afastou da carreira artística, a pedido do marido Décio Capuano, para cuidar do filho do casal. Ela retornaria a televisão em 1966, já na TV Record. A partir de então passou a cantar cada vez menos, em compensação, seu programa permaneceu por mais de 40 anos no ar.
Na Record, além de apresentar (e cantar eventualmente), Hebe também atuou na novela As Pupilas do Senhor Reitor (1970). Além de Chuva de Estrelas e Quase no Céu, ela já havia aparecido no cinema nos filmes Liana, A Pecadora (1951) e Zé do Periquito (1960), de Mazzaropi.
Hebe Camargo, Triana Romero e Simplício, na TV Tupi
Em 1952 Hebe migrou para a TV Paulista, passando também a cantar na Rádio Nacional de São Paulo. E foi na TV Paulista que ela passou a se destacar também como apresentadora. Ao lado de Cacilda Lanuza, Maximira Figueiredo, Lourdes Rocha e Wilma Bentivegna apresentou o programa feminino O Mundo é das Mulheres, que estreou em 1955.
Hebe Camargo e Walter Foster, na TV Paulista
Lourdes Rocha, Wilma Bentivegna, Hebe Camargo, Cacilda Lanuza e Maximira Figueiredo
Já dedicando-se mais a carreira de apresentadora, passaram pelo seu sofá grandes nomes como Christian Barnard, Amália Rodrigues, Julio Iglesias e Edith Piaf. Ela também entrevistou Jonathan Harris, o Dr. Smith, de Perdidos no Espaço.
Edith Piaf e Hebe Camargo
Silvana Aguiar, Lucho Gatica e Hebe Camargo
Jonathan Harris e Hebe Camargo
Embora consagrada como entrevistadora, ela ainda cantava. Em 1954 foi uma das estrelas dos festejos do Quarto Centenário de São Paulo, e a balada canção Lua Escura (versão brasileira de Dark Moon) foi considerada uma das primeiras gravações de rock do Brasil.
Hebe Camargo em família
Na Record, além de apresentar (e cantar eventualmente), Hebe também atuou na novela As Pupilas do Senhor Reitor (1970). Além de Chuva de Estrelas e Quase no Céu, ela já havia aparecido no cinema nos filmes Liana, A Pecadora (1951) e Zé do Periquito (1960), de Mazzaropi.
Hebe Camargo em Zé do Periquito
Hebe Camargo em As Pupilas do Senhor Reitor
Hebe Camargo cantando músicas de Carmen Miranda,
na TV Record
Em 1974 Hebe retornou a Tupi, mas saiu em 1975, indo para a TV Bandeirantes. Em 1986 ela foi para o SBT, onde permaneceu no ar por 25 anos. Seus últimos programas foram na RedeTV.
Hebe ainda faria outros trabalhos eventuais como atriz, como nos humorísticos Escolinha do Golias e nos especiais Romeu e Julieta, de Dercy Gonçalves. Em 2005 ela retornou ao cinema, interpretando a si mesma, no filme Coisa de Mulher (2005) e interpretou a Rainha Mãe em Xuxa em O Mistério da Feirurinha (2009).
Em 2010 ela anunciou que lutava contra um câncer, e em 29 de setembro de 2012 perdeu a batalha contra a doença, falecendo aos 83 anos de idade. Em homenagem à artista, uma avenida em São Paulo ganhou seu nome, Avenida Hebe Camargo.
Em 2019 a atriz Andréa Beltrão protagonizou a série Hebe - A Estrela do Brasil (2019), que também foi lançada nos cinemas, de forma reduzida a longa metragem.
Hebe ainda faria outros trabalhos eventuais como atriz, como nos humorísticos Escolinha do Golias e nos especiais Romeu e Julieta, de Dercy Gonçalves. Em 2005 ela retornou ao cinema, interpretando a si mesma, no filme Coisa de Mulher (2005) e interpretou a Rainha Mãe em Xuxa em O Mistério da Feirurinha (2009).
Hebe Camargo em Xuxa em O Mistério da Feirurinha
Em 2010 ela anunciou que lutava contra um câncer, e em 29 de setembro de 2012 perdeu a batalha contra a doença, falecendo aos 83 anos de idade. Em homenagem à artista, uma avenida em São Paulo ganhou seu nome, Avenida Hebe Camargo.
Em 2019 a atriz Andréa Beltrão protagonizou a série Hebe - A Estrela do Brasil (2019), que também foi lançada nos cinemas, de forma reduzida a longa metragem.
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2 Comentários
Minha avó sempre assistia a Hebe no SBT. Ela tinha um carisma que cativava o público. Saudades!
ResponderExcluirQuase não a reconheci morena com essas sobrancelhas enormes. Saudades da nossa querida Hebe.
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