A cineasta e fotógrafa belga Agnès Varda, uma das precursoras da novelle vague, faleceu em Paris, aos 90 anos de idade.
Agnès Varda nasceu em Bruxelas em 30 de maio de 1928. Suas fotografias, filmes e instalações abordam questões
referentes à realidade no documentário, ao feminismo e ao comentário
social. Tais temas são comumente tratados através de um estilo que
flerta com a experimentação.
Multipremiada
ao longo de uma carreira iniciada em 1955 com La Pointe-Courte, rodado quando ela tinha 25 anos, e não possuía experiência alguma por trás das
câmeras. O filme apresenta elementos como o radicalismo narrativo e visual que,
posteriormente, tornariam o movimento da novelle vague relevante, embora muitas vezes seja esquecida pelos historiadores do cinema francês.
Sua carreira começou a destacar-se após o sucesso de Cléo das 5 às 7 (Cléo de 5 à 7, 1962), que venceu a Palma de Ouro em Cannes daquele ano. Com uma carreira multipremiada, com mais de 60 anos, sua obra inclui mais de 50 filmes e documentários. Agnès dirigiu filmes como As Duas Faces da Felicidade (Le bonheur, 1965) e Os Renegados (Sans toit ni loi, 1985).
Casada com o cineasta Jacques Demy (até a morte dele em 1990), Agnés recebeu sua primeira indicação ao Oscar pelo documentário Olhares Lugares (Visages villages, 2017), quando tinha 89 anos de idade.
Ela não venceu o prêmio, mas no mesmo ano recebeu um Oscar especial pelo conjunto da obra, tornando-se a primeira (e até o momento única) mulher cineasta a receber tal honraria.
Agnès Varda recebendo seu Oscar das mãos de Angelina Jolie
"A cineasta e artista Agnès Varda morreu na sua casa na noite de
quinta-feira, em consequências de um câncer", anunciou a família em
comunicado.
Agnés Varda faleceu em 28 de março de 2019.
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