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Tito Guízar, de astro em Hollywood a coadjuvante em novelas mexicanas


Conhecido no Brasil pelas novas gerações por ter atuado em muitas novelas mexicanas que fizeram sucesso por aqui, Tito Guízar foi astro latino em Hollywood nas décadas de 1930 e 1940.



Tito Guízar e Orson Welles


Fedrerico Arturo Guizar Tolentono nasceu no mexico, em 08 de abril de 1908, e era de uma família ilustre. Ele era sobrinho do bispo Rafael Guízar Valencia, que foi canonizado pela igreja católica. E era primo do compositor Pepe Guízar, autor da famosa canção Guadalajara, e da atriz Susan Guízar.





Tito e Susana Guízar


Tito estudou canto, e formou-se como cantor lírico, tendo sido aluno inclusive do tenor Tito Schippa. Em 1929 ele se mudou para Nova York, para gravar um disco de canções de Agustín Lara, e fez parte dos primeiros programas de rádio americanos dedicados a música latina.

Ele também cantou óperas no famoso Carnegie Hall, antes de ser convidado para estrear no cinema, no filme Sob o Luar dos Pampas (1935), uma produção Hollywoodiana. No ano seguinte, Tito estreou no cinema mexicano, estrelando o filme Rancho Alegre (1936).

No filme Tito atuava e cantava, passando a ser chamado de Charro Cantante, que era uma versão latina dos cowboys cantores.





Tito logo se tornou um grande astro latino dos primeiros tempos do cinema falado de Hollywood, uma posição alcançada por poucos artistas, como Dolores del Rio, Ramon Novarro, Lupe Velez e José Mojica.

Guízar tornou-se um astro principalmente dos filmes de faroeste, e contracenaria com Roy Rogers, o maior ídolo do gênero, em filmes como Na Velha Senda (1948) e Aconteceu no Sertão (1948).


Roy Rogers e Tito Guízar



Em Hollywood, Tito também atuou em filmes como Folia a Bordo (1938), Feitiço do Trópico (1938), Teatro Flutuante (1939), Bandoleiro Romântico (1939) e Família do Barulho (1941), trabalhando em estúdios como a Paramount e Columbia.

Paralelamente, também atuava no cinema de seu país, tornando-se um dos grandes astros da era de ouro do cinema mexicano.


Tito Guízar no cartaz de O Bandoleiro Romântico, do qual foi protagonista



Em 1944 Tito protagonizou Brasil, um filme americano produzido pela Republic Pictures, onde ele interpretava uma compositor brasileiro.

No filme, que se passava no Brasil, ele cantava diversas músicas brasileiras, e a canção Rio de Janeiro, escrita por Ary Barroso, foi indicada ao Oscar de Melhor Canção Original, fazendo de Barroso o primeiro brasileiro indicado a um Oscar da história.





Tito e a brasileira Aurora Miranda, irmã de Carmen Miranda, contracenavam juntos em um número musical. Roy Rogers também fazia uma participação especial na obra.




Veja mais sobre Brasil (1944) e a indicação de Ary Barroso ao Oscar aqui





Em 1946 ele atuou em outro filme de temática brasileira, Romance no Rio, produzido pela Columbia Pictures. Tito era um astro também no Brasil, onde se apresentou diversas vezes, cantando em casinos, rádios e até na TV Tupi, em 1956.


Ann Miller e Tito Guízar em Romance no Rio


Tito Guízar e Haydée Miranda na TV Tupi (1956)



No final da década de 1950 ele diminuiu os trabalhos, mas continuou atuando e cantando, e em 1994 reinventou sua carreira atuando nas novelas mexicanas. Ele interpretou o avô de Thalia em Marimar (1994), e contracenou com a artista novamente em Maria do Bairro (1995-1996).


Tito Guízar em Marimar


Ele também foi o jardineiro da mansão dos Brachos no grande sucesso A Usurpadora (1998), que contava com outros astros do cinema de outrora, como Libertad Lamarque, Meche Barba e Ninón Sevilla.



Tito Guízar e Libertad Lamarque em A Usurpadora


Tito Guìzar morreu aos 91 anos de idade, em 25 de dezembro de 1999. Na época, ele estava no elenco da novela O Privilégio de Amar (1999).









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