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Helen Morgan, a primeira cantora trágica de Hollywood


Muito antes de nomes como Judy Garland, Billie Holiday e Édith Piaf, houve uma cantora atormentada, que viveu as canções tristes que cantava. E embora hoje um tanto esquecida, Helen Morgan já teve sua breve vida retratada em dois longa-metragens.



Helen Riggins nasceu em 02 de agosto de 1900, em Danville, Illinois. Ela era filha de um pequeno fazendeiro, e teve uma infância muito humilde. Aos 18, mudou-se para Chicago em busca de emprego, e teve diversos trabalhos antes de começar a cantar nos cabarés da cidade. 

Enquanto buscava pela fama, Helen trabalhou como figurante em dois filmes mudos, e as coisas começaram a melhorar em sua carreira quando o empresário Florez Ziegfield a contratou para ser uma de suas coristas, em 1923.

Durante sua ascensão artística, Helen engravidou em 1926, mas optou dar a menina recém nascida para a adoção. No ano seguinte, ela finalmente alcançou o estrelato, quando passou a viver a personagem Julie LaVerne na versão teatral de Show Boat. Helen tornou-se uma estrela, e começou a gravar seus primeiros discos.



Mas a medida que sua carreira prosperava, Helen Morgan também se perdia no alcoolismo. Ela chegou a ser presa por bebedeira em 1927, e dois anos depois, acabaria voltando para a prisão, desta vez por administrar um bar clandestino que vendida bebida alcóolica em plena época da Lei Seca, que proibia a venda de bebidas nos Estados Unidos.

Helen tornou-se uma antítese da Era do Jazz, tornando-se uma das maiores divas da época. Geralmente acompanhada de um pianista, a cantora desenvolveu uma marca registrada, cantar segurando um lenço entre as mãos. O que parecia ser um charme de artista, na verdade uma forma de esconder suas mãos tremulas da bebida e do sistema nervoso abalado.

No auge da fama, Helen Morgan foi convidada para atuar nos primeiros filmes falados de Hollywood, estreando nas telas em Boêmios (Show Boat, 1929). Depois, estrelou Aplausos (Applause, 1929), Glorificação da Beleza (Glorifying the American Girl, 1929) e O Repórter Audacioso (Roadhouse Nights, 1930), além de protagonizar alguns curtas-metragens musicais.






Helen estava no auge, mas estava cada vez mais emocionalmente abalada, ainda mais após seu primeiro casamento ser desfeito. Ela se perdeu completamente no vício, e não conseguia mais se manter em emprego algum. Ela logo perdeu o contrato com os estúdios de cinema, e nenhuma gravadora mais queria lançar seus discos, fazendo com que ela desaparecesse das prateleiras.

Em 1934 ela conseguiu ficar sóbria por um período, e conseguiu um novo papel em Agora És Meu (You Belong to Me, 1934). Depois, atuou em Melodias Radiantes (Sweet Music, 1935), Maria Galante (1935), Casino de Paris (Go Into Your Dance, 1935) e Frankie and Johnnie (1936). Ela também retomou seu papel clássico de Julie LaVerne no remake de Magnólia: O Barco das Ilusões (Show Boat, 1936).

Sua popularidade novamente estava em alta, e ela chegou a ser uma das estrelas retratadas na animação Show do Arvoredo Maluco (The CooCoo Nut Groove, 1936), que reproduzia caricaturas de astros como Katharine Hepburn, Johnny Weissmuller, John Barryome, Mae West, O Gordo e o Magro, Clark Gable, os Irmãos Marx, entre outros.


Helen Morgan em Magnólia: O Barco das Ilusões


Helen Morgan em Show do Arvoredo Maluco


Helen Morgan também conseguiu se redimir com os clubes noturnos, voltando a cantar na noite, com muito sucesso, mas sua redenção havia chegado tarde demais. Ela desmaiou no palco de uma boate em 1941, e foi levada para o hospital, de onde nunca mais saiu.

Em 09 de outubro de 1941 Helen Morgan morreu vítima de cirrose hepática, com apenas 41 anos de idade.





A trágica vida de Helen Morgan foi contada no filme Com Lágrimas na Voz (The Helen Morgan Story, 1957), tendo a atriz Ann Blyth no papel principal. No mesmo ano do lançamento do filme, Polly Bergen viveu a cantora na televisão;


Cartaz de Com Lágrimas na Voz (1957)



Leia também:  A estrela Ann Blyth
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