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Morre o produtor, diretor, roteirista e maestro Cláudio Petraglia, vítima da Covid-19


Morreu no dia 31 de março o produtor, roteirista, diretor, maestro, músico e ator Cláudio Petraglia. Ele tinha 91 anos de idade, e estava internado desde o dia 15 de março, devido a complicações da Covid-19.

Versátil, Petraglia tem uma longa carreira no teatro, cinema e televisão. Ele foi um dos fundadores da TV Cultura, onde criou o programa Vila Séssamo, e foi diretor artístico da TV Cultura. Como diretor cinematográfico, foi assistente de direção do internacional Tarzan e o Menino da Selva (Tarzan and the Jungle Boy, 1968), estrelado por Mike Henry, e diretor assistente de 14 episódios da série Tarzan, estrelada por Ron Ely.

David Nasser e Cláudio Petraglia

Sobrinho do pioneiro das telecomunicações Victor Costa, Petraglia formou-se em administração na Fundação Getúlio Vargas (FGV), mas o amor as artes falou mais alto. Petráglia começou a dirigir teatro em 1956, e em 1957 ingressou na televisão, trabalhando como produtor, roteirista e diretor nas Organizações Victor Costa (OVC), depois chamada TV Paulista.

Na emissora, produziu diversos programas Teledramas, alguns deles baseados em clássicos do cinema, como A Rosa Tatuada, Sindicato de Ladrões e Gilda, que tinha Iara Lins no papel consagrado por Rita Hayworth em Hollywood.

No teatro, compôs músicas para espetáculos importantes da história brasileira, como nas adaptações de Hair e Oh, Que Delícia de Guerra.

No cinema foi roteirista da comédia Vou Te Contá (1958) e assistente de direção de outra produção norte-americana rodada no Brasil, The Gentle Rain (1966). Como compositor, trabalhou com diretores como Luiz Sérgio Person e Glauko Mirko Laurelli, e fez as trilhas sonoras de filmes como São Paulo, Sociedade Anônima (1965), Três Histórias de Amor (1966), Herança Sangrenta (1966) e A Moreninha (1970), filme do qual também foi produtor.

As composições de A Moreninha lhe deram o prêmio Coruja de Ouro de melhor trilha sonora. Ainda no cinema, atuou em Cara a Cara (1969), de Júlio Bressane.


Na televisão, foi apresentador do programa TV Concerto (1967), nos primeiros dias da TV Globo e foi autor das novelas O Pintor e a Florista (1964), na TV Excelsior e de O Mestiço (1965), na TV Tupi. Ele também fez uma participação como ator na novela A Revolta dos Anjos (1972), também na Tupi.

Cláudio Petraglia foi casado com a atriz Cacilda Lanuza, e era tio do ator Ricardo Petraglia.



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