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O ator e dublador José Santa Cruz completa 95 anos de idade


O ator, comediante e dublador José Santa Cruz é um dos artistas brasileiros mais antigos na ativa. No rádio desde a década de 1940, ele atua no cinema e televisão, geralmente nos programas humorísticos, e também é um dos dubladores mais requisitados do país.

Como esquecer o seu personagem Jojoca?

José Santa Cruz Costa nasceu em Picuí, na Paraíba, em 14 de março de 1929. Morando em Campina Grande, o artista começou na Rádio Cariri, em 1948, onde trabalhou como locutor.

O jovem José Santa Cruz

Depois, mudou-se para João Pessoa, onde teve o primeiro contato com o teatro, ainda na escola. E depois de trabalhar na Rádio Tabajara (PB), mudou-se para Recife, onde passou pela Rádio Clube de Pernambuco e Rádio Jornal do Comércio, e foi nesta época que começou a trabalhar também como rádio ator.



No programa Pensão Paraíso (1953-1955), criou o personagem Bombinha, um garoto endiabrado que caiu no gosto popular. Foi o menino Bombinha quem também o levou para a televisão, quando o programa passou a ser exibido pela TV Rádio Clube de Recife, em 1959 (José Santa Cruz já havia feito algumas apresentações na televisão, em 1956, quando fazia uma temporada no Rio de Janeiro, mas não tinha contrato fixo na época).

Sendo um dos artistas que inauguraram a emissora, também atuou em teleteatros, onde contracenou com nomes como Heloísa Helena, Arlete Salles e Lúcio Mauro.


Emanuel Rodrigues, José Santa Cruz (como Bombinha), Torres Filho e Mercedes Del Prado

Lucio Mauro, Arlete Salles e José Santa Cruz

José Santa Cruz já era um artista popular do rádio pernambucano, tendo seu próprio programa e contanto com convidados como Oscarito e Chico Anysio. E foi no rádio que ele criou o seu famoso Jojoca (em 1954), personagem que o acompanhou ao longo de toda a sua carreira.

O sucesso de José Santa Cruz chamou a atenção dos produtores do sudeste. Em 1962 ele foi para São Paulo, contratado pela TV Tupi, e no ano seguinte, iniciou uma bem sucedida carreira na Tupi carioca.

Santa Cruz levou o seu Jojoca para programas como Beco Sem Saída e A E I O Urca, ambos de 1963. E foi em A E I O Urca que surgiu a parceria com o comediante Lúcio Mauro (seu antigo colega da TV Rádio Clube de Recife), que também durou muitos anos.



Lúcio Mauro e José Santa Cruz (1964)

Na Tupi do Rio de Janeiro, trabalhou em programas como Espetáculos Tonelux, Deu a Louca no Mundo, Gira o Mundo Gira O Riso Mora ao LadoOs ComediantesDeu a Louca no Mundo e Riso 40 GrausZé Bonitinho, O Agente Atômico, Balança Mas Não Cai, Café Sem Concerto, Rio Boa Praça, Deu a Louca no Show. Ele também chegou a gravar alguns capítulos da novela Maria Nazaré, que nunca chegou a estrear porque a Tupi acabou saindo do ar.

Na Excelsior, atuou em Pandegolândia e na Bandeirantes fez Os Humoristas.

Pandegolândia


No cinema, estreou no filme Terra Sem Deus (1963), depois fez 007 1/2 no Carnaval (1966), A Espiã Que Entrou em Fria (1967), Os Caras de Pau (1971), Cômicos e Mais Cômicos (1973) e Morte e Vida Severina (1977).

José Santa Cruz em Terra Sem Deus

Em 1971 o ator foi para a Rede Globo, onde passou a fazer diversos programas humorísticos. Também fez a série O Bem Amado (1982).



Após uma breve passagem pela Manchete, foi para o SBT, onde fez o personagem Jojoca na Praça é Nossa, até o ano de 2001. José Santa Cruz contracenava com o humorista Péricles Flaviano (filho do comediante Simplício).


José Santa Cruz e Péricles Flaviano

José Santa Cruz, Jorge Dória, Margot Mello e Carvalhinho

Mauro Lúcio, Agildo Ribeiro e José Santa Cruz
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José Santa Cruz retornou a Globo em 2002, quando entrou para o elenco do Zorra Total (depois chamado apenas de Zorra), onde permaneceu até 2020. Em 2018 também interpretou o Padre Léo em Espelhos da Vida (2018), a única novela de sua carreira. No mesmo ano, retornou ao cinema em O Candidato Honesto 2 (2018), depois ainda atuaria no filme No Gogó do Paulinho (2020) e faria uma participação na série Tõ de Graça (2020).

José Santa Cruz no Zorra Total

José Santa Cruz em Espelhos da Vida

Dublagem

José Santa Cruz foi uma grande voz do rádio, e trabalhou muitas vezes como locutor. Ele chegou a gravar um disco de historias infantis, A Formiguinha Valente, em 1962.



Na dublagem José Santa Cruz entrou em 1973 na Herbert Richers e passou por todos os principais estúdios de dublagem do Rio de Janeiro, entre eles VTI, Delart, Sincrovídeo, Cinevídeo, Áudionews, Áudiocorp, Som de Vera Cruz, Wan Macher, Riosound, entre outros.

Ele dublou o ator Bernard Lee em vários filmes (redublagem) de 007, e também foi a voz de Danny DeVito, Peter Boyle (em O Jovem Frankenstein), Sean Connery (em Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões), Morgan Freeman (em Amistad) e de muitos outros atores.

Em séries de TV é mais conhecido por dublar o Sr. Omar em Todo Mundo Odeia o Cris (com o bordão trágico) e Dino da Silva Sauro (querida cheguei) em Família Dinossauro. Nos desenhos animados, é mais lembrado pela voz do Magneto em X-Men e X-Men Evolution.


Casado desde 1951, o ator teve três filhos (o mais velho, Eduardo Luís, faleceu em 2011).



José Santa Cruz com a esposa e o filho Eduardo Luís, em 1959





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2 Comentários

  1. Nossa...Que voz! Marcou muito minha infância o Dino da "Família Dinossauro". Parabéns :)

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  2. Quem viveu os anos setenta e oitenta, não tem como não lembrar dessa grandiosa voz

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