Por Onde Anda? A Atriz Cristina Aché

Uma das musas brasileiras das décadas de 1970 e 1980, Cristina Aché foi um estrela enssencialmente do cinema brasileiro, embora também tenha atuado em algumas novelas.

Maria Cristina Aché Cardoso nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de julho de 1957. Ela começou sua carreira ainda adolescente, quando foi convidada pelo cineasta Pedro Camargo para atuar no filme Os Primeiros Momentos (1973). Depois, atuou em diversos filmes, fazendo parte do elenco de O Filho do Chefão (1974), Nem os Bruxos Escapam (1975), Deliciosas Traições do Amor (1975), Guerra Conjugal (1975), Quem Tem Medo do Lobisomem? (1975), Padre Cícero (1976), Contos Eróticos (1977) e Chuvas de Verão (1978).

Cláudio Cavalcanti e Cristina Aché em Contos Eróticos

Em 1976 Cristina Aché foi contratada pela Rede Globo, atuando na novela Vejo a Lua no Céu (1976). Na Emissora, também atuaria em Ciranda Cirandinha (1978), Plumas e Paêtes (1980) e o Amor É Nosso (1981), uma novela que foi tão mal de audiência que a Globo destriu as fitas dos capítulos.

Mas apesar de ter atuado em novelas, a atriz prefeiru dedicar-se ao cinema. Em 1979 ela estrelou Amor Bandido (1979), um grande sucesso do cinema nacional. Ela também atuou em Os Sete Gatinhos (1980), O Homem do Pau-Brasil (1982), Aguenta Coração (1984), Noites do Sertão (1984), Areias Escaldantes (1985), Noite (1985) e Estrela Nua (1985).

Ela também atuou em O Judeu, cujas filmagens foram inciadas em 1988, mas devido a inúmeros problemas de produção, só foi lançado em 1995.

Cristina Aché em Estrela Nua

Ainda na década de 1980 atuou em mais duas novelas, Novo Amor (1986) e Pacto de Sangue (1989).

Nos anos 2000 foi para Paris e participou, por três anos, da trupe do Théâtre du Soleil, onde todos os atores fazem de tudo: cozinham, lavam, passam e produzem. Foi no contato com os painéis de seda que constituem os cenários do Théâtre que Cristina reativou seu amor por tecidos e resolveu esticar sua temporada parisiense por mais seis meses, para trabalhar com a artista têxtil Ysabel Maisonneuve. Chegou a colaborar, inclusive, com os figurinos da ópera Fortunio, assinados por Christian Lacroix para a Ópera de Paris.

De volta ao Rio, entre recomeçar na carreira de atriz de tv, a intimidade com a arte shibori falou mais alto, Cristina criou echarpes de sedas e começou a se profissionalizar na área, colocando algumas peças na novela Cordel Encantado (2011).

A dedicação a esse trabalho é tão séria que Cristina comprou um sítio no Vale das Videiras para transformar em atelier – para isso, precisou vender o apartamento espaçoso que tinha no Jardim Botânico.

Como atriz, ainda atuou nos filmes Doces Poderes (1997), MInha Vida em Suas Mãos (2001), Quase Dois Irmãos (2004) e Encarnação do Demônio (2008).

Cristina Aché foi casada com o cineasta Joaquim Pedro de Andrade, e tem um casal de filhos.