Uma das musas do chamado Cinema Novo, Ana Maria Magalhães é um dos nomes mais importantes do cinema brasileiro, tendo atuado em mais de 25 filmes, a partir da década de 60.
Ana Maria Portinho Magalhães nasceu em 21 de janeiro de 1950. Filha de um deputado federal pernambucano, cassado pelo regime militar, Ana Maria estreou como atriz aos 14 anos de idade. Ela era professora de um Jardim de Infância, e chegou a cursar faculdade de filosofia, quando foi convidada para ser manequim.
Descoberta pelo ator Nelson Xavier, que a apresentou para o diretor e ator Cecil Thiré, que a dirigiu em O Diabo Mora no Sangue (1968).
Ana Maria Magalhães em O Diabo Mora no Sangue
Apesar do filme ter sido rodado em 1967, ele só foi lançado no ano seguinte, e o público conheceu Ana Maria por outro trabalho cinematográfico, em Todas As Mulheres do Mundo (1967), de Domingos de Oliveira. No mesmo ano, atuou em Garota de Ipanema (1967).
Em 1967 ela também estreou no teatro profissional, no lendário Grupo Oficina, de Zé Celso Martinez Correa.
No cinema, atuou em filmes importantes como Azyllo Muito Louco (1969), Como Era Gostoso o Meu Francês (1971), Quando o Carnaval Chegar (1972), Uirá - Um Índio a Procura de Deus (1972), Paranóia (1975), Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia (1977) e Os Sete Gatinhos (1977), colecionando diversos prêmios por sua atuação.
Anecy Rocha, Ana Maria Magalhães, Walther Hugo Kouri, Selma Egrei e Antônio Meliande, no Festival de Cinema de Gramado, em 1975
Reginaldo Faria e Ana Maria Magalhães em Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia
Ao lao de Tarcísio Meira, protagonizou A Idade da Terra (1980), do aclamado diretor Glauber Rocha. Também esteve na comédia Os Trapalhões na Serra Pelada (1983).
Ana Maria Magalhães e Tarcísio Meira, em A Idade da Terra
Em 1972 ela estreou na televisão, atuando na novela O Bofe (1972), na Rede Globo. Ela fez poucas novelas, mas atuou em dois marcos da TV Brasileira: Gabriela (1975) e Saramandaia (1976). Ainda atuou em Rosa Baiana (1980), Elas Por Elas (1982) e Top Model (1989).
Marco Nanini e Ana Maria Magalhães em Gabriela
Ary Fontoura, Ana Maria Magalhães e Carlos Gregório em Saramandaia
Em uma entrevista a revista Manchete, em 1971, ela declarou que gostaria de trabalhar como diretora cinematográfica, tendo como inspiração Agnès Varda e Ida Lupino. E seu primeiro trabalho como realizadora foi justamente o documentário Mulheres de Cinema (1977).
Ana Maria Magalhães, diretora de cinema
Ana Maria, apesar de ainda atuar, dedicou-se posteriormente a carreira de diretora. Seu Segundo filme foi o documentário Já Que Ninguém Me Tira Para Dançar (1982), sobre a vida da amiga Leila Diniz. Ela dirigiu diversos documentários e curta-metragens desde então, sendo os mais recentes Reidy, a Contrução da Utopia (2009) e O Brasil de Darcy Ribeiro (2014). Em 2002 também lançou o longa-metragem Lara (2002), sobre a vida de Odele Lara.
Odete Lara e Ana Maria Magalhães
Ainda no ramo da atuação, atuou em O Estranho Caso de Angélica (2010), do aclamado diretor português Manoel de Oliveira. O Filme foi selecionado para a mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes daquele ano.
Em 2021 retornou a direção com o documentário Já Que Ninguém Me Tira Para Dançar (2021), sobre a sua amiga Leila Diniz.
Leila Diniz e Ana Maria Magalhães
Ana Maria Magalhães e Manoel de Oliveira
Ana Maria Magalhães foi casada com os diretores Nelson Pereira dos Santos e Gustavo Dahl, e é mãe de três filhos.
Ana Maria Magalhães e Nina de Pádua, no teatro
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2 Comentários
Foi muito bom saber que essa atriz está bem procurei saber dela porque eu a avisei em um filme dos trabalhos obrigado
ResponderExcluirTambém asistia muitas novelas
ResponderExcluirAmais conhecida que eu asisti foi o bem amado