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A trágédia da atriz Diana Barrymore



Os Barrymore são talvez a maior linhagem de artistas da história do cinema, com dezenas de integrantes,  que vão do lendário John Barrymore até a estrela recente Drew Barrymore. Além de serem uma família numerosa de atores, eles também são conhecidos pelos excessos e bebedeiras, que muitas vezes tiveram um destino trágico, e Diana Barrymore não fugiu desta "tradição".


Diana Barrymore


Diana Blanche Barrymore Blythe nasceu em Nova York, em 03 de março de 1921, e era filha do ator John Barrymore e da poetisa Blance Oelrichs. 

Seus pais se divorciaram quando ela tinha apenas quatro anos de idade, e a partir de então ela praticamente não teve contato com o pai durante a infância e adolescência, passando a vê-lo somente depois de adulta.


Diana Barrymore e John Barrymore


Ainda na adolescência, Diana decidiu estudar atuação, seguindo os passos de sua família, e devido ao seu proeminente sobrenome, logo conseguiu papéis no teatro, que viam na jovem aspirante à atriz uma grande chance de publicidade. Ela inclusive foi capa da famosa revista Life, em 1939.


Diana Barrymore na capa da revista Life

Diana Barrymore estreou no cinema aos 19 anos de idade, fazendo um pequeno papel em Aquela Mulher (Manpower, 1941), na Warner. Mas foi somente em 1942, quando foi contratada pela Universal, que ganhou os holofótes em Hollywood.

Promovida a estrela pelo estúdio, ela foi anunciada como "a personalidade mais sensasiona da nova tela de 1942". No estúdio, ela protagonizou Esquadrão de Águias (Eagle Squadron, 1942), Fruta Cobiçada (Between Us Girls, 1942) e Pesadelo (Nightmare, 1942). Porém, nenhum deles foi muito bem de bilhereria.


Diana Barrymore e Robert Cummings em Fruta Cobiçada


E além de não dar o retorno financeiro esperado, logo Diana começou a ter sérios problemas com a bebida, chegando atrasada e esquecendo os textos, fazendo com que a Universal perdesse um pouco de interesse pela nova contratada.

Suas bebedeiras apareciam na imprensa, e a publicidade negativa foi fazendo sua carreira entrar em um declínio muito rápido. A situação da atriz piorou ainda mais em maio de 1942 quando seu pai faleceu, fazendo com que a atriz entrasse em profunda depressão, o que a levou a beber ainda mais.

Diana tentou o suícidio diversas vezes, e passava longos períodos internada em clínicas de reabilitação. 

Ainda sob contrato, a Universal a colocou em um papel coadjuvante em Frontier Badmen (1943), um filme de baixo orçamento, que praticamente não recebeu divulgação. Depois, ela ainda faria Esposa de Conveniência (Fired Wife, 1943) e Amazonas dos Ares (Ladies Courageous, 1944).


Diana Barrymore e Loretta Young em Amazonas dos Ares

Demitida da Universal, a atriz só conseguiu uma pequena figuração em Um Sonho em Hollywood (Hollywood Canteen, 1944), na Warner.

Diana Barrymore então, só aparecia na mídia quando estava envolvida em algum escândalo e estava completamente falida. Quando sua mãe morreu, em 1950, ela estava na miséria, tendo torrado toda a fortuna deixada pela sua família.

Em 1949 ela recebeu uma nova oportunidade, quando foi convidada para apresentar o The Diana Barrymore Show, que viria ser o primeiro talk show da história da televisão. Porém, apesar dos esforços da emissora em produzir o programa, no dia da primeira gravação, a atriz não compareceu, e o programa foi cancelado.

Depois de três casamentos ruins com homens viciados e às vezes abusivos, em 1955 Barrymore foi hospitalizada por quase um ano inteiro de tratamento.


Diana Barrymore no Hospital, em 1955 (com 34 anos de idade)


Em 1957, ela publicou sua autobiografia, Too Much, Too Soon ("demais, tão rápido", na tradução), com ajuda e incentivo do ghostwriter Gerold Frank. Durante uma entrevista, para promover o livro, Diana declarou "hoje eu não bebi! Espero num futuro próximo ou num futuro distante poder beber como uma pessoa normal, mas não creio que seja possível".


Errol Flynn lendo o livro de Diana Barrymore


O filme foi adaptado para o cinema, e no Brasil recebeu o nome de O Gosto Amargo da Glória (Too Much, Too Son, 1958), e teve a atriz Dorothy Malone interpretando Diana Barrymore.


Dorothy Malone em O Gosto Amargo da Glória


Barrymore foi casado três vezes em oito anos. O primeiro foi para o ator Bramwell Fletcher , que era 17 anos mais velho que ela. Certa vez, ainda na Universal, ela correu atrás do marido dentro do estúdio para agredi-lo.

Então ela se casou com John Howard, um tenista, que era violento, que além de agredi-la também a apresentou a drogas além do alcóol. Os dois chegaram a serem presos por dirigerem embriagados.

Seu último casamento foi com o ator Robert Wilcox, outro beberrão famoso de Hollywood . O casamento com Wilcox terminou em junho de 1955, quando ele morreu de ataque cardíaco aos 45 anos, enquanto viajava de trem.

Em 25 de janeiro de 1960 a atriz foi encontrada morta em seu quarto, com apenas 38 anos de idade. Ela estava nua na cama, cercada por fotografias de sua família e retratos dos seus tempos de glória em Hollywood. Haviam muitas garrafas vazias e babiturícos pelo quarto, mas a autópsia concluíu que ela não morreu de overdose.

A causa de sua morte foi considerada inconclusiva. 





O escritor Tennense Williams, que era seu amigo pessoal, entretato, afirmava que ela havia sido assassinada. Segundo Williams, “tinha sangue escorrendo da boca e que havia um pesado cinzeiro de mármore quebrado contra a parede e outras evidências de luta”.

seu irmão, Robin May Thomas, que era filho de sua mãe com diplomata Robert Moorehead Thomas, cometeu suícidio em 1944, com apenas 28 anos de idade.

Ela também era irmã do ator John Drew Barrymore, filho de seu pai com a atriz Dolores Costello. John Drew também lutou a vida inteira contra o alcolismo, e era pai da atriz Drew Barrymore, sobrinha de Diana.







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