Hollywood tem diversos casos de nepotismo, onde filhos dos astros do cinema também se tornaram atores, como Angelina Jolie, que é filha do ator Jon Voight. Mas também há casos onde os rebentos não conquistaram a mesma fama que seus genitores, e muitas vezes também tiveram vidas tão curtas como foram as suas carreira, como Charles Chaplin Jr. ou John Drew Barrymore.
Morto aos 40 anos de idade, Harold Lloyd Jr. foi outro caso de um filho trágico de Hollywood.
Quando Harold Clayton Lloyd Jr. nasceu, em 25 de janeiro de 1931, seu pai, o ator Harold Lloyd ainda gozava de grande fama, alcançada nos tempos do cinema mudo, onde havia sido um dos cômicos mais famosos do cinema.
Sua mãe, a atriz Mildred Davis, havia atuado em diversos filmes de seu pai.
Harold Lloyd Jr. cresceu na sombra dos pais famosos, e aos 20 anos de idade, também se tornou ator, estreando no cinema em um pequeno papel no filme Vida de Minha Vida (1950). Três anos depois, em um pequeno estúdio, protagonizou o drama policial The Flaming Urge (1953).
Mas a sua carreira em Hollywood não emplacou, o ele conseguia papéis com longos intervalos de tempo entre eles, retornando ao cinema somente dois anos depois, em A Yank in Ermine (1955), além de aparecer eventualmente em alguns programas de televisão.
Lloyd Jr. era alcóolatra desde muito jovem, o que fez com quem os estúdios o descartassem. Além disto, ele era homossexual, e se sentia muito culpado devido a sua orientação sexual, o que lhe afligia uma forte depressão. Contrariando a mentalidade da época, seu pai aceitava o filho como ele era, mas também acreditava que sua sexualidade estava relacionada a ausência paterna durante a infância do garoto.
Na década de 1950, ser gay era considerado crime nos Estados Unidos, fazendo com que as pessoas frequentassem bares clandestinos, que muitas vezes eram lugares perigosos. Certa vez, Harold Lloyd Jr. foi gravemente espancado por um homem que foi em um desses bares, se fazendo passar por homossexual, apenas para achar uma vítima e agredi-lo. O jovem ator precisou ficar internado, e quase morreu.
Para esconder sua sexualidade da sociedade, ele teve relacionamentos de fachadas com a atriz Marina Cisternas e com a socialite Irene Barrelet DeRicou, apesar de seu "segredo" ser amplamente conhecido nos bastidores de Hollywood.
No cinema, atuou ainda no terror A Filha de Frankenstein (1958) e em Garotas Sem Lar (1959), onde contracenou com filhos de outros astros do cinema, Charles Caplin Jr. (que tinha o mesmo nome que o pai), e James Mitchum (filho do ator Robert Mitchum).
Lloyd Jr. também era cantor, e conseguiu alguns trabalhos como crooner em boates de Los Angeles, além de ter gravado um disco.
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