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Por Onde Anda? A Atriz Jacqueline Bisset





Uma das mais belas e talentosas atrizes inglesas de sua geração, Jacqueline Bisset brilhou nas telas de cinema, sendo uma das musas da década de 1960 e 1970. Com uma vasta carreira, ela ainda esta em plena atividade.




Winifeed Jacqueline Fraser Bisset nasceu em Weybridge, Inglaterra, em 13 de setembro de 1944. Sua mãe lhe deu uma educação tradicional, e matriculou a filha em uma escola francesa, em Londres. Bisset teve aulas de balé quando criança, e começou a estudar atuação quando começou a trabalhar como modelo, ainda adolescente, para sustentar a família, já que seu pai havia os abandonado e sua mãe sofria de esclerose múltipla.

E foi como modelo que ela conseguiu seu primeiro trabalho no cinema, enfeitando as telas de A Bossa da Conquista (The Knack ... and How to Get It, 1965), de Richard Lester. Bisset nem foi creditada por este trabalho.

Em seu filme seguinte, Armadilha do Destino (Cul-de-sac, 1966), de Roman Polanski, ela já teve um papel melhor, mas seu primeiro destaque nas telas foi em Um Caminho Para Dois (Two for the Road, 1967), onde interpretou uma mulher por quem Albert Finney está interessado.


Albert Finney e Jacqueline Bisset em Um Caminho Para Dois

A atriz agradou aos produtores por este trabalho, e acabou sendo contratada pela Fox, que a escalou como a Miss Godthighs na sátira não oficial de James Bond Cassino Royale (1967). Depois o estúdio a colocou em seu primeiro papel principal, contracenando com o então desconhecido James Brolin em Quando Os Espiões Atacam (The Cape Town Affair, 1967).

Em 1968 ela atingiu o estrelado quando foi chamada para substituir Mia Farrow em A Lei é Para Todos (The Detective, 1968), ao lado de Frank Sinatra.


Frank Sinatra e Jacqueline Bisset em A Lei é Para Todos

No mesmo ano ela co-estrelou com Michael Sarrazin, então seu namorado na época, o filme A Praia dos Desejos (The Sweet Ride, 1968), que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de atriz revelação. Sua consagração, entretanto veio como a namorada de Steve McQueen no grande sucesso Bullit (Idem, 1968), que ficou entre os cinco filmes mais vistos daquele ano.


Jacqueline Bissett e Steve Mcqueen em Bullitt

Ela encerrou a década de 1960 atuando em Pela Primeira Vez... Sem Pijamas (The First Time, 1969) e A Doce Promessa (Secret World, 1969), onde aparecia com os cabelos loiros.



Jacqueline Bisset em Doce Promessa


Em 1970 ela foi uma das muitas estrelas do filme catástrofe Aeroporto (Airport, 1970), interpretando uma aeromoça grávida. O filme fez um enorme sucesso, e lhe garantiu a permanência entre o primeiro time de Hollywood.


Dean Martin e Jacqueline Bisset em Aeroporto


Bisset foi a estrela de Sede de Pecar (The Grasshopper, 1970), que foi um fracasso de bilheteria, mas se redimiu junto ao público com o sucesso Balada Para Satã (The Mephisto Waltz, 1971), ao lado de Alan Alda. A atriz voltou a contracenar com Michael Sarrazin em Believe in Me (1971), onde ganhou boas críticas como uma mulher viciada em drogas. Também esteve na comédia Quando a Mulher Quer... (Stand Up and Be Counted, 1972).

Mas seu maior sucesso no período foi como a filha de Paul Newman em Roy Bean - O Homem da Lei! (The Life and Times of Judge Roy Bean, 1972).


Jacqueline Bisset em  Roy Bean - O Homem da Lei!


Em 1973 a atriz Charlotte Rampling engravidou durante as filmagens de O Ladrão Que Veio Jantar (The Thief Who Came to Dinner, 1973) e coube a Bisset terminar o filme, ao lado do galã da época Ryan O'Neal.



Jacqueline Bisset e Ryan O'Neal em O Ladrão Que Veio Jantar


A atriz então foi para à França, onde estrelou A Noite Americana (La Nuit Américaine, 1973), de François Truffant. O filme venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e fez Bisset ganhar o respeito de críticos e cinéfilos.



Jacqueline Bisset em  A Noite Americana


Na Europa, ela fez O Magnífico (Le Magnifique, 1973), ao lado de Jean-Paul Belmondo, que fez muito sucesso na França. Na Inglaterra, foi uma das muitas estrelas de Assassinato no Expresso Oriente (Murder on the Orient Express, 1974) e estrelou The Spiral Staircase (1975).


Jacqueline Bisset e Lauren Bacall em Assassinato no Expresso Oriente


Ainda na Europa, contracenou com Jon Voight em Aposta Final (End of the Game, 1975). Voigh era casado na época com a atriz Marcheline Bertrand, de quem Bisset se tornou uma grande amiga. Marcheline convidou a atriz para ser madrinha de sua filha recém nascida, a futura atriz Angelina Jolie.



Marcheline Bertrand, Maximilian Schell, Jacqueline Bisset e o bebê Angelina Jolie


Jacqueline ainda faria A Mulher de Domingo (La DOnna Della Domenica, 1975) na Itália, onde contracenou com Marcello Mastroianni e depois voltou para Hollywood. Lá, estrelou ao lado de Charles Bronson o policial Cinco Dias de Conspiração (St. Ives, 1976).



Charles Bronson e Jacqueline Bisset em Cinco Dias de Conspiração


Em 1977 o filme O Fundo do Mar (The Deep, 1977) fez muita publicidade usando a imagem de Bisset com uma camiseta branca em uma cena subaquática. O apelo sensual, da então chamada "a atriz de cinema mais bonita de todos os tempo", como disse a revista Newsweek, fez o filme ser um grande campeão de bilheteria. O sucesso de O Fundo do Mar popularizou os concursos de "camiseta molhada", e fez o filme Segredos Íntimos (Secrets, 1971) ser relançado nos cinemas. Ele é a única produção feito pela atriz com cenas mais quentes.



Jacqueline Bisset em O Fundo do Mar


Em 1978 a atriz recebeu outra indicação ao Globo de Ouro pela comédia Quem Está Matando os Grandes Chefes? (Who is Killing the Great Chefs of Europe?, 1978), e estrelou O Magnata Grego (The Greek Tycoon, 1978), ao lado de Anthony Quinn. O filme era inspirado no relacionamento de Aristóteles Onassis e Jacqueline Kennedy. Depois Jacqueline voltou para à Europa, filmando Amo nom Amo (1979), na Itália, ao lado de Terence Stamp e Maximilian Schell.



Jacqueline Bisset e Anthony Quinn em O Magnata Grego


Jacqueline Bisset começou a década de 1980 como uma das poucas atrizes que ganhava mais de 1 milhão de dólares por filme, recebendo este cachê por trabalhos como O Dia em Que o Mundo Acabou (When Time Ran Out, 1980) e Inchon (1981). Mas ambos os trabalhos foram grandes fracassos de bilheteria.



Jacqueline Bisset em Inchon


Mais popular foi a comédia Ricas e Famosas (Rich and Famous, 1981), de George Cuckor, que ela fez ao lado de Candice Bergen. Bisset também foi a produtora do filme.



Candice Bergen e Jacqueline Bisset em Ricas e Famosas


Em Uma Questão de Classe (Class, 1983), um de seus papéis mais famosos, ela assumiu o papel de mulher madura, que tinha um caso com o colega de quarto de seu filho. No ano seguinte, recebeu sua terceira indicação ao Globo de Ouro, como atriz coadjuvante agora, por seu trabalho em À Sombra do Vulcão (Under the Volcano, 1984), dirigido pelo veterano John Huston.



Andrew McCarthy e Jacqueline Bisset em Uma Questão de Classe


Para a televisão, ela viveu Anna Karenina (1985), em um telefilme ao lado de Christopher Reeve, e fez Escândalos em Família (Choices, 1986), um drama sobre o aborto. Ela também interpretou Joséphine de Beauharnais na minissérie Napoleon and Josephine: A Love Story (1987), ao lado de Armand Assante.



Jacqueline Bisset e Christopher Reeve em Anna Karenina


Na França, fez La Maison de Jade (1988) e nos Estados Unidos ainda esteve na comédia Luta de Classes em Beverly Hills (Scenes from the Class Strunggle in Beverly Hills, 1989) e foi a chefe de Carré Otis no erótico e polêmico Orquídea Selvagem (Wild Orchid, 1989).


Jacqueline Bisset e Carré Otis em Orquídea Selvagem

A partir dos anos de 1990 Jacqueline Bisset esteve em diversos projetos em vários continentes. Ela buscou trabalhos mais desafiadores como atriz, embora isto tenha feito ela ficar um pouco fora de evidência, por priorizar obras menos comerciais.

Dirigida por Mario Monicelli esteve em Rossini! Rossini! (1991), sobre a vida do compositor italiano Gioachino Rossini, e fez a minissérie Hoffman's Honger (1993), na Holanda. Na França, atuou em Les Marmottes (1993) e na Austrália fez Relações Criminosas (Crimebroker, 1993), ao lado de Masaya Kato, uma das maiores estrelas do Japão. De volta aos Estados Unidos, atuou em Vidas Partidas (Leave of Absence, 1994).

Em 1995 ela foi indicada ao Prêmio César, pelo francês Mulheres Diabólicas (La Cérémonie, 1995), de Claude Chabrol.


Jacqueline Bisset em Mulheres Diabólicas


Em 1999 ela atuou em duas grandes produções da televisão. Jacqueline Bisset viveu a Virgem Maria em na minissérie Jesus, A Maior História de Todos Os Tempos (Jesus, 1999) e foi Isabelle d'Arc em Joana D'Arc (Joan of Arc, 1999), que lhe valeu uma indicação ao prêmio Emmy. No mesmo ano, fez o independente A Morte se Veste de Negro (Let the Devil Wear Black, 1999).



Jacqueline Bisset em Jesus


Em 2000 ela retornou ao gênero bíblico interpretando Sarah, a esposa de Abrahão, na minissérie No Ínicio (In the Beginning, 2000). E estrelou o independente The Sleepy Time Gal (2001), que recebeu boas críticas, embora não tenha conseguido grande distribuição comercial.

Na TV, interpretou Jacqueline Kenedy na minissérie America's Prince: The John F. Kennedy Jr. Story (2003). Também fez participações em séries como Ally McBeal, Lei e Ordem (Law & Order: Special Victims Unit) e Estética (Nip/Tuck), onde teve um papel semi regular.



Jacqueline Bisset em America's Prince: The John F. Kennedy Jr. Story


Jacqueline Bisset em Nip/Tuck


Em 2005 a atriz atuou em Domino, a Caçadora de Recompensas (Domino, 2005), uma biografia de Domino Stone, filha do ator Laurence Harvey com a modelo Paulene Stone, que se tornou caçadora de recompensas. Jacqueline interpretava Paulene (rebatizada na obra de Sophie Wynn), uma modelo com quem Jacqueline havia trabalhado no começo de sua carreira.



Jacqueline Bisset em Domino, a Caçadora de Recompensas 


Também atuou em filmes como No Balanço do Amor 2 (Save the Last Dsance 2, 2006), Tormentos (Carolina Moon, 2007), e Death of Love (2008), onde ela interpretou uma sobrevivente do Holocausto, trabalho que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Boston.

No mesmo ano de 2008, estrelou An Old Fashioned Thanksgiving (2008), feito para o canal a cabo Hallmark Channel, papel que lhe valeu uma indicação ao Satellite Award de Melhor Atriz.

Bisset retomou o papel na sequência do filme, feita em 2010.


Jacqueline Bisset em Death of Love



Em 2010 ela recebeu a Insígnia da Legião de Honra da França, entregue pelo presidente Nicolas Sarkozy, que a chamou de "um ícone do cinema". Na ocasião, a atriz Olivia de Havilland também foi homenageada pelo presidente francês.



Olivia de Havilland e Jacqueline Bisset, em 2010



Jacqueline Bisset ainda participou da série Rizzoli & Isles (2011-2012) e da mini série inglesa Dancing on the Edge (2013), que lhe rendeu seu primeiro Globo de Ouro, embora já tivesse sido indicada anteriormente. Na ocasião, ela relembrou que havia sido indicada pela primeira vez em 1968.






Ela também interpretou a esposa de Gérard Depardieu em Bem Vindo a Nova York (Welcome to New York, 2014), e esteve em filmes como Já Estou Com Saudades (Miss You Already, 2015), 9/11 (Idem, 2017), O Amante Duplo (L'Amant Double, 2018), Asher (2018), Traição para Incitantes (Backstabbing for Begginers, 2018) e Segredos e Despedidas (Blue Night, 2018). Também teve um papel recorrente na série Conterpart: Mundo Paralelo (Counterpart, 2017).

Seus trabalhos mais recentes são os filmes Birds of Paradise (2021), da Amazon, e está rodando Sol Y Sombra, na França.


Jacqueline Bisset em Sol Y Sombra




Jacqueline Bisset e Gérard Depardieu em Bem Vindo a Nova York

Jacqueline Bisset no Brasil, com Jô Soares, em 2014


Jacqueline Bisset nunca se casou, nem teve filhos, mas teve relacionamentos longos com o ator Michael Sarrazin, o magnata Victor Drai, o dançarino russo Alexander Gudonov, o ator suíço Vincent Perez e o instrutor de artes marciais Emin Boztepe.

Ela tem uma bela amizade com sua afilhada, Angelina Jolie.


Jacqueline Bisset e Angelina Jolie

Jacqueline Bisset atualmente







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1 Comentários

  1. Jackie, a musa da geração baby boomers, a minha, rsrs, linda, chique e talentosa!!! Very Nice

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