Morreu no dia 20 de agosto a atriz e dubladora espanhola Matilde Vilariño, aos 97 anos de idade. Matilde foi uma das maiores rádio atrizes da Espanha, e também dublou diversos filmes, especializando em fazer vozes infantis.
Em 1955 ela foi escolhida para dublar o menino Pablito Calvo em Marcelino Pão e Vinho (Marcelino Pan y Vino), um dos filmes mais famosos do cinema espanhol, e que fez um enorme sucesso mundial.
Pablito Calvo foi escolhido por Ladislao Vajda para viver o doce menino Marcelino após o diretor testar milhares de crianças através de um concurso realizado no país. A expressividade de Pablito impressionou o diretor, mas durante as filmagens a sua falta de experiência obrigou Vajda a dublar seu personagem, e coube a Matilde Vilariño emprestar sua voz para Marcelino.
Algumas publicações anunciaram que a atriz faleceu aos 100 anos de idade, porém a informação é incorreta. Aos 14 anos de idade, Matilde Fernández Vilariño estreou no cinema atuando no filme D. Floripondio (1939), e claramente ela não tinha 18 anos de idade na película.
Este foi o único filme em que Matilde apareceu diante das câmeras. Posteriormente ela dedicou-se ao rádio, onde fez a voz do menino Periquín no infantil Matilde, Perico y Periquín, que ficou 15 anos no ar (1955-1971). Vilariño tornou-se uma grande estrela do rádio espanhol, onde atuou por mais de 70 anos.
E embora nunca mais tenha aparecido em frente às câmeras, Matilde Vilariño dublou diversos filmes, sempre fazendo vozes infantis, até 1981. Ela emprestou sua voz para Pablito Calvo em todos os filmes que ele fez enquanto criança. Matilde dublou 5 dos 8 filmes do ator, encerrando a parceria após o filme Juanito (Idem, 1960).
Ela também era a verdadeira dona da voz vista nos filmes de Angelito e Lolo Garcia, outros meninos atores do cinema espanhol. Matilde também dublou, entre outros, a menina Joëlle Rivero no filme Marisol no Rio (Marisol Rumbo ao Rio, 1963) e era a voz espanhola de Ann Gillis, estrela mirim de Hollywood, além de dublar diversas animações.
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