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A bela e talentosa Julie Christie


Julie Christie, eternizada como a Lara em Dr. Jivago (Doctor Zhivago, 1965), é uma talentosa e premiada atriz de origem britânica, que encantou o mundo com sua beleza e talento. Em 1995 ela foi eleita pela revista Empire como uma das 100 mulheres mais bonitas da história do cinema.


Julie Frances Christie nasceu em Chabua, na Índia, quando esta era uma colônia britânica, em 14 de abril de 1940. Após o divórcio de seus pais, ela mudou-se com sua mãe, que era pintora, para o País de Gales.

Foi na escola que Christie começou a atuar em produções amadoras estudantis e mais tarde ela frequentou uma escola profissional para atores.

Julie começou a atuar na televisão inglesa em 1957 e em 1962 chegou a fazer teste para viver a Bond Girl Honey Rider em O Satânico Dr. No (Dr. No, 1962), mas perdeu o papel para Ursula Andress, que ficou eternizada por este filme.

Ainda em 1962 ela estreou no cinema, atuando na comédia Agarra que é ladrão! (Crooks Anonymous, 1962). Em seguida atuou em outro filme cômico, A Garota dos Meus Pecados (The Fast Lady, 1963), ambos dirigidos por Ken Annakin.

Mas o sucesso só veio quando ela foi escalada pelo diretor John Schlesinger para atuar em O Mundo Fabuloso de Billy Liar (Billy Liar, 1963), que lhe valeu uma indicação ao prêmio Bafta, o mais importante do cinema inglês.

 Tom Courtenay e Julie Christie em O Mundo Fabuloso de Billy Liar

Após atuar em O Rebelde Sonhador (Young Cassidy, 1965), Julie Christie voltou a trabalhar com Schlesinger em Darling - A Que Amou Demais (Darling, 1965). Originalmente o filme foi oferecido a Shirley MacLaine, que recusou o papel de prostituta, que acabou dando a Christie um Oscar de Melhor Atriz.

 Julie Christie em Darling - A Que Amou Demais

Ainda em 1965 ela atuou em um de seus filmes mais famosos,  Dr. Jivago (Doctor Zhivago, 1965), onde interpretou a doce Lara. Originalmente Christie recusou o papel diversas vezes, mas acabou aceitando devido a insistência do diretor David Lean.

Ao lado de Omar Sharif e Geraldine Chaplin, ela protagonizou Dr. Jivago, que é até hoje um dos filmes mais bem sucedidos nas bilheterias da história do cinema. 


Julie Christie e Omar Sharif em Dr. Jivago


Com uma carreira relativamente curta, mas já consagrada, ela seguiu atuando em filmes importantes como Fahrenheit 451 (Idem, 1966), de François Truffaut e Longe Deste Insensato Mundo (Far from the Madding Crowd, 1967), novamente dirigida por John Schlesinger.

Em  Longe Deste Insensato Mundo ela contracenou com os atores Alan Bates e Terence Stamp, com quem teve um longo relacionamento.

Terence Stamp e Julie Christie em Longe Deste Insensato Mundo

Apesar do sucesso, ela recusava roteiros de super produções comerciais, e atuou em poucos filmes na década de 60, aparecendo ainda em Petúlia, um Demônio de Mulher (Petulia, 1968) e À Procura do Meu Homem (In Search of Gregory, 1969).

Julie recusou papéis em filmes importantes como A Noite dos Desesperados (They Shoot Horses, Don't They?, 1969), que deu uma incação ao Oscar a Jane Fonda e Ana dos Mil Dias (Anne of the Thousand Days, 1969), que deu uma indicação ao mesmo prêmio a atriz Geneviève Bujold. Também recusou os papéis principais em O Vale das Bonecas (Valley of the Dolls, 1967), O Bebê de Rosemary (Rosemary's Baby, 1968) e O Poderso Chefão (The Godfather, 1972).

Na década de 70 ela atuou ainda em menos filmes, atuando em O Mensageiro (The Go-Between, 1971), Inverno de Sangue em Veneza (Don't Look Now, 1973) e Geração Proteus (Demon Seed, 1977). Amiga do diretor Robert Altman, ela atuou em dois filmes do diretor no período, Onde os Homens São Homens (McCabe & Mrs. Miller, 1971) e Nashville (Idem, 1975). Por seu desempenho em Onde os Homens São Homens ela recebeu sua segunda indicação ao Oscar.


Julie Christie em Onde os Homens São Homens


Em Onde os Homens São Homens ela contracenou pela primeira vez com o ator Warren Beatty, com quem teve um longo namoro, inciado em 1967. Apesar de nunca terem se casado, eles viveram juntos até 1974.

Com Beatty ela ainda atuou em Shampoo (Idem, 1975) e O Céu Pode Esperar (Heaven Can Wait, 1978), este último dirigido pelo ator. Julie havia recusado-se atuar em Shampoo, por considerar o filme machista, e ela era uma feminista muito ativa, mas por causa do namoro com Warren Beatty acabou aceitando o papel.

 Julie Christie e Warren Beatty em Shampoo

A atriz também trabalhou pouco na década de 80, aparecendo em filmes como Memórias de Uma Sobrevivente (Memoirs of a Survivor, 1981), O Retorno do Soldado (The Return of the Soldier, 1982), Verão Vermelho (Heat and Dust, 1983) e Os Donos do Poder (Power, 1986). Além de atuar em algumas produções européias.

Semi-aposentada, passou a escolher a dedo os filmes em que atuaria, sempre buscando grandes papéis. Ela aceitou viver Gertrude, a mãe do príncipe da Dinamarca em Hamlet (Idem, 1996), de Kenneth Brannagah e foi novamente indicada ao Oscar por seu trabalho no independente O Despertar do Desejo (Afterglow, 1997).



Julie Christie em O Despertar do Desejo

Em 2004 ela surpreendeu o mundo cinematográfico ao aceitar atuar em duas grandes super produções, Tróia (Troy, 2004) e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Harry Potter and the Prisoner of Azkaban, 2004). No mesmo ano, ainda atuou em Em Busca da Terra do Nunca (Finding Neverland, 2004), que fez um grande sucesso comercial e lhe valeu outra indicação ao Bafta.

 Julie Christie, no centro, em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban 

Christie seguiu atuando em filmes independentes, e após a insistência de sua amiga Sarah Polley, aceitou interpretar uma mulher que sofre de mal de alzheimer em Longe Dela (Away from Her, 2008), que lhe rendeu diversos prêmios importantes e de prestígio, como o Screen Actors Guild de Melhor Atriz e o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama, e tornou-a franca favorita ao Oscar, mas acabou perdendo para a francesa Marion Cotillard

 Julie Christie no tapete vermelho do Oscar, em 2008
Em 2011 ela interpretou a avó da Chapéuzinho Vermelho em A Garota da Capa Vermelha (Red Riding Hood, 2011) e no ano seguinte atuou ao lado do veterano Robert Redford em Sem Proteção (The Company You Keep, 2012).

 Julie Christie em A Garota da Capa Vermelha

Até o momento, seu último trabalho no cinema foi como a narradora do filme A Livraria (The Bookshop, 2017).

Atualmente Julie Christie divide seu tempo em apoiar diversas causas, como a luta pelos direitos das mulheres, a proteção animal e do meio ambiente e já se declarou contra as armas nucleares, além se ser extremamente ativa em uma campanha de solidariedade à Palestina.  

 Julie Christie, atualmente

Veja também: Biografia de Omar Shariff



Leia também: O grande Alan Bates


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4 Comentários

  1. Fora de série em todos os sentidos

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  2. Julie Christie é maravilhosa, mas Terence Stamp é um lixo sendo o que o pior filme da carreira dele além dos péssimos e ultrapassados Superman 1 e 2 é o infame e execrável Priscilla, A Rainha Do Deserto. Assisti essa verdadeira e inútil montanha de excremento homossexual e australiana no cinema no ano de 1994 na companhia do meu finado pai Luíz Pinto Da Silva quando eu tinha apenas dezoito anos de idade e me decepcionei completamente com ela pois não era nada do que eu esperava. Vale somente por sua esplêndida e impecável trilha sonora com destaque especial para a excelente e inesquecível canção I Love The Nightlife escrita e interpretada originalmente pela loura, lindíssima, escultural e estonteante cantora e compositora americana da década de setenta do século vinte Alicia Bridges ainda belíssima e sensacional ao extremo até os dias de hoje como sempre.

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