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A trajetória de Shirley MacLaine: Conheça a história da icônica atriz de Hollywood



Dona de uma longa e premiada carreira, Shirley MacLaine é considerada uma das maiores estrelas de Hollywood. Reconhecida pelo seu talento e versatilidade, MacLaine vai do drama a comédia com maestria, o que lhe rendeu diversos prêmios ao longo dos anos. Além de atriz, ela também é reconhecida pelo seu lado místico, que fez de Shirley MacLaine também uma autora bem sucedida de livros sobre espiritualidade. 

Ela é irmã do ator Warren Beatty, mas curiosamente eles nunca contracenaram no cinema.



Shirley MacLean Beaty nasceu em Richmond, Virginia, em 24 de abril de 1934. O nome Shirley foi dado em homenagem a atriz Shirley Temple.

Sua mãe era professora de teatro, o que influenciou as escolhas dos irmãos famosos. Porém, o primeiro contato de Shirley MacLaine com a vida artística foi quando ela começou a fazer balé, aos seis anos de idade. Ela era uma menina com uma musculatura muito fraca e sem muita coordenação motora, e sua mãe achou que a dança faria bem ao seu desenvolvimento. A escola só tinha alunas meninas, e Shirley se oferecia para fazer os papéis masculinos, o que desenvolveu seu talento artístico.

Na escola, ela também foi a única menina a jogar beisebol, em um time onde só meninos jogavam. ela se destacou no esporte, e bateu o recorde de home runs de seu time.


Shirley MacLaine e o irmão Warren Beatty

No último ano do ensino médio, MacLaine mudou-se para Nova York, em busca de papéis na Broadway. Ela conseguiu emprego incialmente como corista, e mais tarde conseguiu ser escalada para ser a substituta de Carol Haney em The Pajama Game (1954). Carol torceu o tornozelo, e precisou deixar o elenco da peça, e Shirley MacLaine pode assumir o papel.

Durante uma apresentação, ela chamou a atenção do produtor Hal B. Wallis, que lhe ofereceu um contrato na Paramount Pictures. Ela estreou no cinema em O Terceiro Tiro (1955), de Alfred Hitchcock.


Alfred Hitchcock dirigindo John Forsythe e Shirley MacLaine em O Terceiro Tiro

O filme rendeu a MacLaine o Globo de Ouro de Atriz Revelação. Em seguida ela contracenou com Jerry Lewis e Dean Martin em Artistas e Modelos (1955) e em A Volta ao Mundo Em 80 Dias (1956), que ganhou o Oscar de Melhor Filme. O sucesso de ambas as produções fez com a atriz se torna-se uma grande estrela, com pouco tempo de carreira.

Em 1957 seu irmão Warren Beatty estrearia nos cinemas.

Shirley MacLaine, Dean Martin e Jerry Lewis em Artistas e Modelos


Shirley MacLaine e David Niven em A Volta ao Mundo em 80 Dias



MacLaine atuou então em O Irresistível Forasteiro (1958), Quando Vem a Tormenta (1958), A Mercadora da Felicidade (1958), e Deus Sabe o Quanto Amei (1958). Por este último trabalho, ela recebeu a sua primeira (de seis) indicação ao Oscar, e a firmou no time de grandes estrelas de Hollywood de sua época.


Frank Sinatra e Shirley MacLaine em Deus Sabe o Quanto Amei


Mas a atriz, apesar de elogiada pela crítica, também foi escalada para filmes como Calvário da Glória (1959) e Elas Querem É Casar (1959), mas em 1959 Shirley MacLaine processou o produtor Hall B. Wallis por quebra de contrato. Estre processo é considerado um dos marcos do fim do sistema de grandes contratos dos estúdios. 


A decisão ousada da atriz de enfrentar o sistema de Hollywood poderia ter encerrado a sua carreira, porém Billy Wilder fez questão de ter MacLaine como estrela de Se Meu Apartamento Falasse (1960), ao lado de Jack Lemmon.



Shirley MacLaine e Jack Lemmon em Se Meu Apartamento Falasse


O filme fez um enorme sucesso, e foi indicado a dez Oscars, ganhando prêmios importantes como Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original. MacLaine foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, e era considerada pelos críticos como a favorita ao prêmio, mas quem levou foi Elizabeth Taylor. Taylor estava gravemente doente, e a imprensa especulava que talvez ela não sobreviveria, e os membros da academia acabaram votando em peso em Elizabeth.

Em 1960 ela ainda atuou em Can-Can (1960) e fez uma participação especial em Onze Homens e Um Segredo (1960). Nesta época, Shirley atuava em filmes de grandes sucessos, e outros menos expressivos, como A Dama da Madrugada (1961) e Dois Amores (1961).

E 1961, ao lado de Audrey Hepburn, MacLaine chocou Hollywood ao aceitar o ousado papel em Infâmia (1961), filme baseado em um livro de Lillian Hellman. A obra insinuava um romance homossexual entre as personagens das atrizes.


Audrey Hepburn e Shirley MacLaine em Infâmia


Em 1963 Shirley assumiu o papel que seria de Marilyn Monroe em Irma La Douce (1963), de Billy Wilder. Por esta atuação, recebeu uma nova indicação ao Oscar. Ela também herdou o papel de Marilyn (que morreu em 1962) na comédia A Senhora e Seus Maridos (1964).



Jack Lemmon e Shirley MacLaine em Irma la Douce



Na década de 1960 Shirley destacou-se em comédias, atuando nos filmes Minha Doce Gueixa (1962), Dois na Gangorra (1962), A Senhora e Seus Maridos (1964), O Rolls-Royce Amarelo (1964), O Harém das Encrencas (1965), Como Possuir Lissu (1966), Sete Vezes Mulher (1967) e Um Marido de Reserva (1968).


Shirley MacLaine e Gene Kelly em A Senhora e Seus Maridos


Em 1969 ela estrelou o musical Charity, Meu Amor (1969), onde pode mostrar todo o seu talento de dançarina. O filme não fez tanto sucesso como se imaginava, mas foi o suficiente para lançar a carreira de Bob Fosse, até então um respeitado coreógrafo, como diretor. Pouco tempo depois ele dirigiria o clássico Cabaret (1972).

Shirley MacLaine, Chita Rivera e Paula Kelly em Charity, Meu Amor


Em 1970 o diretor Don Siegel a escalou para atuar em Os Abutres Tem Fome (1970), onde ela contracenou com Clint Eastwood. O filme mostrou MacLaine com uma imagem diferente, mais rústica, ao contrário da imagem de estrela glamurosa de Hollywood.


 
Shirley MacLaine e Clint Eastwood em Os Abutres Tem Fome


Mas a década de 1970 viu ruim o sistema dos grande estúdios, e uma nova geração de cineastas revolucionou a produção cinematográfica, que agora precisa competir com o grande poder da televisão.

Shirley sentiu a mudança da indústria, e viu os papéis diminuírem drasticamente em comparação aos tempos em que era contrata por um estúdio, onde chegava a fazer cinco filmes por ano.

Em busca de emprego, ela recorreu a televisão, onde estrelou o sitcom Shirley's World (1971-1972), que durou apenas 17 episódios.






Na década de 1970 Shirley MacLaine fez poucos filmes, mas fez uma série de show, como cantora, pelo mundo. Ela também dirigiu, junto com Claudia Well, o documentário The Other Half of the Sky: A China Memoir (1975), sobre a vida das mulheres chinesas. O filme concorreu ao Oscar de melhor documentário.

Essas viagens pelo mundo fizeram a atriz a conhecer outras culturas e religiões, e ela acabou estudando muito sobre espiritualidade, desenvolvendo seu lado místico.

No cinema, atuou em Possuídos Pelo Mal (1972) e Momento de Decisão (1977), que lhe valeu mais uma indicação ao Oscar.


Shirley MacLaine e Anne Bancroft em Momento de Decisão


Neste período, a atriz fez somente mais um filme, o belo Muito Além do Jadim (1979), ao lado de Peter Sellers. O filme foi aclamado pela crítica, e apesar de Shirley não ter sido indicada ao Oscar, ela recebeu um Bafta e uma indicação ao Globo de Ouro por sua atuação.



Shirley MacLaine e Peter Sellers em Muito Além do Jardim


Na década de 1980 ela atuou em Troca de Esposas (1980), e depois fez Amantes em Família (1980) e Laços de Ternura (1983). Em ambos, ela teve problemas com seus colegas de elenco, Anthony Hopkins e Debra Winger, respectivamente.

As brigas com os atores tornou-se pública.


Shirley MacLaine Anthony Hopkins em Amantes em Família


Amantes em Família foi um fracasso de crítica, mas Laços de Ternura tornou-se um dos maiores sucesso da época, conquistando a segunda melhor bilheteria do ano. Shirley interpretava a mãe de Debra Winger.

As duas brigaram muito nos bastidores, e a gritaria entre elas era constante, porém nas telas elas emocionaram o público contracenando juntas. Shirley foi novamente indicada ao Oscar, e finalmente levou a estatueta para casa. E em seu discurso de agradecimento, alfinetou Debra Winger.



Debra Winger e Shirley MacLaine em Laços de Ternura


Na década de 1980 Shirley publicou sua biografia, Dançando na Luz, onde contava muito sobre suas experiências místicas. O livro bateu recordes de venda. Seu livro Minhas Vidas foi adaptado para a televisão, e virou uma minissérie, com o mesmo nome, em 1987, tento a estrela interpretando a si mesma.

MacLaine ainda atuou em Um rally Muito Louco (1984) e em Madame Sousatzka (1988), e retornou ao dramalhão em Flores de Aço (1989), onde interpretou a vizinha de Julia Roberts. Novamente o filme fez um enorme sucesso.

O filme rendeu outro Bafta a atriz.


Elenco de Flores de Aço


Shirley MacLaine atuou muito na década de 1990, atuando em filmes como Fantasmas Endiabrados (1990), Lembranças de Hollywood (1990), Um Visto Para o Céu (1991), Romance de Outono (1992), Recordações (1993), O Guarda-Costas e a Primeira Dama (1994), Valda da Vida (1995), Amor Por Acidente (1996), E Um Sorriso Como o Seu (1997).

Ela também repetiu o papel de Laços de Ternura no filme O Entardecer de Uma Estrela (1996).



Shirley MacLaine e Nicholas Cage no cartaz de O Guarda-Costas e a Primeira Dama


Em 2000 ela estreou como diretora de Bruno (2000), no qual também atuou.

Em 2001 Carrie Fisher escreveu o roteiro de As Damas de Hollywood (2001), uma comédia sobre grandes estrelas do cinema de outrora, agora já maduras. Fisher reuniu na obra Elizabeth Taylor e sua mãe, Debbie Fisher, que haviam sido grandes amigas, mas estava brigadas desde a década de 1950. No elenco da obra ainda a atriz Joan Collins, que havia sido uma espécie de rival de Taylor nas telas, na década de 1950. Shirley MacLaine completava o elenco de veteranas.



Debbie Reynolds, Shirley MacLaine, Elizabeth Taylor e Joan Collins em As Damas de Hollywood


Em 2005 a atriz esteve ótima no papel de Endora, na versão cinematográfica de A Feiticeira (2005). O filme, entretanto foi um grande fracasso de crítica e público. MacLaine também esteve ótima como Coco Chanell em um filme biográfico, feito em 2008. Por este trabalho foi indicada ao prêmio Emmy.



Nicole Kidman e Shirley MacLaine em A Feiticeira


Neste período, atuou também em As Bruxas de Salém (2002), Carolina (2003), Em Seu Lugar (2005), Dizem Por Aí... (2005), Um Amor Por Toda a Vida (2007), Indas e Vindas do Amor (2010), Bernie: Quase Um Anjo (2011), e A Vida Secreta de Walter e Mindy (2013). Shirley MacLaine também participou de séries como Glee e Dowtow Abby.


Shirley MacLaine em Downton Abby



Ao lado de Christopher Plummer, atuou no tocante Elsa e Fred: Um Amor de Paixão (2014). Depois, ainda atuou em filmes como A Última Palavra (2017), A Pequena Sereia (2018), Noelle (2019) e na série Only Murders in the Bulding (2022).


Shirley MacLaine em A Pequena Sereia



Shirley MacLaine em Only Murders in the Bulding



Shirley MacLaine foi casada com o produtor steven Parker, e tem uma filha Sachi Parker, que também é atriz.




Shierley MacLaine e o irmão Warren Beatty




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