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A bela e breve Marília Branco, uma estrela brasileira no cinema italiano



Por Diego Nunes

O cinema italiano contou com a presença de alguns atores brasileiros, como Anthony Steffen, Florinda Bolkan, Celso Faria, Esmeralda de Barros e Norma Benguell. E a bela Marília Branco também foi um destes artistas que brilho nas telonas italianas, além de ter sido casada com o lendário ator e diretor Adolfo Celi.


Marília Branco e Gianni Combi, em fotonovela italiana, traduzida para o Brasil

Marília Branco nasceu no Rio de Janeiro em 02 de dezembro de 1942. Ela começou sua carreira como modelo, e chegou a ser manequim do famoso costureiro Dener. Ela também trabalhou como modelo contratada da revista Cláudia.

Com aspirações de ser atriz, ela matriculou-se no curso de atuação do lendário Adolfo Celi, um importante ator e diretor italiano, que estava radicado no Brasil há alguns anos. Pouco tempo depois, ela se casaria com Celi.

Na época, o matrimônio causou escândalo, porque ela era 20 anos mais nova que o seu professor de atuação e agora marido, e Adolfo Celi havia deixado sua antiga esposa, Tônia Carrero, para ficar com Marília.


Casamento de Marília Branco e Adolfo Celi


Celi então começou a dirigir o longa Marafa (1963), uma superprodução estrelada por Marília Branco, que ainda tinha os atores Jardell Filho, Agildo Ribeiro e Glauce Rocha no elenco. Mas o filme nunca foi concluído, e sua produção coincidiu com o divórcio de Branco e Celi, que se separaram em 1963. No ano seguinte, o diretor voltou para à Itália.


Glauce Rocha e Marília Branco em Marafa


 No mesmo ano Marília atuou na peça Boeing, Boeing, que fez um enorme sucesso. Ela também atuaria em outra produção bem-sucedida chamada Perda Irreparável (1965), que chegou a ser encenada em Portugal.


Ilka Soares, Jardel Filho, Marília Branco, Eva Wilma, John Herbet e Carminha Brandão, os astros de Boeing, Boeing


Marília Branco, Henriette Morienaeu, Ziembinski e José Augusto em Perda Irreparável


Em 1967 Marília atuou em El Justiceiro (1967), seu primeiro trabalho no cinema que foi concluído. No filme ela contracenava com o ator Arduíno Colassanti, com quem tinha um relacionamento. Arduíno é o pai de sua filha, a também modelo Daniela Colassanti.


Um ano depois, foi a estrela de Anuska, Manequim e Mulher (1968), onde ela era a protagonista.




Ainda em 1968 Marília Branco precisou ir para à Itália, dar entrada no processo de anulação de seu casamento com Adolfo Celi. Por lá, retomou sua carreira nas passarelas, trabalhando como modelo.

Marília também trabalhou em algumas fotonovelas, e acabou recebendo um convite para atuar no cinema italiano, estreando no país em A Noite da Vergonha (Vegogna Schifosi, 1968).


Marília Branco no cartaz de A Noite da Vergonha


Na Itália ela ainda atuaria em Il Sorriso del Ragno (1971), Mazzabubú... Quante Corna Quaggù? (1971) e Per Amore o Per Forza (1971), tendo contracenado com astros como Michelle Mércier, Roberto Bissaco, Leopoldo Trieste e Gabrielli Tinti.



Marília Branco em Per Amore o Per Forza 


De volta ao Brasil, atuou em O Rebu (1974), a única telenovela em que trabalho. Marília Branco interpretava a princesa Olympia Boncompagni, e este acabou sendo seu último trabalho como atriz.


Isabel Tereza, Buza Ferraz e Marília Branco em O Rebu

Marília Branco em O Rebu


Afastada da mídia, Marília Branco morreu em 23 de agosto de 1985, com apenas 43 anos de idade. A causa de sua morte nunca foi revelada, mas algumas fontes indicam que a atriz teria morrido após sofrer um ataque cardíaco.







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