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Relembrando a irreverente e saudosa Mara Manzan





Por Diego Nunes

Sempre lembrada pelo seu jeito alegre e irreverente, Mara Manzan nos deixou muito cedo, mas seu sorriso largo e sua graça estarão sempre na memória de quem acompanhou sua carreira.  Ela também é responsável por eternizar o bordão "cada mergulho é um flash".



Mara Virgínia Manzan nasceu em São Paulo, em 28 de maio de 1952. Aos 17 anos de idade ela foi assistir a uma peça do Teatro Oficina, e acabou fazendo amizade com os integrantes da companhia, passando a fazer diversas atividades nos bastidores, por diversão.

A carreira de atriz surgiu por acaso, quando precisou substituir as pressas uma atriz que havia faltado. Mara também foi artista circense, trabalhando como engolidora de fogo, e em 1993, durante a primeira turnê da cantora Madonna ao Brasil, Mara Manzan apareceu pela primeira vez na grande mídia ao fazer um número de pirofagia, de topless, em frente ao hotel onde a diva do pop estava hospedada.

Ela também já havia invadido a Corrida de São Silvestre, fazendo o mesmo número.


Mara Manzan fazendo número pirofágico em frente ao hotel de Madonna, em 1993

O começo da carreira de Manzan foi modesto, tento inclusive trabalhado como animadora de carnaval em Juazeiro do Norte. Na TV, estreou fazendo um pequeno papel na novela Cara a Cara (1979), na TV Bandeirantes.

Mara Manzan também teve pequenos papéis no cinema, atuando nos filmes Bonecas da Noite (1982) e Transa Brutal (1984). Mas foi somente na década de 1990 que ela começaria a ficar conhecida do grande público.

Ela fez pequenas participações em Perigosas Peruas (1992) e Mulheres de Areia (1993), mas seu primeiro papel importante foi como a Edméia na novela A Viagem (1994), onde fazia uma pirofagista.


Lucinha Lins e Mara Manzan em A Viagem

Depois ela viveria a empregada Sexta-Feira na novela Salsa e Merengue (1996), seu primeiro personagem cômico na televisão. Também participou da minissérie Hilda Furacão (1998) e da novela Pecado Capital (1998).


Mara Manzan em Salsa e Merengue

Em 1999 a atriz fez uma breve passagem pelo SBT, onde participou da terceira temporada do seriado Ô Coitado!, estrelado por Gorete Milagres. Depois, retornou a Globo, onde atuou em Terra Nostra (1999) e viveu a Odete em o Clone (2001), que talvez tenha sido o maior sucesso de sua carreira.


Mara Manzan em Ô Coitado!


Em O Clone ela vivia uma suburbana que fazia de tudo para transformar a filha em uma celebridade, e frequentava o Piscinão de Ramos, onde "cada mergulho era um flash". Sua filha era vivida pela atriz Juliana Paes.


Elisângela, Solange Couto e Mara Manzan em O Clone


Mara Manzan e Juliana Paes em O Clone


Em 2003 a atriz interpretou a personagem Tetéia na terceira temporada de Sítio do Picapau Amarelo, e no mesmo ano fez uma participação na novela Kubanacan (2003).


Dhu Moraes e Mara Manzan em Sítio do Picapau Amarelo


Mara ainda atuaria em Da Cor do Pecado (2004), Senhora do Destino (2004), e voltaria a trabalhar em uma novela de Glória Perez (a autora de O Clone) em América (2005). Depois, viveu a empregada Marilene, que vivia brigando com a patroa, interpretada por Marília Pêra em Cobras & Lagartos (2006).


Mara Manzan e Marília Pêra em Cobras & Lagartos


Em 2007 a atriz participou do quadro Dança dos Famosos, exibido no programa Domingão do Faustão, e no mesmo ano gravou Duas Caras (2007). Na época em que gravava a novela, Mara Manzan descobriu que estava com câncer no pulmão.

Na época, ela precisou deixar a novela para fazer o seu tratamento, e fez uma despedida emocionada da personagem.




A amiga Glória Perez ainda lhe deu um papel na novela Caminho das Índias (2009), que acabou sendo seu último trabalho na televisão. Mara Manzan não concluiu a obra, pois faleceu em 13 de novembro de 2009, com apenas 57 anos de idade.



Mara Manzan em Caminho das Índias


No cinema, a atriz também atuou em De Cara Limpa (2000), Herman (2003), Sambando nas Brasas, Morô? (2007), Sexo Com Amor? (2008) e também no documentário De Mãos Dadas (2009).


Mara Manzan em Sambando nas Brasas, Morô?


A atriz foi casada com o músico Ruffino Lomba Neto, com quem teve uma filha, a também atriz Tatiana Manzan Marques.






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