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Relembrado o ator Rildo Gonçalves


Rildo Gonçalves foi um prolifico ator nos primeiros tempos da televisão brasileira, geralmente escalado para viver vilões nas telenovelas da TV Tupi.



Rildo dos Santos Gonçalves nasceu em Recife, em 04 de abril de 1930. Filho de uma família pobre, Rildo deixou a escola cedo para trabalhar, mas, como ele dizia, "a vida foi sua escola". Adolescente, ele já se apresentava em produções amadoras e cantava nas igrejas e emissoras de rádio do nordeste. Como ator, teve sua primeira chance nos palcos em um teatro na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Buscando a vida artística, mudou-se para a então Capital Federal, o Rio de Janeiro, para estudar interpretação.

Após cursar o Conservatório Nacional de Teatro, ingressou no Teatro do Estudante dirigido por Pascoal Carlos Magno.

Estreou na televisão no Rio de Janeiro, passando pela TV Rio, TV Continental e Tupi, onde estrelou mais de 200 teleteatros.


Laura Cardoso e Rildo Gonçalves em teleteatro


Na televisão, participou de inúmeras novelas, estreando em Terror nas Trevas (1963). Estrelou ao lado de Ana Rosa a novela Alma Cigana (1964), na TV Tupi. Atuou em novelas importantes como A Outra (1965), Teresa (1965), Somos Todos Irmãos (1966), Simplesmente Maria (1970), Hospital (1971), As Divinas... e Maravilhosas (1973), Ídolo de Pano (1974), O Profeta (1977) e em Como Salvar Meu Casamento (1979), novela que ficou inacabada quando a Tupi saiu do ar.


Ana Rosa e Rildo Gonçalves em Alma Cigana 

Rildo Gonçalves e Lisa Negri em A Outra


Adriano Reyes, Rildo Gonçalves e Yara Lins em Ídolo de Pano


Rildo foi diretor da Divisão de teleteatro da Tupi, e em apoio aos colegas que estavam com salários atrasados devido a falência da emissora, aderiu à greve dos artistas, o que prejudicou sua carreira. Sofrendo boicote e respondendo judicialmente por ser um dos organizadores da greve, em pleno regime militar, passou a ser persona non grata na televisão brasileira.

Decepcionado com a represália, voltou a estudar e realizou um sonho antigo, tornar-se advogado. Título que obteve aos 40 anos de idade. Tornou-se então um importante advogado criminal e posteriormente um respeitado criminalista.

No cinema, atuou em seis filmes, estreando em Massagista de Madame (1958), chanchada de Victor Lima com CostinhaZé Trindade e Renata Fronzi. Também atuou nos filmes Pistoleiro Bossa Nova (1959), As Testemunhas Não Condenam (1962), A Desforra (1967), Uma Pistola para Djeca (1969) e Os Amores de um Cafona (1971). Em 1987 estrelou o filme Bachianas Brasileiras: Meu Nome É Villa-Lobos (1979), uma co-produção entre o Brasil e a Alemanha.

Após muitos anos afastado da vida artística, voltou a atuar na novela Pérola Negra (1998), exibida pelo SBT.

Rildo Gonçalves e Aída Campos em Massagista de Madame


Rildo Gonçalves faleceu em 14 de novembro de 2017, vítima de um AVC, aos 87 anos de idade.


Rildo Gonçalves nos estúdios da Rádio Metodista, em 2017



Veja também: Entrevista com Miriam Simone, uma pioneira da televisão brasileira





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