Muitos artistas sofreram para se moldar aos padrões exigidos por Hollywood, abrindo mão de aspectos pessoais e até mesmo renegando seus sentimentos mais profundos. Já Frances Farmer foi obrigada a fazer muitas coisas com as quais ela não concordava, de um modo violento e abusivo, que abalariam sua vida e saúde mental para sempre.
Frances Elena Farmer nasceu em Seattle, em 19 de setembro de 1913. Quando ela tinha apenas quatro anos de idade, seus pais se separaram, e sua mãe mudou com os filhos para Los Angeles, onde uma tia de Frances morava.
Mas pouco tempo depois, Lillian, sua mãe, percebeu que não conseguiria cuidar dos filhos pequenos e trabalhar ao mesmo tempo, para conseguir se sustentar. Ela então colocou as crianças em um trem, para irem morarem com o pai em Seatlle.
Essa vida doméstica instável teve um efeito marcante na vida de Farmer. "De certa forma, aquela viagem de trem representou o fim de minha infância, eu comecei a entender que havia certas coisas que se podia esperar dos adultos, e outras que ninguém poderia esperar..." escreveu a atriz em suas memórias.
Após um ano morando com os pais, a casa de Lilian pegou fogo, e ela se viu obrigada a voltar para Seatlle, voltando a residir com os filhos e o ex marido Ernest, embora continuassem separados. Lilian permaneceu na casa até 1929, quando mudou-se para Bremerton, em Washington. Seus filhos permaneceram com o pai.
Em 1931, quando cursava o último ano do ensino médio, Frances Farmer ganhou um concurso literário estudantil com um polêmico ensaio chamado "God Dies". Inspirado nas leituras de Nietzsche, sua redação era uma tentativa precoce de se reconciliar com um "superpai" Deus, em um mundo caótico e sem Deus. Frances afirma que não era ateia, mas que não sentia a presença de deus em sua vida.
Após terminar o ensino médio, ela foi para a Universidade de Washington, onde se formou em jornalismo. Para poder pagar mensalidade, ela trabalhou como arrumadeira, garçonete e operária em uma fábrica de sabão. E enquanto estava na Universidade, começou a atuar em algumas produções teatrais universitárias, recebendo boas críticas da imprensa local.
Farmer arrumou um emprego como jornalista, passando a escrever crônicas cotidianas para algumas revistas. Uma destas crônicas rendeu a futura atriz um prêmio que consistia em uma viagem à União Soviética, em 1935, para conhecer o Teatro de Arte de Moscou. A mãe de Frances fez forte objeções para que a filha não viajasse, mas a jovem aceitou o prêmio.
Considerada uma celebridade local, Frances Farmer agora, além de ser chamada de ateia, também era vista como comunista. Cansada de ser alvo dos comentários de sua cidade natal, ela foi morar em Nova York após regressar da União Soviética.
Frances Farmer começou a atuar no teatro em Nova York, e lá conheceu um agente de talentos, que a indicou para um teste nos Estúdios Paramount. Incialmente, ela não queria fazer cinema, mas foi convencida pela mãe a aceitar o teste. Lillian, quando morou em Los Angeles, tentou em vão se tornar uma estrela em Hollywood.
Frances Farmer assinou um contrato de 7 anos com a Paramont no dia que completou 22 anos de idade. Ela então se mudou para Los Angeles e foi submetida a uma cirurgia dentária, para corrigir a lacuna entre seus dentes.
Ela estreou no cinema como protagonista de Privados do Lar (Too Many Parents, 1936), um filme de baixo orçamento feito pelo estúdio para testar sua nova contratada. O filme fez um grande sucesso nas bilheterias.
Com poucos meses no estúdio, ela se casou com o ator Leif Erickson, seu colega de Paramount. A atriz foi escalada para protagonizar o drama Patrulha Aérea (Border Flight, 1936), que também foi muito bem recebido.
A atriz então foi escalada para fazer par romântico com o astro Bing Crosby em O Último Romântico (Rhythm on The Range, 1936), seu primeiro filme de grande orçamento. O filme recebeu boas críticas, e projetou o nome de Frances Farmer ao estrelato. Adolph Zuckor, o diretor do estúdio ligou para a atriz e disse que agora que ela era uma estrela, deveria se portar como uma. Mas Farmer era resistente, ela não frequentava festas em Hollywood, não gostava da imprensa e nem de comparecer em pré-estreias ou eventos promocionais. Ela preferia ficar em casa na companhia de seu marido, longe dos holofotes. A Paramount então tentou criar uma campanha publicitária dizendo que a atriz era uma estrela excêntrica que não queria ir para Hollywood.
Emprestada para Samuel Goldwyn, Frances começou a rodar Meu Filho é Meu Rival (Come and Get It, 1936). O filme era originalmente dirigido por Howard Hawks, que foi demitido no meio das filmagens, e substituído por William Wyler. Frances ficou revoltada com a situação, e deu entrevistas criticando a produção do filme. Wyler declarou que Farmer "era insuportável", enquanto Hawks disse que ela "era a atriz mais talentosa com quem já havia trabalhado".
Goldwyn decidiu fazer a estreia do filme em Seattle, terra natal da atriz. No evento, ela quase não falou com a imprensa, e ela ganhou a fama de ser uma atriz fria e indiferente. Mas o filme recebeu boas críticas, e rendeu a Frances Farmer comparações com Greta Garbo.
Em 1927, na RKO, ela estrelou Ídolo de Nova York (The Toat of New York, 1937), ao lado de Cary Grant. Frances ficou insatisfeita com as mudanças no roteiro, pois originalmente iria interpretar uma mulher forte e um tanto megera, mas durante as filmagens sua personagem virou uma mocinha ingênua e delicada. Ele brigou com o diretor Rowland V. Lee, e novamente falou mal do filme em entrevistas. Insatisfeita com sua carreira, ela tentou ter mais controle sobre sua vida e começou a recusar-se a fazer publicidade glamourizando sua vida privada.
Após dois anos em Hollywood, a atriz não estava satisfeita com o sistema dos estúdios, e querendo se firmar como uma atriz séria, retornou ao teatro, em Nova York. Ela chamou a atenção do dramaturgo Clifford Odets, que a escalou para atuar na peça Golden Boy (1937), que não foi bem recebida pela crítica, mas a fama de Farmer no cinema garantiu um sucesso de bilheteria.
Farmer e Odets tiveram um caso, mas o autor era casado com a atriz Luise Rainer e não lhe ofereceu nenhum compromisso. Mais tarde, ele a demitiu da peça, contratando uma nova atriz substituta, que se ofereceu para pagar as despesas da produção que iria se apresentar em Londres. Frances se sentiu traída e usada para chamar o público, e retornou a Hollywood desiludida e com sintomas de depressão.
A Paramount a aceitou de volta, mas a escalou para um filme menor, Sangue de Cossaco (Ride a Crocked Mile, 1938), o primeiro que ela fez ao lado do marido Leif Erickson.
Em 1939 ela voltou ao teatro, dirigida por Elia Kazan, na Broadway. Entretanto, sua segunda peça, Thunder Rock, não foi bem aceita, e foi encerrada antes do tempo previsto, deixando Frances profundamente infeliz. A atriz começou então a ensaiar uma nova peça, baseada em um texto de Ernest Hemingway. Porém, a atriz estava bebendo demais para aliviar sua depressão, e acabou convidada a se retirar do elenco, além de ser processada pela companhia por "falta de profissionalismo".
A Paramount a colocou no filme de aventuras Ao Sul de Pago Pago (South of Pago Pago, 1940), e depois a emprestou para a Warner, onde ela fez Ouro Líquido (Flowing Gold, 1940). Após atuar neste filme, ela voltou para Nova York, onde viveu reclusa e anônima durante meses.
Na primavera de 1941 a atriz retornou a Hollywood, e alugou uma luxuosa mansão em Santa Monica. Ela voltou a atuar em Espiões do Eixo (World Premiere, 1941) e Traição de Irmão (Bandlands of Dakota, 1941), e foi rebaixada a coadjuvante no noir Herança de Ódio (Among the Living, 1941).
A atriz continuava brigando com o estúdio por causa dos papéis oferecidos, onde basicamente exploravam sua beleza em personagens nada desafiadores.
Essa revolta rendeu a atriz um pequeno papel Ódio no Coração (Son of Fury, 1942), feito na Fox. O filme era estrelado por Tyrone Power e Gene Tierney.
Após se recusar a atuar na comédia Ela e o Secretário (Take a Letter Darling, 1942), a atriz foi demitida da Paramount. Enquanto isto, seu casamento com Erickson havia desmoronado, e ele se casou com a atriz Margaret Hayes em 12 de junho de 1942, mesmo dia em que assinou o divórcio com Farmer.
Sem emprego e com má fama em Hollywood, ela aceitou trabalhar no pequeno estúdio Monogram, onde ficou apenas um dia. Lá, gravou um teste de tela, onde vestia um xale e olhava para a câmera, um pouco assustada.
Um dia após gravar esta cena, Frances foi presa pela polícia de Santa Mônica, em 19 de outubro de 1942. Ela estava dirigido com os faróis ligados durante um blecaute imposto devido ao risco de bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial. Ela discutiu com os policiais, e foi presa, além de ter seu carro e carta de motorista apreendidos. Farmer pagou metade da fiança e foi colocada em liberdade condicional.
A Monogram suspendeu seu contrato, mas utilizou a cena gravada no filme I Scaped from the Gestapo (1943), apenas para aproveitar o nome da atriz, já que a cena não tem nenhum contexto com a trama do filme.
Seu agente conseguiu um papel para a atriz no México, mas ao chegar no país ela descobriu que o roteiro nem estava pronto, e as filmagens nunca foram iniciadas. No México, ela foi presa novamente por embriaguez, e mandada de volta para os Estados Unidos.
Ao retornar para à Califórnia, ele encontrou uma família estranha morando em sua casa. Sua mãe havia retirado seus móveis, joias e roupas do local, e sublocado a casa para outras pessoas. Frances se viu obrigada a ir morar em um quarto de hotel.
12 Comentários
Sua vida foi um purgatório, mas parece que ela contribuiu para isso.
ResponderExcluirAtualmente a tese da lobotomia é considerada pouco confiável. Na verdade, ela só teve destaque após uma biografia ROMANCEADA, sem provas, ter alegado isso.
ResponderExcluirEla tinha tudo para se tornar uma grande estrela de cinema mundial pois tinha uma beleza física perfeita e talento de sobra também, mas preferiu jogar tudo fora na lata do lixo por puro capricho e teimosia apenas.
ResponderExcluirA mulher infelizmente é um ser demoníaco, traiçoeiro, fútil e interesseiro ao extremo criado pelo próprio Lúcifer em pessoa que só cria problemas, que só tumulta as relações, que só complica a vida e que sobretudo adora sádica e descaradamente invadir e governar a vida dos outros sem nenhuma permissão para isso feito as atrizes Frances Farmer e Ruth Nigga e as minhas tias Raquel Maria De Carvalho e Silvana Barem também entre inúmeras outras Jezebéis e serpentes Pítons feito elas próprias que tem espalhadas aos montes por aí. Existe portanto um antigo ditado italiano que diz muito sabiamente que tudo vem de Deus, menos a mulher.
ResponderExcluirAs religiões do mundo inteiro sempre alertaram a humanidade inteira em relação à verdade sobre a natureza e o caráter femininos, mas os homens e a sociedade infelizmente ignoraram esse aviso de modo que as mulheres agora através da emancipação feminina vão destruir completamente o mundo que os homens e a sociedade inteira arduamente levaram milhares de anos para construir.
ResponderExcluirAtenção, homens do mundo inteiro, não corram mais atrás das mulheres e nem façam nada contra elas também pelo próprio bem de vocês. Deixem que elas mesmas se destruam sozinhas pois o mal sempre destrói a si próprio no final das contas.
ResponderExcluirToda a violência e o machismo perpetrados contra as mulheres ao redor do mundo é fruto apenas dos maus atos delas cometidos contra os outros em geral. Se a mulher faz, então a mulher deve pagar tanto ou mais quanto o próprio homem.
ResponderExcluirA mulher cavou sozinha a sua própria sepultura no mundo moderno sendo que a triste história de Frances Farmer e da atriz e escritora brasileira Maria Mariana também é a prova viva disso.
ResponderExcluirÀ mulher cavou a sua própria sepultura quando ela cismou de querer ser igual ao homem. À ela, era destinado um papel mais suave na sociedade antigamente antes dela exigir direitos iguais e desse modo transformar a própria vida dela e a de todo mundo também em um verdadeiro inferno.
ResponderExcluirAs mulheres são apenas o outro e o outro portanto não representa a nenhum de nós que somos todos homens.
ResponderExcluirPor falar em mulheres e garotas da laia da própria Frances Farmes, aquelas vagabundas e megeras escrotas e nojentas chupadoras e arrombadas da Clara Rosa Werner, da sobrinha dela Aparecida, das professoras Sílvia Afonso , Ângela e Neuza e das estudantes Cátia Paganote, Eliagina Patrícia, Andréia, Natália e Márcia com quem eu tive o desprazer e a infelicidade absolutos de estudar naquelas três escolas e bocas de fumos proxenetas e cariocas de merda que eram o Eduardo Guimarães, o Pinheiro Guimarães e a Mabe respectivamente devem estar todas agora completamente velhas e fudidas agora depois de inúmeros anos de chupação, prostituição, drogas e de inúmeros delitos graves feito as verdadeiras e rampeiras cadelas e vira latas vadias e rodadas no cio que todas elas são e sempre foram feito as duas igualmente infames e ordinárias modelos Naomi Campbell e Fernanda Tavares também.
ResponderExcluirPreta Gil e sua família inteira sem exceção são motivo de chacota e zombaria no Brasil e no mundo inteiro também dentro e fora da Intenet sendo que nem seu ex-marido Rodrigo Godoy suportava-a mais tendo defenestrado-a de vez sendo ainda que o pedreiro brasileiro de São Gonçalo Luíz Ribeiro que é o enteado e comparsa principal de Mirtes Carvalho junto com sua própria esposa interesseira e favelada Andressa é a piada de Itaipuaçu inteira junto com o próprio Mirtes Carvalho principalmente.
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