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Balto, o cão herói que virou ator


Muitos foram os animais atores que encantaram o público no cinema, Lassie, Benji, Asta, Duque (o amigo brasileiro do Vigilante Rodoviário, chamado de Lobo na série), Silver, Francis, entre muitos outros. Na era do cinema mudo, o mais famoso deles sem dúvida era Rin-Tin-Tin, o astro canino das telas.

Mas em 1925 um outro cão tornou-se astro cinematográfico, o hoje esquecido Balto, "o cão maravilhoso". Balto não foram treinado para atuar, mas ficou mundialmente famoso ao protagonizar um ato de heroísmo real.



Em fevereiro daquele ano, uma epidemia de difteria estava matando centenas de crianças em uma cidade do Alasca, mas uma forte nevasca impedia que equipes chegassem com os remédios até o local. Pra piorar, não havia condições de voo para os aviões chegaram na cidade. Gunnar Kaasen então montou um trenó puxado por huskys siberianos, liderado por Balto, e conseguiu atravessar a tempestade, chegado na cidade de Nome com os remédios necessários.


Balto e Gunnar Kaasen



O feito foi noticiado no mundo inteiro, e Balto ficou mundialmente famoso. Multidões queriam saber mais sobre o cão herói.

Balto foi recebido pelo prefeito de Nova York, e ganhou uma estátua no Central Park (que existe até hoje), em frente ao zoológico. Um vídeo de notícias (newsreel) exibido nos cinemas foi a grande sensação, e as pessoas iam às salas de projeção para ver o cachorro em movimento, pouco se importando com o filme que seria exibido na sequência.

A Educational Films, um pequeno estúdio viu ali uma oportunidade, e contratou o cão e seu treinador para estrelarem um filme, uma espécie de documentário que reconstituía o feito. Balto's Race to Nome (1925) foi lançado em maio do mesmo ano.






Balto entre o prefeito de Nova York e os atores  Bert Lytell e Clara Horton


Estátua de Balto em Nova York




Após as homenagens, Gunnar Kaasen retornou para casa no Alasca, e vendeu Balto e os outros cães para um espetáculo de vaudeville, onde sofreu maus tratos e ficou em condições precárias. Ao saber disto, o ex-lutador George Kimble comprou os animais, e os levou para Cleveland em 1927. A história foi noticiada, e Balto voltou aos holofotes.

Mack Sennett, o famoso produtor e diretor de comédias curtas do cinema, contratou o cão herói para atuar em uma série de filmes de Raymond McKee, que interpretava o personagem Jimmy Smith. Balto fez nove filmes da série entre 1927 e 1929.

O cão ainda faria mais um filme no estúdio, a comédia O Último Drink (The Fatal Glass of Beer, 1933), estrelada por W. C. Fields.

Balto morreu em 14 de março de 1933, aos onze anos de idade. Seu corpo foi empalhado, e está exposto até hoje em um museu em Cleveland.

Em 1965 ele foi homenageado pelo desenhista Carl Banks na história em quadrinhos No Coração do Yukon (North of Yukon). Nela, o sovina Tio Patinhas é ajudado por um husky de nome Barko, em uma missão no Alasca.




Em 1995 a Universal lançou uma animação baseada em sua vida. Balto (Idem, 1995), tinha a voz de Kevin Bacon dublando o cão herói. Houve ainda uma continuação, feita diretamente para o vídeo, Balto - Aventura na Terra do Gelo (Balto: Wolf Quest, 2002), que nada tinha a ver com a história original.


O ator Norman Foster diante da estátua de Balto



O ator Lloyd Hamilton posando com Balto




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