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A História do Gato Felix


O Gato Felix foi um dos primeiros personagens dos desenhos animados a atingir tanta popularidade como os astros de carne e osso do cinema, e até hoje é um ícone da história da animação mundial, encantando diversas gerações de pessoas. Em 2002 Felix foi eleito pela revista TV Guide como o vigésimo oitavo personagem dos desenhos animados mais famosos de todos os tempos.

O Gato Felix surgiu primeiro nas telas dos cinemas, em 09 de novembro de 1919, no desenho animado Feline Follies (1919), produzidos pelos estúdios de Pat Sullivan.

Veja Feline Follies, o primeiro desenho do Gato Felix no cinema



Existe uma confusão de quem seria o criador do famoso gato. Muitos creditam Pat Sullivan como "o pai de Felix", mas na verdade ele foi criado pelo desenhista Otto Messmer.

Messmer trabalhava para Sullivan, quase no anonimato. Por ser funcionário do estúdio, muitas vezes Sullivan ficou erroneamente com o crédito, ainda mais porque em 1917 ele havia criado outro personagem felino, no desenho The Tail of Thomas Kat (1917), o gato era chamado Master Tom (Mestre Tom), e posteriormente também foi rebatizado de Felix.


Foi Messmer também quem levou Felix para as páginas dos quadrinhos, a partir de 1923, desenhando o personagem até 1951.

O Gato Felix, que transforma sua cauda em uma pá, ou em um ponto de exclamação quando surpreso, e cuja maleta mágica se transforma no que ele quiser, e que comporta o o espaço, o tempo e até o universo dentro dela, logo conquistou o público com suas histórias surreais e nonsenses. 

Entre 1919 e 1931 foram produzidos mais de cem desenhos estrelados por Felix, e muitos deles foram exibidos nos cinemas brasileiros, para a alegria da criançada.


E embora fosse chamado de Gato Felix nos cinemas brasileiros, quando suas histórias em quadrinhos passaram a ser publicadas no Brasil, a partir de 1929, nas páginas da revista Mundo Infantil, ele foi rebatizado de Miau Miau. Também foi chamado de Gato Estopim na revista Gazetinha, sendo chamado de Felix somente após ser publicado nas páginas do Tico-Tico.

Primeira história de Felix publicada no Brasil, com o nome de Miau Miau

Em 1928 ele já havia aparecido na literatura brasileira no livro O Gato Felix, de Monteiro Lobato, onde um gato farsante se faz passar pelo famoso gato do cinema. E no ano seguinte foi citado no desenho Macaco Feio, Macaco Bonito (1929), uma animação brasileira feita por João Stamato e Luiz Steel, antes claro, das leis de direitos autorais.

Gato Felix, de Monteiro Lobato

Gato Felix sendo referenciado em Macaco Feio, Macaco Bonito (1929)

Em 1928, nos Estados Unidos, Felix foi escolhido para ser a primeira estrela da televisão mundial. Um boneco do famoso gato foi usado nas primeiras transmissões de TV feitas pela Radio Corporation of America (RCA), tornando-se a primeira imagem televisionada no mundo.



Mas apesar do pioneirismo, o ano de 1928 não foi muito bom para o personagem. Seus desenhos ainda eram mudos, e neste ano Walt Disney lançou o primeiro desenho animado sonoro, protagonizado pelo camundongo Mickey.

Felix também passou a ganhar sua versão falada, mas não fez sucesso, sendo cancelado em 1932. Em 1936 outros três curta-metragens com o personagem foram lançados, onde ele finalmente falava, dublado por Mae Questel, a mesma dubladora da Betty Boop e Olivia Palito.

Após quase desaparecer, Joe Oriolo criou novas animações em 1953, agora faladas e em cores. Oriolo também é famoso por ser o criador do Gasparzinho.

Foram nos desenhos de Oriolo que surgiu sua bolsa mágica, além de incluir novos personagens. Foram estas animações que foram exibidas na televisão brasileira, sendo a TV Tupi a primeira emissora a transmitir os desenhos do Gato Felix, em 1965.


Posteriormente Felix foi exibido na TV Gazeta, Bandeirantes, Record e Rede Globo, e também em alguns canais a cabo.

Gato Felix, uma das estrelas da TV Bandeirantes, em 1967

No Brasil, ele foi dublado por Márcia Gomes (a versão brasileira mais famosa), mas também recebeu as vozes de José Luiz Barbeito e Leda Figueiró (irmã da cantora e atriz Luely Figueiró).

Com a morte de Oriolo, seu filho Don assumiu os direitos do personagem. E foi Don quem produziu As Aventuras do Gato Felix - O Filme (Felix the Cat: The Movie, 1988), o primeiro longa-metragem do personagem. Ele retornaria ao cinema em Felix the Cat Saves Christmas (2004).


E embora não seja produzido atualmente, o personagem ainda estampa diversos produtos e linhas de brinquedos.



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