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Zilka Sallaberry, A Eterna Dona Benta


A atriz Zilka Sallaberry encantou uma geração de fãs como a doce e querida Dona Benta do Sítio do Pica Pau Amarelo. Mas a eterna vovó do Pedrinho e Narizinho também foi uma importante atriz na história do cinema e teatro brasileiro.


Em 31 de maio de 1917 nasceu Zilka Nazareth de Carvalho, na cidade do Rio de Janeiro. De berço artístico, ela era filha da atriz e radialista Luísa Nazareth e do comediante João Carvalho. Mas embora fosse de uma família tradicional de teatro (seus avós também eram atores), ela não queria ser artista. Formou-se em Economia em 1935, mesma época em que conheceu o ator Mario Sallaberry (por intermédio dos pais) e com ele se casou. Foi o marido que a colocou no meio artístico, a indicado para um papel no filme Cidade Mulher (1936) de Humberto Mauro. Neste filme ela adotou o nome do companheiro, passando a assinar como Zilka Sallaberry.

Irmã das também atrizes Alair Nazareth e Lourdes Mayer (esposa do ator Rodolpho Mayer), Zilka também foi uma importante atriz do teatro brasileiro, tendo feito parte das companhias de Procópio Ferreira, Jaime Costa e Dulcina de Moraes.

No cinema, voltou a atuar com um papel importante em Direito de Pecar (1940), de Leo Marten. Apareceu ainda em filmes como No Trampolim da Vida (1945), Aguenta o Rojão (1958), Matemática Zero, Amor Dez (1958).


Zilka Sallaberry e Nelson Oliveira em O Direito de Pecar

Em Maria 38 (1959), uma chanchada de Watson Macedo, interpretou Eugênia, uma severa governanta que enfrenta Eliana Macedo na criação do menino Marinho. Zilka Sallaberry era uma espécie de vilã do filme.


Zilka e Mario Salaberry em 1942
Foi nos anos cinquenta também que começou a trabalhar na televisão, participando do Grande Teatro Tupi e de novelas como A Canção de Bernadete (1957). Mas foi no Teatrinho Troll que ficou famosa com as crianças, que seriam seus maiores fãs. A cada semana o programa exibia algum teletatro com uma história infantil, e Zilka constantemente era a bruxa má dos contos de fada na televisão.


Zilka Sallaberry no Teatrinho Troll

Na década de sessenta começou a atuar mais regularmente em telenovelas. Sua estréia na Rede Globo ocorreu em A Rainha Louca (1967), atuou ainda em Sangue e Areia (1968). Mas seu primeiro grande papel foi como Sinhana, a mãe da novela Irmãos Coragem (1970). Seguiu fazendo importantes papéis em novelas como O Bofe (1972), a Donana Medrado de O Bem Amado (1973), e a Kiki Vassourada de Corrida do Ouro (1974).


Zilka Salaberry, Tarcísio Meira e Ênio Santos em Irmãos Coragem


Mas foi em 1977 que Zilka ganhou o seu mais famoso (e duradouro) papel, como a doce em bondosa Dona Benta no Sítio do Pica Pau Amarelo (1977-1986), papel que inicialmente ela recusou por achar que não se adaptaria. Foi o diretor Geraldo Casé quem a convenceu a aceitar o convite.

Zilka Salaberry relembrando Dona Benta


Após deixar o Sítio, fez ainda outras novelas e minisséries, como Que Rei Sou Eu? (1989), Tereza Batista (1992) e Engraçadinha (1995). Entre seus últimos trabalhos estão o filme Xuxa e os Duendes (2001) e a novela Esperança (2002). Zilka Salaberry faleceu em 10 de março de 2005, aos 87 anos.


Zilka Sallaberry em Que Rei Sou Eu?


Filmografia de Zilka Salaberry:

Cidade Mulher (1936);
Direito de Pecar (1940);
No trampolim da Vida (1945);
Aguenta o Rojão (1958);
Matemática Zero, Amor Dez (1958);
Maria 38 (1958);
Society em Baby-Doll (1965);
Na Mira do Assassino (1967);
Uma Garota em Maus Lençóis (1970);
O Barão Otelo no Barato dos Bilhões (1971);
Xuxa e os Duendes (2001);
Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas (2002).





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